O Bitcoin enfrenta um possível mês desafiador, influenciado por uma série de fatores macroeconômicos voláteis. Em um final de agosto marcado por turbulências, a notícia do adiamento das decisões sobre um ETF de Bitcoin (BTC) pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA trouxe um impacto significativo ao mercado de criptomoedas.
Além desse revés, setembro mostra um histórico desfavorável para o Bitcoin nos últimos seis anos. Paralelamente, o S&P 500 também enfrenta dificuldades no final do verão, com uma média de perda de 3,2% em setembro nos últimos cinco anos.
Noelle Acheson, autora de “Crypto is Macro Now” e ex-chefe de insights de mercado na Genesis, observa que mesmo em 2021, durante a fase final de alta do ciclo anterior, o Bitcoin perdeu 7% em setembro, apenas para recuperar 40% no mês seguinte. No entanto, ela ressalta que as circunstâncias atuais diferem, com os rendimentos dos títulos, o desempenho do S&P 500 e o sentimento de risco assumindo cenários distintos em relação ao ano passado.
O próximo evento de destaque será a decisão da Reserva Federal sobre a taxa de juros em 20 de setembro, com o resumo das projeções econômicas. Atualmente, os mercados projetam uma probabilidade de 93% de que o Fed optará por manter as taxas de juros em torno de 5,25%, consolidando ainda mais a incerteza no cenário econômico que afeta o Bitcoin.