terça, 01 de abril, 2025

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Bradesco, Itaú e Banco do Brasil criam novos modelos de crédito com Drex: Veja mais detalhes

As três instituições financeiras firmaram uma parceria para usar CDBs como garantia para empréstimos

quinta, 14 de novembro, 2024 - 11:56

Redação MyCryptoChannel

Durante o Blockchain Day FGV, George Marcel Smetana, especialista em inovação em estratégia regulatória no Bradesco, anunciou novas oportunidades do banco para o Drex

O Bradesco firmou uma parceria com dois de seus principais concorrentes, Itaú e Banco do Brasil, para o desenvolvimento de novos modelos de crédito com foco na segunda fase do DREX, a moeda digital do Banco Central do Brasil. 

Juntos, as instituições financeiras estão trabalhando em um grupo para viabilizar o uso de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) como garantia para empréstimos. 

É possível usar CDBs como garantia? 

A proposta de utilizar CDBs como garantia para empréstimos quer aumentar a segurança e a liquidez das transações. 

"Empréstimos com CDBs como garantia têm risco praticamente zero, visto que o ativo é altamente líquido", afirmou Smetana. 

Ele explicou que o objetivo do Bradesco e seus parceiros é permitir o uso de qualquer CDB, independentemente de seu emissor.

Atualmente, o Bradesco já oferece essa opção em sua plataforma de Internet Banking e no aplicativo para celular, após testes internos que comprovam a viabilidade do modelo. 

Drex e transformações no mercado 

O uso de blockchain, através do Drex, agilizará a a troca de ativos como garantias. 

Smetana destacou que a tecnologia tem o potencial de simplificar processos que, na infraestrutura tradicional, são complexos e burocráticos, como o uso de CDBs de diferentes instituições ou debêntures como garantia. 

"Com o uso da blockchain, essa mecânica se torna significativamente mais ágil e simples", afirmou.

Desafios da CBDC brasileira

Larissa Moreira, gerente de Digital Assets no Itaú Unibanco, também presente no evento, comentou sobre os desafios regulatórios do DREX. 

Ela destacou que um dos pontos críticos é a necessidade de revisar o processo de registro de ativos financeiros, como CDBs. 

O Itaú e seus parceiros trabalham para otimizar o processo de registro, permitindo que os ativos tokenizados se integrem aos sistemas tradicionais de transferência de reservas, como o Sistema de Transferência de Reservas (STR). 

Isso facilitaria a conversão entre dinheiro fiduciário e CDBs tokenizados. 

As informações são do Cointelegraph
 

CBDC

BCE defende urgência na adoção do euro digital após ações de Trump contra moedas digitais de BCs

Banco Central Europeu enfatiza a necessidade de um euro digital para proteger a soberania monetária da Europa diante dos planos de Donald Trump

sexta, 24 de janeiro, 2025 - 18:13

Redação MyCryptoChannel

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O Banco Central Europeu (BCE) está reforçando sua posição sobre a necessidade de um euro digital, especialmente após recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

De acordo com Piero Cipollone, membro do conselho executivo do BCE, a Europa "precisa" adotar uma moeda digital para combater os planos de Trump relacionados às stablecoins.

Proibição de CBDC nos Estados Unidos 

Em uma conferência recente, Cipollone comentou que a ordem executiva assinada por Trump, que proíbe a emissão e circulação de moedas digitais do banco central (CBDC) dentro dos Estados Unidos, poderia prejudicar os bancos, à medida que os consumidores migram para stablecoins. 

O presidente americano também estabeleceu um grupo de trabalho sobre mercados de ativos digitais, com a intenção de impulsionar o uso de stablecoins lastreadas em dólar. 

Para Cipollone, a criação de um euro digital seria uma resposta estratégica a esses movimentos, visando a segurança da soberania monetária europeia.

Desenvolvimento do euro digital

O BCE tem trabalhado no desenvolvimento de uma moeda digital centralizada para complementar o sistema bancário tradicional. 

Em uma comunicação oficial, o banco central europeu confirmou que está experimentando diversas tecnologias, tanto centralizadas quanto descentralizadas, para a criação do euro digital.

Desafios das stablecoins e o caso da Tether

No contexto do debate sobre stablecoins, a gigante de criptomoedas Tether anunciou recentemente que suspenderia a emissão de sua stablecoin lastreada em euros, o EURT, devido a pressões regulatórias na Europa. 

O movimento reflete um cenário mais amplo de aumento da vigilância sobre as moedas digitais emitidas por empresas privadas. 

Em um comunicado, a Tether afirmou que o EURT, que possui um volume de negociação pequeno, seria retirado de circulação até 2025, com um prazo para resgatar os tokens

CBDC

Banco Central quer um ambiente que permite transparência e interação com o Drex

Coordenador do projeto explica que a moeda digital brasileira visa ampliar o acesso aos serviços financeiros

terça, 19 de novembro, 2024 - 15:52

Redação MyCryptoChannel

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Durante o painel "Drex em 2025: Uma Nova Era em Construção", realizado no Criptorama, em São Paulo, Fabio Araújo, coordenador do projeto de criação do Drex no Banco Central, detalhou os planos da moeda digital brasileira.  

"O mercado está utilizando tecnologias de ativos digitais para gerenciar riscos e atender às diferentes demandas. [...] Estamos trabalhando para garantir que, independentemente do modelo escolhido, a segurança seja preservada dentro desses ambientes”, afirmou Araújo.  

Centralização do sistema do Drex 

Ao contrário do que se pode pensar, a moeda digital do BC não é totalmente centralizada. Araujo esclareceu que o Drex permite transparência e interação entre os participantes, mas sem concentrar informações em um único ponto.  

De acordo com Araújo, o projeto busca ampliar a descentralização ao atrair bancos, fintechs e outras instituições financeiras. O Drex, portanto, não se propõe a substituir os intermediários, mas a incluir mais opções regulamentadas e seguras.  

"Sem conhecimento adequado, muitos acabam perdendo dinheiro. Para a maioria, faz mais sentido contar com intermediários regulamentados, que operam sob regras claras e oferecem serviços de forma segura e estruturada. ", disse o coordenador. 

Inovação e inclusão financeira 

O objetivo do Drex é ampliar o acesso a serviços financeiros, especialmente para pessoas que enfrentam barreiras no modelo atual.  

Segundo Araújo, o sistema permitirá a tokenização de ativos como debêntures e títulos públicos, facilitando investimentos e operações financeiras. 

“Essa experiência simplificada, somada à facilidade de integração com canais digitais como bancos e corretoras, é um ponto crucial que o DREX busca incorporar ao sistema financeiro tradicional”, destacou.  

Desafios do projeto Drex 

Araújo também falou sobre os desafios enfrentados pelo Banco Central na implementação do Drex.  

Um dos maiores obstáculos é a transição do modelo financeiro tradicional para um ambiente digital mais flexível. 

A tendência é replicar práticas antigas, mas isso limita a capacidade de inovação.  

"Se fizermos isso, acabamos perdendo a vantagem da inovação e amarrando os novos serviços às limitações das tecnologias anteriores ", afirmou. 

Próximos passos do Drex 

Segundo Araújo, o cronograma inclui a publicação de resultados da primeira fase do projeto até o final de 2024.  

Ele afirmou que até meados de 2025, a equipe fará um sprint de desenvolvimento para ajustar o sistema.