O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira (7) uma ordem executiva que cria uma "Reserva Estratégica de Bitcoin”. A medida é vista como uma conquista prometida durante a campanha do republicano.
Apesar da comemoração inicial nas redes sociais por executivos da indústria, o mercado reagiu de forma negativa, com uma queda de até 5,7% no preço do Bitcoin (BTC) após o anúncio.
Outros tokens digitais mencionados por Trump, como Ether, XRP, Cardano e Solana, também apresentaram desvalorizações no mesmo período. Nesta sexta-feira (7), o BTC é negociado a US$ 87,9 mil com quedas de 1,07% nas últimas 24 horas.
De acordo com David Sacks, czar das criptomoedas da Casa Branca, o governo não usará recursos públicos para adquirir Bitcoin. A "Reserva Estratégica de Bitcoin" será formada apenas por criptomoedas confiscadas em processos judiciais no país.
Sacks afirmou que o uso de ativos confiscados significa que não haverá custos adicionais para os contribuintes americanos. A intenção da reserva é “a administração responsável dos ativos digitais do governo sob o Departamento do Tesouro”, explicou ele.
A ordem também deixa claro que a aquisição de Bitcoin adicional dependerá de "estratégias orçamentárias neutras", que não deverão gerar custos extras para a população. Além disso, os EUA não venderão o Bitcoin atualmente em sua reserva.
No entanto, o Tesouro poderá adotar estratégias para a gestão desses ativos, incluindo a venda de algumas unidades do criptoativo.
Atualmente, o governo dos EUA detém cerca de US$ 16,4 bilhões em Bitcoin, além de cerca de US$ 400 milhões em outros tokens digitais, como parte de apreensões relacionadas a casos civis e criminais.
Trump tem se envolvido pessoalmente no mercado de criptomoedas, como ao lançar sua própria memecoin, $TRUMP, em janeiro deste ano. Isso desencadeou vários memes coins de políticos e a discussão sobre a segurança desses ativos.