domingo, 02 de fevereiro, 2025

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Deputado Eduardo Bolsonaro critica Drex e defende o Bitcoin como alternativa à moeda digital central

Em postagens nas redes sociais, o parlamentar e o Partido Liberal se posicionam contra a criação da moeda digital centralizada pelo governo

sexta, 31 de janeiro, 2025 - 13:43

Redação MyCryptoChannel

O debate sobre a implementação do Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil, voltou a ser destaque no cenário político, após a postura crítica do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e outros membros do Partido Liberal (PL) sobre a criação da moeda centralizada.  

Ele se opôs à proposta do governo e defendeu o Bitcoin (BTC) como uma alternativa mais alinhada com a liberdade financeira.  

Em suas declarações, o deputado fez referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas políticas pró-cripto, sugerindo que o Brasil deveria seguir a mesma direção. 

Críticas ao Drex 

Em uma postagem nas redes sociais na quinta-feira (30), Eduardo Bolsonaro utilizou o X, antigo Twitter, para criticar a criação do Drex e defender que o Brasil não deveria seguir o caminho da moeda digital centralizada.  

“Pres. Trump falou em seu discurso que transformará os EUA na capital mundial de cripto e assinou um decreto impedindo o desenvolvimento de uma moeda digital centralizada, que é o que Lula quer fazer no Brasil criando uma moeda digital de nome DREX”, disse o deputado.  

Ele ainda completou: “Não podemos ficar para trás no Brasil, precisamos impedir que o DREX seja colocado em circulação”. 

Para o Eduardo Bolsonaro, o “Bitcoin tem se mostrado um instrumento fundamental para devolver o poder ao povo com liberdade”. 

Reação do partido liberal contra o Drex 

O Partido Liberal tem se posicionado de forma firme contra o Drex, com parlamentares como a deputada Julia Zanatta (PL) liderando um movimento de oposição.  

Ela apresentou o Projeto de Lei 3341/2024, que propõe a proibição da substituição do papel moeda por moedas digitais, permitindo aos cidadãos e instituições a liberdade de escolher os meios de pagamento a serem utilizados. 

Para Julia, o papel-moeda “é essencial para garantir a liberdade econômica, pois oferece um meio de pagamento acessível e confiável para todas as camadas da sociedade, incluindo aquelas que não têm acesso à tecnologia digital”.  

 

CBDC

Bradesco, Itaú e Banco do Brasil criam novos modelos de crédito com Drex: Veja mais detalhes

As três instituições financeiras firmaram uma parceria para usar CDBs como garantia para empréstimos

quinta, 14 de novembro, 2024 - 11:56

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Blockchain Day FGV, George Marcel Smetana, especialista em inovação em estratégia regulatória no Bradesco, anunciou novas oportunidades do banco para o Drex

O Bradesco firmou uma parceria com dois de seus principais concorrentes, Itaú e Banco do Brasil, para o desenvolvimento de novos modelos de crédito com foco na segunda fase do DREX, a moeda digital do Banco Central do Brasil. 

Juntos, as instituições financeiras estão trabalhando em um grupo para viabilizar o uso de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) como garantia para empréstimos. 

É possível usar CDBs como garantia? 

A proposta de utilizar CDBs como garantia para empréstimos quer aumentar a segurança e a liquidez das transações. 

"Empréstimos com CDBs como garantia têm risco praticamente zero, visto que o ativo é altamente líquido", afirmou Smetana. 

Ele explicou que o objetivo do Bradesco e seus parceiros é permitir o uso de qualquer CDB, independentemente de seu emissor.

Atualmente, o Bradesco já oferece essa opção em sua plataforma de Internet Banking e no aplicativo para celular, após testes internos que comprovam a viabilidade do modelo. 

Drex e transformações no mercado 

O uso de blockchain, através do Drex, agilizará a a troca de ativos como garantias. 

Smetana destacou que a tecnologia tem o potencial de simplificar processos que, na infraestrutura tradicional, são complexos e burocráticos, como o uso de CDBs de diferentes instituições ou debêntures como garantia. 

"Com o uso da blockchain, essa mecânica se torna significativamente mais ágil e simples", afirmou.

Desafios da CBDC brasileira

Larissa Moreira, gerente de Digital Assets no Itaú Unibanco, também presente no evento, comentou sobre os desafios regulatórios do DREX. 

Ela destacou que um dos pontos críticos é a necessidade de revisar o processo de registro de ativos financeiros, como CDBs. 

O Itaú e seus parceiros trabalham para otimizar o processo de registro, permitindo que os ativos tokenizados se integrem aos sistemas tradicionais de transferência de reservas, como o Sistema de Transferência de Reservas (STR). 

Isso facilitaria a conversão entre dinheiro fiduciário e CDBs tokenizados. 

As informações são do Cointelegraph
 

CBDC

Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou.