quarta, 27 de novembro, 2024

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Banco da Inglaterra recebe mais de 50 mil respostas sobre libra digital em consulta pública

Preocupações com privacidade e programabilidade dominam respostas à pesquisa sobre moeda digital do banco central

sexta, 27 de outubro, 2023 - 12:18

Redação MyCryptoChannel

O Banco da Inglaterra (BOE) recebeu de 50 mil respostas à consulta pública sobre a libra digital, conforme anunciado pelo vice-governador Jon Cunliffe em seu discurso na última quinta-feira (26).

 

Durante uma conferência realizada pelo Conselho da Reserva Federal em Washington, DC, Cunliffe revelou que a maioria das respostas expressou preocupações significativas, principalmente em relação à privacidade, programabilidade e o possível declínio do dinheiro físico.

 

A consulta sobre a libra digital, lançada em fevereiro e encerrada em junho, despertou um amplo interesse e debate, refletindo o interesse global nas moedas digitais do banco central (CBDCs). No entanto, o Banco da Inglaterra ainda não decidiu formal sobre a emissão da CBDC, apesar do claro sinal de que será necessário.

 

Uma das principais preocupações levantadas pelos participantes da consulta foi a privacidade. Os usuários da libra digital foram assegurados por Cunliffe de que terão acesso ao mesmo nível de privacidade que desfrutam hoje ao realizar pagamentos eletrônicos. Ele enfatizou que o BOE não terá acesso aos dados pessoais das pessoas que utilizarem a moeda digital, buscando dissipar as preocupações sobre a possível violação da privacidade.

 

Jon Cunliffe também mencionou que houve um apoio geral ao modelo geral do CBDC. No entanto, o banco central planeja refinar as estimativas dos limites de absorção e detenção. Inicialmente, propunha-se que os indivíduos não poderiam deter mais de £ 10 mil (US$ 12 mi) a £ 20 mil do CBDC, pelo menos durante um período de introdução. 

 

Além disso, Cunliffe indicou que o regime provavelmente estabelecerá limites semelhantes para as stablecoins, seguindo os moldes propostos para a libra digital. Os bancos que emitem stablecoins serão obrigados a criar uma entidade legal separada com marcas, visando "evitar confusão entre os consumidores e assim evitar o contágio em um estresse entre diferentes formas de dinheiro".

CBDC

Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

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Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.