quinta, 21 de novembro, 2024

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Banco Central revelará novos casos de uso para o Drex na semana

Durante o painel da ABBC, Fabio Araújo anunciou a seleção de novos casos de uso para a moeda digital do Brasil, com implementações previstas para 2025

terça, 03 de setembro, 2024 - 14:52

Redação MyCryptoChannel

Durante um painel organizado pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Fabio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central do Brasil (BC), revelou que novos casos de uso para a moeda digital do país serão anunciados ainda nesta semana.  

Seleção e implementação dos novos casos de uso 

Além disso, uma chamada pública será aberta em setembro para permitir a entrada de novos participantes, com implementações previstas para 2025. “Em setembro, faremos uma chamada pública para que empresas que ainda não estão participando possam trazer seus casos de uso e começar a implementação em 2025”, afirmou Araújo.  

Para ele, o ano que vem será o checkpoint do Drex, onde os objetivos estabelecidos serão verificados. O coordenador do Drex afirmou que o mais importar é garantir que alcancem “marcos essenciais, como privacidade, segurança e estabilidade, antes de expandir para um público mais amplo".  

Participação da CVM em casos de uso  

Os participantes desta segunda fase continuarão testando soluções de privacidade desenvolvidas em colaboração com empresas da primeira fase do Drex. Araújo mencionou que o BC está trabalhando de perto com autoridades reguladoras, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para viabilizar novos casos de uso. 

Pedro Castellar, chefe de gabinete da presidência da CVM, concordou com as declarações de Araújo, afirmando que a CVM está monitorando de perto o piloto do DREX, especialmente em relação à tokenização de valores mobiliários.  

"Estamos analisando como a infraestrutura do DREX pode ser integrada ao mercado de capitais, garantindo interoperabilidade e minimizando os riscos de fragmentação de mercado", disse Castellar. Ele destacou que a interoperabilidade oferecida pelo DREX pode ajudar a evitar a fragmentação de liquidez e a promover uma formação de preços mais eficiente. 

Benefícios da tokenização  

Outro ponto destacado por Araújo foi a importância da tokenização, já que melhora dois aspectos fundamentais do sistema: acesso e reconciliação de informações.  

"A reconciliação de informações é um processo caro, que geralmente requer validação de terceiros, gerando concentração de poder e dificultando a entrada de novos participantes. Ao simplificar esse processo, abrimos espaço para mais inovação e novos atores, caracterizando uma economia tokenizada", explicou. 

 

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Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

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Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.