domingo, 20 de abril, 2025

Bitcoin

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MicroStrategy adquire 11 mil BTC e eleva participação para 461 mil unidades

Maior compra de 2025 ocorre em meio a promessas de política de reservas estratégicas de Bitcoin nos EUA

terça, 21 de janeiro, 2025 - 17:34

Redação MyCryptoChannel

A MicroStrategy, maior detentora corporativa de Bitcoin (BTC), anunciou a aquisição de 11 mil BTC. Isso eleva a sua participação total para 461 mil unidades da criptomoeda.  

A compra, realizada entre os dias 13 e 20 de janeiro, envolveu US$ 1,1 bilhão em dinheiro, com preço médio de aquisição de aproximadamente US$ 101.191 por unidade, informou o cofundador da empresa, Michael Saylor, em publicação no X, antigo Twitter.  

Estratégia de compra e financiamento 

A transação é a maior realizada pela empresa em 2025 e a terceira aquisição em janeiro.  

Até agora, a MicroStrategy adquiriu 14.600 BTC neste ano e por isso acompanhou um rendimento de 1,69% em Bitcoin no período. 

A compra foi financiada pela emissão e venda de ações sob um acordo de notas conversíveis, uma estratégia que transforma a empresa em uma espécie de proxy alavancada do mercado de Bitcoin, conforme apontado pelo CEO da exchange Ripio, Sebastián Serrano. 

Riscos da acumulação de Bitcoin pela MicroStrategy 

Especialistas como Serrano destacam os riscos dessa abordagem. Ele aponta que as aquisições frequentes a preços altos podem expor a empresa a perdas em caso de um "bear market" da criptomoeda.  

Além disso, a emissão de dívidas pode levar à conversão em ações, diluindo o controle dos acionistas e potencialmente resultando em uma venda massiva de BTC para saldar compromissos financeiros. 

"Se bilhões de dólares em Bitcoin forem despejados no mercado de uma vez, isso poderá desencadear uma forte queda no preço da moeda digital", alertou Serrano. 

Apoio à reserva nacional de Bitcoin 

A aquisição ocorre em meio a expectativas sobre a política de ativos digitais nos Estados Unidos, especialmente após a posse do presidente Donald Trump, em 20 de janeiro.  

Durante sua campanha, Trump prometeu criar uma reserva estratégica de Bitcoin no país. 

Saylor, um defensor da ideia, propôs em dezembro a implementação de uma política estratégica para ativos digitais, que poderia fortalecer o dólar, reduzir a dívida nacional e posicionar os EUA como líderes na economia digital.  

Ele estima que tal medida poderia gerar entre US$ 16 trilhões e US$ 81 trilhões em riqueza para o Tesouro norte-americano. 

Futuro do Bitcoin  

Apesar das preocupações, o CEO da Ripio continua otimista quanto ao futuro do Bitcoin. Ele acredita que a maior criptomoeda do mundo pode atingir US$ 1 milhão no longo prazo, embora não neste ciclo de mercado. 

“Se você compra bitcoin e guarda por quatro anos, não houve nenhum momento na história em que você perdeu dinheiro. O Bitcoin vai chegar a US$ 1 milhão, mas não neste ciclo, talvez no próximo”, afirmou Serrano.  

Bitcoin

Inverno cripto: Coinbase aponta que Bitcoin e criptomoedas entraram em ciclo de baixa

Queda abaixo da média móvel de 200 dias mostra que valorização do setor chegou ao fim

quarta, 16 de abril, 2025 - 09:20

Redação MyCryptoChannel

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A recente queda do Bitcoin (BTC) e de outros ativos digitais pode marcar o fim do ciclo de valorização das criptomoedas. A análise da Coinbase Institutional, braço institucional da corretora, avalia que o mercado entrou oficialmente em uma fase de baixa, chamado de inverno das criptomoedas. 

De acordo com David Duong, chefe global de pesquisa da Coinbase, o Bitcoin está sendo negociado abaixo de sua média móvel simples de 200 dias (MMS), o que sinaliza uma mudança de tendência de longo prazo. Essa métrica é amplamente usada para indicar mudanças estruturais no mercado.

Bitcoin em baixa constante

O BTC caiu abaixo da MMS de 200 dias no dia 9 de março e não conseguiu recuperar esse nível desde então. Historicamente, essa linha funciona como um divisor entre fases de alta e de baixa. A permanência abaixo da média costuma indicar um mercado enfraquecido e menor apetite por risco.

No entanto, Duong alerta que a queda não é exclusiva do Bitcoin. O índice COIN50, que reúne as 50 principais criptomoedas por valor de mercado, já apresentava sinais de baixa desde o final de fevereiro, de forma mais clara e contínua.

“A classe de ativos como um todo tem sido inequivocamente negociada em território de mercado em baixa desde o final de fevereiro”, destacou o executivo. 

Nesta quarta-feira (16), o Bitcoin é negociado a US$ 84,2 mil com avanço de 10,46% na semana. Porém, nas últimas 24 horas, a maior criptomoeda do mundo recuou 1,51%. 

Outro indicador citado por Duong é o desempenho ajustado ao risco do bitcoin, calculado por meio do desvio padrão em relação à média dos últimos 365 dias. Esse modelo mostra que o ciclo de alta terminou no fim de fevereiro e que, desde então, a movimentação do mercado é considerada neutra.

O que causa quedas no mercado de criptomoedas? 

Ao contrário do mercado de ações, onde uma baixa de 20% costuma ser o sinal oficial de um “bear market”, no universo das criptos esse critério é diferente. Duong argumenta que os mercados de criptomoedas devem ser analisados com foco nas mudanças de estrutura, liquidez e fundamentos.

“Em outras palavras, acreditamos que mercados em baixa representam fundamentalmente mudanças de regime na estrutura do mercado – caracterizadas pela deterioração dos fundamentos e pela redução da liquidez – e não apenas suas quedas percentuais”, explicou. 

Perspectiva de alta somente no segundo semestre

Para Duong, o fundo do poço pode ser atingido entre o meio e o final do segundo trimestre de 2025. A expectativa é que, a partir disso, o mercado inicie uma possível recuperação durante o terceiro trimestre do mesmo ano.

Enquanto isso, a orientação da Coinbase Institutional é de que os investidores adotem uma postura conservadora e reavaliem seus níveis de exposição ao risco.
 

Bitcoin

Senadora propõe usar Bitcoin para abater metade da dívida pública dos EUA

Cynthia Lummis quer que o governo americano compre 1 milhão de Bitcoins em 5 anos como estratégia econômica de longo prazo

terça, 15 de abril, 2025 - 09:35

Redação MyCryptoChannel

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A senadora americana Cynthia Lummis, representante de Wyoming, trouxe o debate sobre o uso de criptomoedas no setor público novamente. O plano dela é utilizar o Bitcoin (BTC) para reduzir a dívida nacional dos Estados Unidos.

A proposta integra a nova versão do projeto de lei BITCOIN que sugere que a aquisição de um milhão de unidades da criptomoeda, ao longo de cinco anos. De acordo com a senadora, isso pode abater até metade do atual passivo público de US$ 36 trilhões em apenas duas décadas.

Por isso, seria necessário comprar 200 mil Bitcoins por ano durante cinco anos. Os ativos seriam mantidos em carteira por duas décadas, aproveitando a expectativa de valorização da moeda digital ao longo do tempo. Esse volume representaria cerca de 5% do fornecimento global da criptomoeda. 

Nesta terça-feira (15), o Bitcoin é negociado a US$ 85,8 mil. Para seguir a proposta da senadora, seria necessário investir US$ 85 bilhões. 

Bitcoin como ativo estratégico na política 

Lummis defende que o Bitcoin seja tratado como um ativo estratégico, comparável ao ouro, com potencial para integrar as reservas nacionais americanas. Para ela, o crescimento da adoção institucional do BTC comprova sua solidez econômica.

O Bitcoin “é o único veículo que encontrei que faz isso”, afirmou. A senadora também destaca que a proposta só seria eficaz se combinada a uma política fiscal equilibrada. “Se o Congresso equilibrar receitas e gastos enquanto acumulamos BTC, eliminamos a dívida”, pontuou.

Riscos e resistências à proposta

Apesar dos efeitos positivos da proposta, a iniciativa encontra resistência entre parlamentares e especialistas. Economistas alertam sobre a alta volatilidade do Bitcoin e o risco de perdas caso o valor da criptomoeda não evolua conforme o projetado.

O principal ponto de crítica é a imprevisibilidade do mercado de criptoativos. Em um cenário de forte oscilação, os recursos investidos poderiam encolher, ao invés de crescer.