quinta, 21 de novembro, 2024

Drex

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Banco Central anuncia segunda fase de testes do Drex com 13 P projetos selecionados

Testes da plataforma de Real Digital começam nas próximas semanas e incluem inovações em crédito, câmbio e ativos do agronegócio

quarta, 25 de setembro, 2024 - 12:17

Redação MyCryptoChannel

O Banco Central (BC) anunciou na última terça-feira (24) que os testes para a segunda fase do Drex, a plataforma de Real Digital, serão realizados já em outubro. 13 projetos foram selecionados para essa fase, com diferentes casos de uso.  

O Piloto Drex já conta com a participação de 16 consórcios ou empresas, que estão envolvidos nos testes.  

O coordenador da iniciativa do Drex e consultor do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamento (Deban) do BC, Fabio Araújo, informou que o desenvolvimento dos casos de usos começará nas próximas semanas.  

Por ter um ambiente específico para cada tema, os participantes poderão discutir a melhor estratégia de implementação e a governança dos serviços com os reguladores. Outro ponto levantado será a interação das soluções de privacidade disponíveis com a implementação do caso de uso proposto. 

Segundo Araújo, essa nova fase busca ampliar o uso da plataforma. “Estamos trabalhando em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Outros reguladores também demonstraram interesse em testes de operações com ativos de sua competência, de modo a ampliar a usabilidade da plataforma”, explicou Araújo. 

Cada um dos 13 projetos selecionados para essa segunda fase do Drex abrange casos de uso variados, buscando soluções tecnológicas inovadoras para diferentes setores: 

  • Cessão de recebíveis (ABC e Inter): facilita a gestão de valores que as empresas têm a receber de operações com cartões de crédito, ajudando pequenas empresas a acessar crédito com menores custos e maior flexibilidade. 
  • Crédito colateralizado em CDB (BB, Bradesco e Itaú): empresas poderão usar Certificados de Depósito Bancário (CDBs) como garantia para empréstimos de capital de giro, reduzindo o custo e mantendo a rentabilidade dos investimentos. 
  • Crédito colateralizado em títulos públicos (ABBC, ABC e MB): esse projeto quer permitir que cidadãos utilizem títulos públicos como garantia em empréstimos, reduzindo o custo do crédito e mantendo os rendimentos da poupança. 
  • Financiamento de comércio internacional (Inter): tokeniza documentos de embarque de mercadorias, agilizando pagamentos e tornando o comércio exterior mais acessível, com custos reduzidos e integração com moedas digitais de outros países. 
  • Otimização do câmbio (XP-Visa e Nubank): pretende criar um mercado de câmbio mais eficiente e transparente, com operações contínuas e tokenização de contratos, aumentando a segurança e reduzindo custos. 
  • Pool de liquidez de títulos públicos (ABC, Inter e MB): implementação de contratos inteligentes para automatizar a compra e venda de títulos públicos, tornando o processo mais ágil e acessível ao público. 
  • Transações com Cédula de Crédito Bancário (CCB) (ABBC): facilita o acesso a financiamentos imobiliários com condições mais vantajosas nas operações. 
  • Negociação de debêntures (B3, BTG e Santander): simplifica a negociação e liquidação de debêntures, reduzindo os custos e automatizando as operações com esses títulos. 
  • Ativos do agronegócio (TecBan, MB e XP-Visa) 
  • Créditos de descarbonização (CBIO) (Santander): aprimorar a negociação de créditos de descarbonização, promovendo investimentos em práticas sustentáveis no agronegócio brasileiro. 
  • Transações de automóveis (B3, BV e Santander) 
  • Transações imobiliárias (BB, Caixa e SFCoop): automatiza a transferência de imóveis, garantindo maior segurança e agilidade nas operações de compra e venda. 
  • Ativos em redes públicas (MB): explora o uso de redes DLT públicas para permitir inovações no mercado financeiro com maior segurança regulatória. 

CBDC

Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

CBDC

Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.