O Google (GOOGL) revelou uma nova estratégia para aprimorar o acesso ao ecossistema Bitcoin, em parceria com contribuidores da rede da criptomoeda. 

O anúncio foi feito por Kyle Song, especialista em Web3 da empresa para a região Ásia-Pacífico, durante o "Bitcoin Tech Carnival", realizado em Hong Kong nesta terça-feira (18). 

Integração entre identidade digital e criptoativos

A iniciativa busca combinar os protocolos de autenticação do Google com carteiras Bitcoin. Essa abordagem poderia criar um elo entre identidades digitais tradicionais e a gestão descentralizada de ativos, tornando as transações em Bitcoin mais acessíveis.

Song destacou que a empresa pretende facilitar logins seguros em carteiras Bitcoin por meio de suas tecnologias de autenticação, como o login com Google. 

Além disso, será possível realizar “transações com a mesma facilidade dos sistemas de pagamento já existentes”. 

Segurança entre transações 

Song ainda afirmou que o Google quer usar as tecnologias avançadas de criptografia, como Zero-Knowledge Proofs (ZKP), para reforçar a segurança das operações financeiras envolvendo Bitcoin.

Para ele, “com o lançamento dos ETFs de Bitcoin no ano passado, gigantes do Web2 como o Google agora têm oportunidades para ingressar na indústria de Bitcoin”. 

Ações do Google e Bitcoin 

As ações do GOOGL recuaram 1,49% por volta das 17:01 (horário de Brasília) a US$ 182,43. Ao mesmo tempo, o Bitcoin (BTC) avançava 0,15% a US$ 93,9 mil, de acordo com o CoinMarketCap. 
 

O Standard Chartered avalia que as condições atuais do mercado são propícias para o Bitcoin (BTC) e o setor de ativos digitais, desde que os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA permaneçam contidos e a economia continue estável. 

Cenário positivo para o Bitcoin 

De acordo com Geoff Kendrick, chefe global de pesquisa de ativos digitais do Standard Chartered, a permanência dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos abaixo de 4,50% indica que o mercado não espera um aperto monetário agressivo pelo Federal Reserve (Fed).  

Esse cenário, segundo Kendrick, favorece investimentos de risco, como o Bitcoin. 

“A incapacidade até agora dos rendimentos do tesouro americano de 10 anos de voltar acima de 4,50%, apesar dos fortes detalhes no lançamento de hoje das folhas de pagamento dos EUA, é muito construtiva para os ativos digitais”, afirmou Kendrick.  

Expectativa de novos recordes 

Caso não ocorram eventos negativos, como medidas regulatórias inesperadas ou choques macroeconômicos, Kendrick acredita que o Bitcoin pode superar sua máxima histórica e atingir US$ 108 mil em fevereiro. 

O estrategista de criptomoedas da 21Shares, Matt Mena, compartilha essa visão. Ele destaca que a combinação de queda nos rendimentos dos títulos e enfraquecimento do dólar cria um ambiente propício para ativos de risco, especialmente o Bitcoin. 

Mercado de trabalho e impacto no Fed 

O relatório de empregos dos EUA para janeiro apresentou um crescimento menor do que o esperado, mas ainda sinaliza resiliência econômica. O país adicionou 143 mil vagas, abaixo das 170 mil projetadas e significativamente inferior aos 307 mil empregos gerados em dezembro.  

Apesar disso, a taxa de desemprego caiu de 4,1% para 4%, e o crescimento salarial subiu de 3,9% para 4,1%. 

 Após a divulgação dos dados, o BTC recuou 1,16% nas últimas 24 horas. De acordo com o CoinMarketCap, o ativo caiu 1,04$ na última hora a US$ 95 mil.