Apesar de quedas no mercado de criptomoedas, o Bitcoin (BTC) se destacou no mercado global, superando grandes ativos tradicionais, como ações e títulos do Tesouro dos EUA. 

A criptomoeda, que atualmente está cotada a US$ 81,9 mil, registra uma queda de mais de 20% desde sua máxima histórica de mais de US$ 109 mil, alcançada em 20 de janeiro. 

No entanto, a desvalorização não impediu o Bitcoin de se manter à frente de outros ativos, de acordo com dados compartilhados por Thomas Fahrer, cofundador da Apollo Sats. “Mesmo com a correção, o Bitcoin ainda supera todos os outros ativos após a eleição”, argumentou Fahrer em um post no X, antigo Twitter. 

Bitcoin supera ações e títulos do Tesouro dos EUA

De acordo com dados da Bloomberg, o desempenho da criptomoeda superou outros segmentos de mercado, incluindo ações, imóveis, metais preciosos e até mesmo os títulos do Tesouro dos EUA.

Fahrer lembrou ainda que, embora a recente correção tenha impactado os preços do Bitcoin, isso não altera o panorama positivo do ativo a longo prazo. 

A correção está “dentro de um mercado de alta”, escreveu o cofundador da Apollo Sats, reafirmando sua confiança no desempenho contínuo da criptomoeda. 

ETFs de Bitcoin impulsionam recuperação da criptomoeda

Uma das principais forças por trás da recuperação do Bitcoin é o aumento do interesse por ETFs de Bitcoin nos EUA. Em 17 de março, os fundos negociados em bolsa de Bitcoin registraram mais de US$ 274 milhões em entradas líquidas, o maior volume desde fevereiro. 

Este aumento no fluxo de investimentos pode ter um impacto significativo no preço da criptomoeda, reforçando ainda mais o otimismo em torno de seu futuro.

Em 2024, os ETFs de Bitcoin foram responsáveis por cerca de 75% dos novos investimentos, o que ajudou a impulsionar o preço da criptomoeda, com o Bitcoin alcançando novamente a marca de US$ 50 nuk em fevereiro. 
 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira (7) uma ordem executiva que cria uma "Reserva Estratégica de Bitcoin”. A medida é vista como uma conquista prometida durante a campanha do republicano. 

Apesar da comemoração inicial nas redes sociais por executivos da indústria, o mercado reagiu de forma negativa, com uma queda de até 5,7% no preço do Bitcoin (BTC) após o anúncio.

Outros tokens digitais mencionados por Trump, como Ether, XRP, Cardano e Solana, também apresentaram desvalorizações no mesmo período. Nesta sexta-feira (7), o BTC é negociado a US$ 87,9 mil com quedas de 1,07% nas últimas 24 horas. 

De acordo com David Sacks, czar das criptomoedas da Casa Branca, o governo não usará recursos públicos para adquirir Bitcoin. A "Reserva Estratégica de Bitcoin" será formada apenas por criptomoedas confiscadas em processos judiciais no país.

Sacks afirmou que o uso de ativos confiscados significa que não haverá custos adicionais para os contribuintes americanos. A intenção da reserva é “a administração responsável dos ativos digitais do governo sob o Departamento do Tesouro”, explicou ele.

A ordem também deixa claro que a aquisição de Bitcoin adicional dependerá de "estratégias orçamentárias neutras", que não deverão gerar custos extras para a população. Além disso, os EUA não venderão o Bitcoin atualmente em sua reserva. 

No entanto, o Tesouro poderá adotar estratégias para a gestão desses ativos, incluindo a venda de algumas unidades do criptoativo.

Atualmente, o governo dos EUA detém cerca de US$ 16,4 bilhões em Bitcoin, além de cerca de US$ 400 milhões em outros tokens digitais, como parte de apreensões relacionadas a casos civis e criminais.

Trump tem se envolvido pessoalmente no mercado de criptomoedas, como ao lançar sua própria memecoin, $TRUMP, em janeiro deste ano. Isso desencadeou vários memes coins de políticos e a discussão sobre a segurança desses ativos.