Se você investe em Bitcoin (BTC) é melhor ficar atento. Isso porque o Standard Chartered prevê que a maior criptomoeda do mundo pode alcançar marca de US$ 88.500 ainda neste fim de semana. 

Com o cenário econômico impactado pelas novas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o Bitcoin tem demonstrado resistência, apesar de quedas. Nesta sexta-feira (4), o ativo é negociado a US$ 83 mil com desvalorização de 1,39% na semana. 

De acordo com Geoffrey Kendrick, chefe global de pesquisa de ativos digitais do Standard Chartered, a criptomoeda está se consolidando como um possível hedge contra o isolamento econômico dos EUA. 

Bitcoin x mercado de tecnologia

Na última semana, Kendrick anunciou um índice chamado Mag7B, uma variação do Mag7 tradicional, substituindo a Tesla pelo Bitcoin. Segundo ele, essa nova composição obteve melhores retornos e menor volatilidade em comparação com o índice original, que reúne sete gigantes da tecnologia.

A performance recente reforça essa tendência. Enquanto as ações de grandes empresas como Apple e Meta caíram quase 9% na quinta-feira, o Bitcoin e a Microsoft apresentaram maior resiliência.

Kendrick afirmou que a criptomoeda demonstrou força nos últimos dias, mesmo enquanto o mercado financeiro tradicional enfrentava perdas significativas.

Expectativa de valorização no curto prazo

A análise do Standard Chartered sugere que o Bitcoin pode romper o patamar crítico de US$ 85 mil nesta sexta-feira. Caso isso ocorra, um retorno ao nível pré-tarifas de US$ 88.500 se torna uma possibilidade real, provavelmente ainda neste fim de semana.

"O Bitcoin está provando ser a melhor tecnologia (alta quando as ações sobem) e um hedge em vários cenários”, afirmou Kendrick. 

Com os investidores cada vez mais preocupados com os impactos das novas tarifas e uma possível recessão nos EUA, a volatilidade do mercado tende a aumentar. Diante desse cenário, Kendrick aconselha os investidores a manterem suas posições em Bitcoin. 

As tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos estão gerando grande instabilidade no mercado financeiro, atingindo o Bitcoin (BTC). De acordo com Charles Edwards, fundador da Capriole Investments, essas novas medidas comerciais podem desencadear uma retração no preço da criptomoeda, levando-o a valores abaixo de US$ 71 mil.

O anúncio das tarifas, feito pelo presidente Donald Trump na quarta-feira, afetou de maneira mais intensa o Bitcoin do que o mercado de ações dos EUA. Enquanto o índice S&P 500 é negociado em queda de 3,50%, o BTC sofre uma queda de 5,79% nesta quinta-feira (3) a US$ 82 mil. Porém, na última hora, o Bitcoin avançou 0,09%. 

Edwards destacou que o atual cenário econômico dos Estados Unidos reflete um grau de incerteza visto apenas três vezes desde o ano 2000. “Com tarifas mais altas do que o esperado, o sentimento do mercado está atingindo zonas de risco extremo. Esse indicador pode não ser infalível, mas historicamente antecedeu grandes crises”, afirmou Edwards em sua análise.

De acordo com Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, caso o preço do Bitcoin dê continuidade ao movimento de baixa, o suporte de curto prazo está na faixa de preço de US$ 81.300 e o de médio prazo está na região de liquidez dos US$ 75.500. 

Dessa forma, “se o preço do Bitcoin romper o suporte de médio prazo acima citado, o ativo poderá buscar como alvo da queda a região de preço dos US$ 69.900”.

A Capriole Investments indicou que, a menos que o Bitcoin consiga manter um fechamento diário acima de US$ 91 mil, uma queda para a região de US$ 71 mil é uma possibilidade real. “Se a guerra tarifária escalar significativamente além das expectativas atuais ou se as margens corporativas começarem a cair”, observou a análise da empresa.

As informações são do Cointelegraph.