El Salvador e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um acordo que prevê a limitação das atividades relacionadas ao Bitcoin (BTC) no país em troca de um pacote de financiamento no valor de US$ 1,4 bilhão.  

O recurso será destinado a apoiar a agenda de reformas do governo salvadorenho e atender às necessidades de balanço de pagamentos do país. 

O pacote está vinculado ao Mecanismo de Financiamento Ampliado, que terá duração de 40 meses.  

Além do apoio do FMI, espera-se que instituições como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outros bancos regionais contribuam com financiamento adicional, elevando o valor total do pacote para US$ 3,5 bilhões, de acordo com o FMI. 

Objetivos do programa 

O acordo tem como meta principal enfrentar os desafios macroeconômicos e estruturais do país. Em seu anúncio, o FMI destacou que o programa busca fortalecer a estabilidade fiscal e externa e apoiar um crescimento econômico mais inclusivo. 

Em 2021, El Salvador foi o primeiro país no mundo a adotar formalmente o Bitcoin como moeda de curso legal, sob a liderança do presidente Nayib Bukele.  

No entanto, o uso da criptomoeda gerou preocupações sobre riscos financeiros, econômicos e regulatórios. 

Como parte do novo acordo com o FMI, medidas foram propostas para mitigar esses riscos:  

• Aceitação voluntária pelo setor privado: o acordo sugere uma mudança na Lei Bitcoin de 2021, que antes obrigava todos os agentes econômicos a aceitarem BTC como forma de pagamento. 
• Restrição de atividades do setor público: compras, transações e atividades governamentais relacionadas ao Bitcoin serão limitadas, embora o FMI não tenha detalhado os novos limites. 
• Pagamento de impostos exclusivamente em dólares americanos: cidadãos serão orientados a pagar tributos apenas na moeda oficial tradicional do país. 
• Redução da participação estatal na carteira Chivo: o governo diminuirá gradualmente seu envolvimento na carteira digital oficial, criada para facilitar transações em bitcoin. 

O FMI também destacou que será necessária maior transparência e regulamentação para proteger a estabilidade financeira, além de salvaguardar os consumidores e investidores que utilizam ativos digitais. 

O empresário Robert Kiyosaki, conhecido por seu livro Pai Rico, Pai Pobre, voltou a provocar discussões sobre o futuro do Bitcoin, compartilhando sua opinião sobre o que ele acredita ser o próximo passo para a criptomoeda.  

Em um post no X, antigo Twitter, Kiyosaki não apenas elogiou o presidente eleito Donald Trump, mas também fez uma previsão ousada: o valor do Bitcoin atingirá US$ 350 mil até 2025. 

Kiyosaki enaltece Trump 

Na nova postagem, Kiyosaki declarou: “Trump 1º presidente do Bitcoin. Bitcoin irá para US$ 350 mil em 2025. Tenha mais Bitcoin em 2025”.  

A declaração vem logo após o empresário destacar a importância de Trump para a valorização do Bitcoin, considerando que o ex-presidente tem sido um dos maiores incentivadores da moeda digital. 

A relação de Trump com o Bitcoin também se intensificou nos últimos meses.  

O ex-presidente parabenizou a comunidade de investidores quando a maior criptomoeda ultrapassou a marca de US$ 100 mil. 

Em suas palavras: “Parabéns bitcoiners!!! US$ 100 mil!!! De nada!!! Juntos, faremos a América grande novamente!”. 

Compra de Bitcoin: “comece agora, mesmo que seja só um Satoshi” 

Em outra postagem, Kiyosaki também abordou a questão do acesso ao Bitcoin para pessoas que não podem comprar a moeda inteira.  

Em um esforço para estimular seus seguidores a investir, Kiyosaki explicou que, embora o valor do Bitcoin tenha atingido níveis altos, ele pode ser comprado em frações menores.  

Cada Bitcoin é composto por 100 milhões de satoshis, unidades ainda menores de valor.  

Ele incentivou, então, seus seguidores a começarem com qualquer quantidade que fosse acessível, mesmo que fosse apenas um pedaço minúsculo da criptomoeda, conhecido como "Satoshi". 

Preço do Bitcoin  

Nesta quarta-feira (19), o BTC acumula quedas de 6,26% nas últimas 24 horas. Segundo o CoinMarketCap, o Bitcoin é negociado a US$ 97,3 mil.