quinta, 21 de novembro, 2024

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Banco Central quer um ambiente que permite transparência e interação com o Drex

Coordenador do projeto explica que a moeda digital brasileira visa ampliar o acesso aos serviços financeiros

terça, 19 de novembro, 2024 - 15:52

Redação MyCryptoChannel

Durante o painel "Drex em 2025: Uma Nova Era em Construção", realizado no Criptorama, em São Paulo, Fabio Araújo, coordenador do projeto de criação do Drex no Banco Central, detalhou os planos da moeda digital brasileira.  

"O mercado está utilizando tecnologias de ativos digitais para gerenciar riscos e atender às diferentes demandas. [...] Estamos trabalhando para garantir que, independentemente do modelo escolhido, a segurança seja preservada dentro desses ambientes”, afirmou Araújo.  

Centralização do sistema do Drex 

Ao contrário do que se pode pensar, a moeda digital do BC não é totalmente centralizada. Araujo esclareceu que o Drex permite transparência e interação entre os participantes, mas sem concentrar informações em um único ponto.  

De acordo com Araújo, o projeto busca ampliar a descentralização ao atrair bancos, fintechs e outras instituições financeiras. O Drex, portanto, não se propõe a substituir os intermediários, mas a incluir mais opções regulamentadas e seguras.  

"Sem conhecimento adequado, muitos acabam perdendo dinheiro. Para a maioria, faz mais sentido contar com intermediários regulamentados, que operam sob regras claras e oferecem serviços de forma segura e estruturada. ", disse o coordenador. 

Inovação e inclusão financeira 

O objetivo do Drex é ampliar o acesso a serviços financeiros, especialmente para pessoas que enfrentam barreiras no modelo atual.  

Segundo Araújo, o sistema permitirá a tokenização de ativos como debêntures e títulos públicos, facilitando investimentos e operações financeiras. 

“Essa experiência simplificada, somada à facilidade de integração com canais digitais como bancos e corretoras, é um ponto crucial que o DREX busca incorporar ao sistema financeiro tradicional”, destacou.  

Desafios do projeto Drex 

Araújo também falou sobre os desafios enfrentados pelo Banco Central na implementação do Drex.  

Um dos maiores obstáculos é a transição do modelo financeiro tradicional para um ambiente digital mais flexível. 

A tendência é replicar práticas antigas, mas isso limita a capacidade de inovação.  

"Se fizermos isso, acabamos perdendo a vantagem da inovação e amarrando os novos serviços às limitações das tecnologias anteriores ", afirmou. 

Próximos passos do Drex 

Segundo Araújo, o cronograma inclui a publicação de resultados da primeira fase do projeto até o final de 2024.  

Ele afirmou que até meados de 2025, a equipe fará um sprint de desenvolvimento para ajustar o sistema. 

 

CBDC

Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.  

CBDC

Deputada do PL propõe manutenção do papel-moeda e restrição ao uso de moeda digital no Brasil

Proposta quer garantir a liberdade dos usuários e impedir a extinção do papel-moeda em meio à implementação de moedas digitais, como o Drex,

quarta, 02 de outubro, 2024 - 14:44

Redação MyCryptoChannel

Reprodução: ViniLoures/Agência Câmara

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A deputada federal Júlia Zanatta (PL) apresentou no final de agosto o Projeto de Lei (PL) 3.341/2024, que procura proibir a extinção do papel-moeda em território nacional e tornar facultativa a adoção da moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC), como o Drex.  

A proposta está em análise na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) e busca limitar o controle da autoridade monetária sobre as transações digitais, defendendo o direito de escolha dos cidadãos. 

O papel-moeda “é essencial para garantir a liberdade econômica, pois oferece um meio de pagamento acessível e confiável para todas as camadas da sociedade, incluindo aquelas que não têm acesso à tecnologia digital”, defendeu Zanatta em sua justificativa. 

O PL 3.341/2024 é composto por sete artigos que se concentram em preservar a liberdade econômica dos indivíduos e em resguardar a privacidade nas transações financeiras.  

Dentre as principais medidas, destacam-se as previstas nos parágrafos únicos dos artigos 3º e 4º, que estipulam que a moeda digital não será de uso obrigatório, tanto para os operadores do Sistema Financeiro Nacional quanto para os consumidores finais.  

Isso significa que, caso aprovada, a legislação garantirá que o Drex e outras CBDCs não sejam impostos, oferecendo aos cidadãos a opção de escolher entre o uso de moeda digital ou dinheiro físico. 

Além disso, o projeto também determina que o Banco Central não terá acesso direto às informações de transações e saldos de contas privadas, exceto nos casos já previstos na legislação vigente para operações com moeda convencional. Essa medida é vista como uma tentativa de evitar o monitoramento excessivo das atividades financeiras dos brasileiros.