quinta, 21 de novembro, 2024

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Banco Central anuncia segunda fase de testes da plataforma piloto Drex com 13 temas selecionados

A segunda fase dos testes do Piloto Drex do Banco Central contará com 13 temas escolhidos para desenvolver serviços financeiros com smart contracts e regulamentações da CVM

quarta, 04 de setembro, 2024 - 17:50

Ana Beatriz Rodrigues

O Banco Central do Brasil (BC) divulgou nesta quarta-feira (4) a lista de 13 temas selecionados para a segunda fase de testes da plataforma Piloto Drex, após avaliar 42 propostas de casos de uso.  

Os projetos foram escolhidos com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essa fase marcará a implementação de serviços financeiros por meio de smart contracts geridos por terceiros participantes da plataforma.  

Acordo com a CVM  

Nas últimas semanas, o coordenador do Drex no BC, anunciou que a autoridade monetária estava finalizando um acordo com a CVM para utilizar ativos regulados pela CVM nos testes do Drex.  

Ele também havia comentado que durante o mês de setembro será aberta uma nova chamada pública para que instituições financeiras participem dos testes da moeda digital do banco central. 

Próximos avanços do Drex  

Nos próximos meses, o desenvolvimento dos temas selecionados será iniciado em um ambiente colaborativo onde reguladores e participantes discutirão estratégias de implementação, governança dos novos serviços e a integração de soluções de privacidade. 

No terceiro trimestre de 2024, o BC abrirá uma nova chamada para propostas de entidades interessadas em integrar o Piloto Drex. Os selecionados deverão começar a testar a implementação de smart contracts até o fim do primeiro semestre de 2025. 

Novos participantes  

Os temas para a segunda fase foram agrupados em 13 categorias, sendo 11 sob a competência do BC e 2 sob a da CVM: 

  • Cessão de recebível: ABC e Inter 
  • Crédito colateralizado em CDB: BB, Bradesco e Itaú 
  • Crédito colateralizado em títulos públicos: ABBC, ABC e MB 
  • Financiamento de operações de comércio internacional (Trade Finance): Inter 
  • Otimização do mercado de câmbio: XP-Visa e NuBank 
  • Piscina de liquidez para negociação de títulos públicos: ABC, Inter e MB 
  • Transações com Cédulas de Crédito Bancário: ABBC 
  • Transações com ativos do agronegócio (CVM): TecBan, MB e XP-Visa 
  • Transações com ativos em redes públicas: MB 
  • Transações com automóveis: B3, BV e Santander 
  • Transações com créditos e descarbonização - CBIO: Santander 
  • Transações com debêntures (CVM): B3, BTG e Santander 
  • Transações com imóveis: BB, Caixa e SFCoop 

Participantes atuais  

Atualmente, 16 consórcios ou empresas estão ativamente envolvidos no Piloto Drex: 

  • ABBC: Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2, Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft, e BIP 
  • ABC: Banco ABC, Hamsa, LoopiPay, e Google 
  • B3: Banco B3, B3, e B3 Digitas 
  • BB: Banco do Brasil 
  • Bradesco: Bradesco, Nuclea, e Setl 
  • BTG: Banco BTG 
  • BV: Banco BV 
  • Caixa: Caixa, Elo, e Microsoft 
  • Inter: Banco Inter, Microsoft, e 7Comm 
  • Itaú: Itaú Unibanco 
  • MB: MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard, e Banco Genial 
  • Nubank: NuBank 
  • Santander: Santander, Santander Asset Management, F1RST, e Toro CTVM 
  • SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi, e Unicred 
  • TecBan: Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS, e Parfin 
  • XP-Visa: XP e Visa 

 

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Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

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Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.