Nesta quinta-feira (31), o whitepaper do Bitcoin celebra 16 anos desde sua publicação, um documento que transformou a maneira como lidamos com o dinheiro. Criado por Satoshi Nakamoto, que desapareceu em 2010, o whitepaper introduziu a ideia de dinheiro eletrônico descentralizado.
Começo da revolução do Bitcoin
Lançado em 2008, o whitepaper do Bitcoin surgiu em um contexto de crise financeira nos Estados Unidos, propondo uma alternativa ao sistema bancário tradicional.
O documento, intitulado “Bitcoin: Um Sistema de Dinheiro Eletrônico Peer-to-Peer”, descreve como as transações financeiras poderiam ser realizadas diretamente entre indivíduos, sem a necessidade de intermediários.
Esta proposta não apenas deu origem à maior criptomoeda do mundo, mas também desencadeou o desenvolvimento de tecnologias como blockchain e contratos inteligentes.
Bitcoin em números
Hoje, o Bitcoin se aproxima de uma nova máxima histórica, sendo negociado a mais de US$ 70 mil, com um valor de mercado que ultrapassa os US$ 1,4 trilhão.
Considerado por muitos especialistas, como Larry Fink, CEO da BlackRock, como o “ouro digital”, o Bitcoin possui características de escassez digital que o tornam um ativo valioso.
A crescente aceitação das criptomoedas, até mesmo entre instituições financeiras tradicionais, demonstra a importância do Bitcoin em um mercado financeiro em transformação.
Curiosidades do whitepaper
O whitepaper contém apenas 2.736 palavras e curiosamente, a palavra “Bitcoin” aparece apenas duas vezes no texto.
O documento não menciona termos como “blockchain” ou “criptomoeda”, referindo-se à estrutura da rede como “timestamp server”.
Satoshi Nakamoto, que passou dois anos desenvolvendo o código do Bitcoin antes de publicá-lo, cita trabalhos anteriores sobre dinheiro digital, como o B-money de Wei Dai. Além disso, o whitepaper apresenta três equações matemáticas que analisam a segurança da rede, destacando a resistência do Bitcoin a ataques.
Impacto no mercado
Desde seu lançamento, o Bitcoin tem gerado discussões e até controvérsias. Porém, o interesse pelo Bitcoin cresceu, especialmente após a defesa pública de Hal Finney, o primeiro usuário do Bitcoin, que elogiou o conceito de proof-of-work.
Atualmente, a criptomoeda enfrenta novas dinâmicas no mercado, com analistas prevendo um possível aumento de preço para até US$ 94 mil até abril de 2025.
O trader Peter Brandt identificou uma formação de triângulo invertido, sugerindo que o Bitcoin pode estar em uma nova fase de valorização, com a expectativa de que o halving, previsto para ocorrer em 2024, impulsione ainda mais os preços.
A valorização do Bitcoin não é impulsionada apenas por fatores técnicos, mas também por condições econômicas globais.
O fenômeno conhecido como “Uptober” destaca um crescimento típico do Bitcoin em outubro, favorecido por mudanças na política de liquidez dos EUA. Com a redução das taxas de juros, o Bitcoin se torna um “porto seguro atraente” para investidores em busca de alternativas.