O mercado de criptomoedas pode estar se aproximando de um momento positivo e isso influencia os investimentos. Especialistas acreditam que investidores estão diante da última oportunidade de adquirir Bitcoin (BTC) por menos de US$ 100 mil, à medida que fatores macroeconômicos indicam uma nova fase de alta.

Nesta terça-feira (22), o BTC é negociado US$ 88,7 mil com alta de 3,87% nos últimos sete dias. 

Previsões para o Bitcoin

De acordo com Arthur Hayes, cofundador da exchange BitMEX e atual diretor de investimentos da Maelstrom, o momento atual pode ser único para quem deseja se expor à maior criptomoeda

“Sério, pessoal, esta pode ser a última chance que vocês têm de comprar BTC abaixo”, afirmou Hayes em publicação recente. Ele destacou que as recompras de títulos do Tesouro dos EUA funcionariam como uma verdadeira “bazuca” para o preço do Bitcoin. 

Já o analista Jamie Coutts, da plataforma Real Vision, projetou que o BTC pode atingir US$ 132 mil ainda neste ano, impulsionado pelo crescimento da base monetária M2. Essa métrica considera o volume de dinheiro em circulação e depósitos.

O que são recompras do Tesouro? 

As recompras de títulos do Tesouro norte-americano são operações em que o governo recompra seus próprios papéis no mercado. A estratégia tem o objetivo de injetar liquidez, controlar as taxas de juros e ajustar a dívida pública.

Como a recompra de Tesouro ajuda nas criptomoedas? 

Esse movimento, quando ocorre em larga escala, tende a beneficiar ativos considerados de maior risco, como é o caso do Bitcoin.

Outros analistas compartilham da mesma visão otimista. A expectativa é que o aumento da oferta de moeda fiduciária global, especialmente nos Estados Unidos, seja um dos principais catalisadores de valorização do Bitcoin até 2025.

Dólar em queda fortalece Bitcoin 

Outro fator que pode favorecer o avanço do BTC é o desempenho recente do dólar americano, que atingiu sua cotação mais baixa desde março de 2022.

Para André Dragosch, diretor de pesquisa na Bitwise, a fraqueza do dólar impulsiona o apetite por criptomoedas. “Parece que o Bitcoin está subindo com a continuação da fraqueza do Dólar”, comentou Dragosch.

Com informações do Cointelegraph. 
 

As tensões comerciais entre Estados Unidos e China voltaram a abalar os mercados tradicionais e de criptomoedas nesta quarta-feira (16). Na última terça-feira (15), o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assinou uma Ordem Executiva que, aumenta as tarifas sobre produtos chineses para os EUA para 245%. 

A medida impactou diretamente as ações da Nvidia (NVDC34)(NVDA), uma das principais fabricantes de chips do mundo. A companhia registrou queda de até 8% no pós-mercado, após o anúncio de uma possível perda de US$ 5,5 bilhões em receita devido a novas restrições de exportação para a China.

Tarifas de Trump causam quedas no setor de criptomoedas 

O Bitcoin (BTC), principal criptomoeda do mercado, recuou 2,4% e voltou a ser negociado em US$ 83mil, enquanto altcoins como Solana (SOL) e Cardano (ADA) lideraram as perdas, com quedas de 5,7% e 4,9%, respectivamente. O mercado cripto como um todo retraiu 2,59%, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Além disso, o Ethereum (ETH) também registrou quedas, com desvalorização de 4,66% nas últimas 24 horas a R$ 1,57 mil. 

Ouro ainda é principal reserva de valor 

Conforme analistas da QCP Capital, o ouro voltou a ser a principal reserva de valor neste momento de incertezas. Porém, o Bitcoin ainda não assumiu esse papel, mesmo com a narrativa de porto seguro digital sendo defendida pelos investidores do setor. 

"Ao contrário do ouro, o BTC não conquistou uma posição de refúgio seguro. A narrativa de 'reserva de valor alternativa' não está ganhando força no atual regime macroeconômico", afirmaram os analistas da QCP Capital. 

Expectativas sobre decisões do Federal Reserve 

No entanto, o setor ainda pode mudar nesta quarta-feira. Investidores aguardam com atenção o discurso do presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA - Fed), Jerome Powell, no Clube Econômico de Chicago. A fala pode esclarecer os próximos passos da política monetária norte-americana. 

Ainda hoje, também será divulgado o relatório dos estoques das empresas de fevereiro dos EUA referente a março — outro indicador importante para as projeções econômicas.