O Banco Central do Brasil (BC) informou nesta terça-feira (12) que o foco atual do Drex está na “privacidade, segurança cibernética e infraestrutura” do sistema tecnológico para a moeda digital do Banco Central (CBDC).
O Specialist do BC, Alessandro Fraga, falou sobre os planos da moeda durante o painel “Drex e Tokenização: Destravando o Novo Mercado de Capitais” do evento XSummit: Fórum de Informação Aberta para o Mercado de Capitais organizado pela Bloxs.
Fraga explicou que os testes do Drex que envolve 16 grupos com mais de 70 empresas está preocupado no momento com a questão da privacidade no sistema. “Essa é uma fase de pesquisa e desenvolvimento, buscando resoluções tecnológicas para resolver problemas, com o maior foco privacidade”.
Ele informou que estão sendo testados três testes de privacidade, além de uma solução desenvolvida pela Microsoft separadamente. Segundo cronograma apresentado por Fraga, no segundo semestre o BC vai testar a governança do sistema e a publicação de novos smarts contacts.
O CPO & COO do BS2, Rodrigo Moreira, também participou da discussão sobre o futuro do Drex. O BS2 também participa dos testes da CBDC brasileira por meio de um consórcio liderado pela Associação Brasileira de Bancos, a ABBC.
O executivo falou que a participação do banco nesses testes iniciais do real digital foi super importante e uma experiência muito rica, pois o BS2 sempre se caracterizou por seu caráter inovador.
Quando questionado sobre impacto do Drex, Moreira falou que uma CBDC traz uma segurança adicional que promove vários benefícios para todo o sistema, já que possui um carimbo de um regulador. Para ele, o mercado, como investidores de varejo e institucionais, precisam acompanhar esse movimento para uma transformação.
“Isso vai depender de outros fatores em torno da própria moeda digital e não é fácil prever no momento” e só é possível ter mais clareza sobre essa inovação conforme o processo vai acontecendo.
Respondendo sobre as expectativas do lançamento do Drex para a população brasileira, Alessanro Fraga do BC explicou sobre as questões de privacidade, que não é “tecnologicamente fácil”, já que é preciso fornecer sigilo para todos os usuários da plataforma. “O foco atual está na resolução de problemas tecnológicos, para ter uma base para seguir em frente”.