A oferta de Bitcoin (BTC) entrou em território desconhecido, conforme os saldos cambiais atingem seu nível mais baixo em cinco anos, configurando um possível "choque de oferta". A observação foi feita por Matt Weller, chefe global de pesquisa da Forex.com, em uma entrevista à CoinDesk nesta quinta-feira (26).
Os números indicam que o suprimento de Bitcoin nas exchanges de criptomoedas, onde os investidores compram e vendem livremente, diminuiu em 2,3 milhões. De acordo com dados fornecidos pela Glassnode, essa marca é a mais baixa desde abril de 2018. Comparando com os 2,6 milhões de um ano atrás e os 3,2 milhões registrados no auge em maio de 2020, a queda é notável.
Além disso, Weller destacou que aproximadamente 3 milhões de tokens permanecem inativos há uma década. Isso merece atenção, considerando a oferta total atual de 19,5 milhões e a oferta máxima de BTC, limitada a 21 milhões.
O especialista apontou que os ETFs à vista, em contraste com produtos baseados em futuros, podem desempenhar um papel fundamental na dinâmica de oferta e demanda do Bitcoin. Esses instrumentos financeiros poderiam tornar o BTC acessível a um novo grupo de investidores.
Esse cenário é intrigante agora que o BTC recuperou sua posição como um "ativo não correlacionado", desvinculando-se das ações e mostrando resiliência à medida que os mercados de ações dos EUA enfrentam uma correção.