segunda, 16 de setembro, 2024

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Banco Central revelará novos casos de uso para o Drex na semana

Durante o painel da ABBC, Fabio Araújo anunciou a seleção de novos casos de uso para a moeda digital do Brasil, com implementações previstas para 2025

terça, 03 de setembro, 2024 - 14:52

Redação MyCryptoChannel

Durante um painel organizado pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Fabio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central do Brasil (BC), revelou que novos casos de uso para a moeda digital do país serão anunciados ainda nesta semana.  

Seleção e implementação dos novos casos de uso 

Além disso, uma chamada pública será aberta em setembro para permitir a entrada de novos participantes, com implementações previstas para 2025. “Em setembro, faremos uma chamada pública para que empresas que ainda não estão participando possam trazer seus casos de uso e começar a implementação em 2025”, afirmou Araújo.  

Para ele, o ano que vem será o checkpoint do Drex, onde os objetivos estabelecidos serão verificados. O coordenador do Drex afirmou que o mais importar é garantir que alcancem “marcos essenciais, como privacidade, segurança e estabilidade, antes de expandir para um público mais amplo".  

Participação da CVM em casos de uso  

Os participantes desta segunda fase continuarão testando soluções de privacidade desenvolvidas em colaboração com empresas da primeira fase do Drex. Araújo mencionou que o BC está trabalhando de perto com autoridades reguladoras, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para viabilizar novos casos de uso. 

Pedro Castellar, chefe de gabinete da presidência da CVM, concordou com as declarações de Araújo, afirmando que a CVM está monitorando de perto o piloto do DREX, especialmente em relação à tokenização de valores mobiliários.  

"Estamos analisando como a infraestrutura do DREX pode ser integrada ao mercado de capitais, garantindo interoperabilidade e minimizando os riscos de fragmentação de mercado", disse Castellar. Ele destacou que a interoperabilidade oferecida pelo DREX pode ajudar a evitar a fragmentação de liquidez e a promover uma formação de preços mais eficiente. 

Benefícios da tokenização  

Outro ponto destacado por Araújo foi a importância da tokenização, já que melhora dois aspectos fundamentais do sistema: acesso e reconciliação de informações.  

"A reconciliação de informações é um processo caro, que geralmente requer validação de terceiros, gerando concentração de poder e dificultando a entrada de novos participantes. Ao simplificar esse processo, abrimos espaço para mais inovação e novos atores, caracterizando uma economia tokenizada", explicou. 

 

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Imposto direto avança no senado: reforma visa simplificar cobrança com Pix e Drex

Um sistema de cashback de impostos também está previsto para beneficiar famílias de baixa renda

segunda, 22 de julho, 2024 - 16:42

Redação MyCryptoChannel

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A proposta do Governo Federal de implementar um imposto direto sobre todas as transações digitais, utilizando o sistema de split payment, está em fase de análise no Senado e deve ser debatida a partir do início de agosto. A medida, que faz parte da reforma tributária aprovada recentemente, visa simplificar a cobrança de impostos.  

A reforma tributária, aprovada pela Emenda Constitucional 132/2023 e detalhada no Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, prevê a substituição de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) por três: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo. 

Com a unificação dos impostos, a reforma propõe que a cobrança dos impostos sobre transações digitais seja feita diretamente pelo governo no momento da transação, utilizando o Pix. Depois do lançamento do Drex, a moeda digital do Banco Central seria utilizada também.  

Isso significa que, ao realizar uma compra online, por exemplo, o valor do imposto será automaticamente repassado para a Receita Federal, sem a necessidade de intermediários como plataformas ou vendedores recolherem o imposto posteriormente. 

Para viabilizar a cobrança direta dos impostos, o governo pretende implementar um sistema de split payment, similar ao já utilizado por algumas plataformas de pagamento. Nesse sistema, cada participante da transação (comprador, vendedor, plataforma etc.) recebe automaticamente sua parcela do imposto no momento da compra. 

"A empresa de maquininha vai ter de desenvolver essa tecnologia, dialogando com o Banco Central, para segregar dentro daquela transação o montante que se refere ao imposto”, explicou diretor de programa da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Daniel Loria.  

Ele completou que “a responsabilidade operacional vai ficar com o setor financeiro. Bancos, no caso de Pix e Drex, e empresa de meios de pagamento, no caso de cartão”. 

Para compensar o impacto da nova tributação sobre as famílias de baixa renda, o governo também propôs a criação de um sistema de cashback de impostos. Esse sistema visa devolver parte dos tributos CBS e IBS pagos pelas famílias em suas compras. 

O benefício será destinado às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que possuem renda familiar per capita de até meio salário-mínimo. Para receber o cashback, a família precisa ter um responsável com CPF ativo e residir no Brasil. A inclusão no sistema é automática, mas o responsável pode optar por sair do programa a qualquer momento. 

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LIFT Lab do Banco Central retorna com foco em criptomoedas e inovações para o DREX

Banco Central e Fenasbac reativam programa para impulsionar soluções tecnológicas no Sistema Financeiro Nacional

sexta, 12 de julho, 2024 - 12:00

Redação MyCryptoChannel

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O Banco Central do Brasil, em parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), anunciou na quarta-feira (10) a retomada das atividades do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT).  

A iniciativa, que completa 6 anos em 2024, busca impulsionar o desenvolvimento de soluções inovadoras para o Sistema Financeiro Nacional, com foco principal no mercado de ativos digitais e no DREX, a moeda digital do Banco Central. 

Nesta retomada, o LIFT Lab estará direcionado quase que exclusivamente para o mercado de criptomoedas, buscando projetos que explorem as tecnologias de blockchain, DeFi, carteiras digitais para criptomoedas e tokens RWA (Real World Assets).  

Entre os temas específicos de interesse estão: 

  • Compliance e PLD Preventivos: soluções tecnológicas para prevenir a lavagem de dinheiro e garantir o compliance regulatório. 
  • SmartSafe: solução de carteira digital programável, segura e intuitiva para o armazenamento de criptoativos. 
  • GreenFi: Finanças Descentralizadas para a Sustentabilidade: criação de um ecossistema financeiro descentralizado para ativos verdes tokenizados. 
  • Gateway de Interoperabilidade: solução de interoperabilidade B2B que conecta redes blockchain incompatíveis. 
  • Score Chave PIX: criação de uma pontuação para o sistema de pagamentos instantâneos Pix, com monitoramento de "safe zones" e detecção de contas laranjas. 
  • Token do Agronegócio Garantido - TAG: tokenização de ativos para o agronegócio. 
  • KYC para Rating de Crédito em Blockchain: desenvolvimento de uma rede descentralizada para avaliação e concessão de crédito, seguindo os princípios do Open Finance. 

Ao longo de seus seis anos de existência, o LIFT Lab já gerou um impacto no Sistema Financeiro Nacional. Entre os resultados, 256 propostas de projetos submetidas ao programa e 82 projetos selecionados. Além disso, 36% dos 68 finalistas receberam investimentos do setor privado, totalizando mais de R$ 400 milhões. 

A partir de julho, o LIFT Lab dará início a uma série de etapas, como reuniões de acompanhamento e entrega dos projetos, publicação de artigos (LIFT Papers) com os resultados das pesquisas e até o LIFT Day, um evento para apresentação final dos projetos. 

Os temas selecionados para o LIFT deste ano dialogam diretamente com o DREX, a moeda digital do Banco Central, que se encontra atualmente na fase 2 de testes. Banco do Brasil, por exemplo, já está estudando a criação de um "mega" ecossistema de investimento para o DREX, com foco em quatro frentes: mercado de capitais, sustentabilidade, meio de pagamento e pagamentos off-line.