sábado, 19 de abril, 2025

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Rali do Bitcoin (BTC) desencadeia preocupações sobre spread de futuros e ETFs

Aumento acentuado chamou atenção no mercado de criptomoedas após BTC atingir maior em alta em 13 meses

quinta, 06 de julho, 2023 - 09:09

Redação MyCryptoChannel

A recente alta do Bitcoin (BTC) reavivou preocupações sobre uma peculiaridade do mercado que coloca os traders de futuros e os fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em futuros em desvantagem em relação aos detentores de moedas. No final do mês passado, a criptomoeda ultrapassou a marca de US$ 31 mil, atingindo o maior nível em um ano.

Como resultado do último rali, o spread entre os preços do contrato futuro de julho listado na Chicago-Mercantile Exchange (CME) e o contrato futuro de junho agora expirado (o mês da frente) disparou para quase US$ 500, representando a maior diferença desde os dias de alta do mercado no final de 2021, segundo dados da plataforma de gráficos TradingView.

O aumento acentuado do spread, também conhecido como aumento do contango, tem chamado a atenção no mercado de criptomoedas. Esse spread elevado aumenta o custo da rolagem de futuros antes do vencimento ou da mudança de posições compradas de alta dos contratos do mês anterior para os do próximo mês, impactando o desempenho dos produtos baseados em futuros oferecidos pela ProShares, VanEck e outras instituições do setor. Diante desse cenário, observadores do mercado afirmam que a empolgação em torno de um possível lançamento de um ETF à vista é justificada.

Os ETFs baseados em futuros são projetados para acompanhar o preço do Bitcoin por meio da negociação de contratos futuros. No entanto, o spread elevado durante períodos de alta volatilidade pode afetar negativamente o desempenho desses produtos financeiros, uma vez que a rolagem de futuros se torna mais custosa. Isso resulta em uma desvantagem para os traders de futuros e para os detentores de ETFs em relação aos investidores que possuem as moedas físicas.

Diante desse cenário, as expectativas de um possível lançamento de um ETF à vista, ou seja, um fundo que rastreie diretamente o preço do Bitcoin em vez de depender de contratos futuros, estão ganhando força. Um ETF à vista eliminaria a necessidade de rolagem de futuros, proporcionando aos investidores uma exposição direta e mais eficiente ao movimento do preço da criptomoeda.

Embora ainda não haja um ETF à vista disponível, muitos participantes do mercado acreditam que a demanda crescente por exposição ao Bitcoin incentivará reguladores e instituições financeiras a aprovar tais produtos em breve.

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Inverno cripto: Coinbase aponta que Bitcoin e criptomoedas entraram em ciclo de baixa

Queda abaixo da média móvel de 200 dias mostra que valorização do setor chegou ao fim

quarta, 16 de abril, 2025 - 09:20

Redação MyCryptoChannel

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A recente queda do Bitcoin (BTC) e de outros ativos digitais pode marcar o fim do ciclo de valorização das criptomoedas. A análise da Coinbase Institutional, braço institucional da corretora, avalia que o mercado entrou oficialmente em uma fase de baixa, chamado de inverno das criptomoedas. 

De acordo com David Duong, chefe global de pesquisa da Coinbase, o Bitcoin está sendo negociado abaixo de sua média móvel simples de 200 dias (MMS), o que sinaliza uma mudança de tendência de longo prazo. Essa métrica é amplamente usada para indicar mudanças estruturais no mercado.

Bitcoin em baixa constante

O BTC caiu abaixo da MMS de 200 dias no dia 9 de março e não conseguiu recuperar esse nível desde então. Historicamente, essa linha funciona como um divisor entre fases de alta e de baixa. A permanência abaixo da média costuma indicar um mercado enfraquecido e menor apetite por risco.

No entanto, Duong alerta que a queda não é exclusiva do Bitcoin. O índice COIN50, que reúne as 50 principais criptomoedas por valor de mercado, já apresentava sinais de baixa desde o final de fevereiro, de forma mais clara e contínua.

“A classe de ativos como um todo tem sido inequivocamente negociada em território de mercado em baixa desde o final de fevereiro”, destacou o executivo. 

Nesta quarta-feira (16), o Bitcoin é negociado a US$ 84,2 mil com avanço de 10,46% na semana. Porém, nas últimas 24 horas, a maior criptomoeda do mundo recuou 1,51%. 

Outro indicador citado por Duong é o desempenho ajustado ao risco do bitcoin, calculado por meio do desvio padrão em relação à média dos últimos 365 dias. Esse modelo mostra que o ciclo de alta terminou no fim de fevereiro e que, desde então, a movimentação do mercado é considerada neutra.

O que causa quedas no mercado de criptomoedas? 

Ao contrário do mercado de ações, onde uma baixa de 20% costuma ser o sinal oficial de um “bear market”, no universo das criptos esse critério é diferente. Duong argumenta que os mercados de criptomoedas devem ser analisados com foco nas mudanças de estrutura, liquidez e fundamentos.

“Em outras palavras, acreditamos que mercados em baixa representam fundamentalmente mudanças de regime na estrutura do mercado – caracterizadas pela deterioração dos fundamentos e pela redução da liquidez – e não apenas suas quedas percentuais”, explicou. 

Perspectiva de alta somente no segundo semestre

Para Duong, o fundo do poço pode ser atingido entre o meio e o final do segundo trimestre de 2025. A expectativa é que, a partir disso, o mercado inicie uma possível recuperação durante o terceiro trimestre do mesmo ano.

Enquanto isso, a orientação da Coinbase Institutional é de que os investidores adotem uma postura conservadora e reavaliem seus níveis de exposição ao risco.
 

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Senadora propõe usar Bitcoin para abater metade da dívida pública dos EUA

Cynthia Lummis quer que o governo americano compre 1 milhão de Bitcoins em 5 anos como estratégia econômica de longo prazo

terça, 15 de abril, 2025 - 09:35

Redação MyCryptoChannel

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A senadora americana Cynthia Lummis, representante de Wyoming, trouxe o debate sobre o uso de criptomoedas no setor público novamente. O plano dela é utilizar o Bitcoin (BTC) para reduzir a dívida nacional dos Estados Unidos.

A proposta integra a nova versão do projeto de lei BITCOIN que sugere que a aquisição de um milhão de unidades da criptomoeda, ao longo de cinco anos. De acordo com a senadora, isso pode abater até metade do atual passivo público de US$ 36 trilhões em apenas duas décadas.

Por isso, seria necessário comprar 200 mil Bitcoins por ano durante cinco anos. Os ativos seriam mantidos em carteira por duas décadas, aproveitando a expectativa de valorização da moeda digital ao longo do tempo. Esse volume representaria cerca de 5% do fornecimento global da criptomoeda. 

Nesta terça-feira (15), o Bitcoin é negociado a US$ 85,8 mil. Para seguir a proposta da senadora, seria necessário investir US$ 85 bilhões. 

Bitcoin como ativo estratégico na política 

Lummis defende que o Bitcoin seja tratado como um ativo estratégico, comparável ao ouro, com potencial para integrar as reservas nacionais americanas. Para ela, o crescimento da adoção institucional do BTC comprova sua solidez econômica.

O Bitcoin “é o único veículo que encontrei que faz isso”, afirmou. A senadora também destaca que a proposta só seria eficaz se combinada a uma política fiscal equilibrada. “Se o Congresso equilibrar receitas e gastos enquanto acumulamos BTC, eliminamos a dívida”, pontuou.

Riscos e resistências à proposta

Apesar dos efeitos positivos da proposta, a iniciativa encontra resistência entre parlamentares e especialistas. Economistas alertam sobre a alta volatilidade do Bitcoin e o risco de perdas caso o valor da criptomoeda não evolua conforme o projetado.

O principal ponto de crítica é a imprevisibilidade do mercado de criptoativos. Em um cenário de forte oscilação, os recursos investidos poderiam encolher, ao invés de crescer.