quinta, 21 de novembro, 2024

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BC testa privacidade e segurança do Drex em fase de pesquisa e desenvolvimento

Banco Central testa soluções tecnológicas para garantir sigilo dos usuários da plataforma, diz Alessandro Fraga do BC

terça, 12 de março, 2024 - 16:40

Ana Beatriz Rodrigues

O Banco Central do Brasil (BC) informou nesta terça-feira (12) que o foco atual do Drex está na “privacidade, segurança cibernética e infraestrutura” do sistema tecnológico para a moeda digital do Banco Central (CBDC).   

O Specialist do BC, Alessandro Fraga, falou sobre os planos da moeda durante o painel “Drex e Tokenização: Destravando o Novo Mercado de Capitais” do evento XSummit: Fórum de Informação Aberta para o Mercado de Capitais organizado pela Bloxs.  

Fraga explicou que os testes do Drex que envolve 16 grupos com mais de 70 empresas está preocupado no momento com a questão da privacidade no sistema. “Essa é uma fase de pesquisa e desenvolvimento, buscando resoluções tecnológicas para resolver problemas, com o maior foco privacidade”.  

Ele informou que estão sendo testados três testes de privacidade, além de uma solução desenvolvida pela Microsoft separadamente. Segundo cronograma apresentado por Fraga, no segundo semestre o BC vai testar a governança do sistema e a publicação de novos smarts contacts. 

O CPO & COO do BS2, Rodrigo Moreira, também participou da discussão sobre o futuro do Drex. O BS2 também participa dos testes da CBDC brasileira por meio de um consórcio liderado pela Associação Brasileira de Bancos, a ABBC. 

O executivo falou que a participação do banco nesses testes iniciais do real digital foi super importante e uma experiência muito rica, pois o BS2 sempre se caracterizou por seu caráter inovador. 

Quando questionado sobre impacto do Drex, Moreira falou que uma CBDC traz uma segurança adicional que promove vários benefícios para todo o sistema, já que possui um carimbo de um regulador. Para ele, o mercado, como investidores de varejo e institucionais, precisam acompanhar esse movimento para uma transformação.  

“Isso vai depender de outros fatores em torno da própria moeda digital e não é fácil prever no momento” e só é possível ter mais clareza sobre essa inovação conforme o processo vai acontecendo.   

Respondendo sobre as expectativas do lançamento do Drex para a população brasileira, Alessanro Fraga do BC explicou sobre as questões de privacidade, que não é “tecnologicamente fácil”, já que é preciso fornecer sigilo para todos os usuários da plataforma. “O foco atual está na resolução de problemas tecnológicos, para ter uma base para seguir em frente”.   

 

CBDC

Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

CBDC

Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.