O Fundo Monetário Internacional (FMI) intensificou a pressão sobre El Salvador para que o país adote medidas mais eficazes para acabar com os riscos associados à adoção do Bitcoin (BTC) como moeda legal no país.
Em uma declaração divulgada após uma missão em El Salvador, a agência financeira condicionou a aprovação de um novo programa de apoio financeiro à implementação de políticas que fortaleçam as finanças públicas.
"Houve progresso nas negociações em direção a um programa apoiado pelo Fundo, focado em políticas para fortalecer as finanças públicas, aumentar as reservas bancárias, melhorar a governança e a transparência e mitigar os riscos do Bitcoin", afirmou o FMI em comunicado na terça-feira (6)
Desde que o país adotou a criptomoeda em setembro de 2021, o governo salvadorenho acumulou aproximadamente 5.750 BTC, o que equivale a cerca de US$ 328,6 milhões nos preços atuais.
O FMI afirmou que as políticas foram discutidas com o governo do país com o objetivo de estabilizar a dívida pública do país. Com esse problema, administrar o BTC como moeda legal da maneira proposta pode ajudar nesse problema.
"Sobre o Bitcoin, embora muitos dos riscos ainda não tenham se materializado, há um reconhecimento conjunto de que esforços adicionais são necessários para aumentar a transparência e mitigar potenciais riscos fiscais e de estabilidade financeira do projeto bitcoin”, disse a agência financeira da ONU.
Além do foco na gestão do Bitcoin, a equipe do FMI destacou a importância de fortalecer as finanças públicas de El Salvador. A prioridade é garantir que haja espaço para investimentos sociais e de infraestrutura essenciais, ao mesmo tempo em que se busca reduzir a dívida.