A MicroStrategy, conhecida por sua postura no mercado de Bitcoin, seguiu sua estratégia de compras da criptomoeda, mesmo com o preço alcançando valores elevados.  

Entre os dias 16 e 22 de dezembro, a empresa comprou 5.262 BTC, o que representa um investimento de aproximadamente US$ 561 milhões.  

Esse movimento está em linha com a promessa de Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, de seguir acumulando a moeda digital independentemente das flutuações de preço. 

Na última transação, a MicroStrategy adquiriu Bitcoin a um preço médio de cerca de US$ 106.662 por unidade, um valor recorde pago pela empresa.  

Até 22 de dezembro de 2024, a empresa e suas subsidiárias detinham aproximadamente 444.262 BTC, com um custo total de US$ 27,7 bilhões, resultando em um preço médio de aquisição de US$ 62.257 por Bitcoin. 

Compras de Bitcoin em dezembro  

Embora a MicroStrategy tenha realizado uma compra grande, esse movimento representa uma desaceleração em relação a aquisições anteriores.  

Durante as últimas três semanas, a empresa adquiriu um total de 42.162 BTC, avaliados atualmente em US$ 4 bilhões.  

A compra mais recente, que corresponde a cerca de 12% do total acumulado em dezembro, foi a menor desde junho e julho de 2024, quando a empresa comprou 169 BTC. 

Em comparação com as compras anteriores, o volume da transação de 23 de dezembro foi menor — 191% abaixo da compra realizada em 16 de dezembro e 309% menor do que a aquisição anunciada em 9 de dezembro. 

Expectativas para MicroStrategy em 2025 

O ritmo de compras ocorre em meio a especulações no mercado sobre uma possível queda no valor do Bitcoin, com algumas vozes, como a de Arthur Hayes, cofundador da BitMEX, prevendo uma desaceleração devido ao impacto da posse de Donald Trump como presidente dos EUA.  

Nesta segunda-feira (23), o BTC é negociado a US$ 94,6 mil com quedas de 10,64% na última semana,  

El Salvador e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um acordo que prevê a limitação das atividades relacionadas ao Bitcoin (BTC) no país em troca de um pacote de financiamento no valor de US$ 1,4 bilhão.  

O recurso será destinado a apoiar a agenda de reformas do governo salvadorenho e atender às necessidades de balanço de pagamentos do país. 

O pacote está vinculado ao Mecanismo de Financiamento Ampliado, que terá duração de 40 meses.  

Além do apoio do FMI, espera-se que instituições como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outros bancos regionais contribuam com financiamento adicional, elevando o valor total do pacote para US$ 3,5 bilhões, de acordo com o FMI. 

Objetivos do programa 

O acordo tem como meta principal enfrentar os desafios macroeconômicos e estruturais do país. Em seu anúncio, o FMI destacou que o programa busca fortalecer a estabilidade fiscal e externa e apoiar um crescimento econômico mais inclusivo. 

Em 2021, El Salvador foi o primeiro país no mundo a adotar formalmente o Bitcoin como moeda de curso legal, sob a liderança do presidente Nayib Bukele.  

No entanto, o uso da criptomoeda gerou preocupações sobre riscos financeiros, econômicos e regulatórios. 

Como parte do novo acordo com o FMI, medidas foram propostas para mitigar esses riscos:  

• Aceitação voluntária pelo setor privado: o acordo sugere uma mudança na Lei Bitcoin de 2021, que antes obrigava todos os agentes econômicos a aceitarem BTC como forma de pagamento. 
• Restrição de atividades do setor público: compras, transações e atividades governamentais relacionadas ao Bitcoin serão limitadas, embora o FMI não tenha detalhado os novos limites. 
• Pagamento de impostos exclusivamente em dólares americanos: cidadãos serão orientados a pagar tributos apenas na moeda oficial tradicional do país. 
• Redução da participação estatal na carteira Chivo: o governo diminuirá gradualmente seu envolvimento na carteira digital oficial, criada para facilitar transações em bitcoin. 

O FMI também destacou que será necessária maior transparência e regulamentação para proteger a estabilidade financeira, além de salvaguardar os consumidores e investidores que utilizam ativos digitais.