sábado, 23 de novembro, 2024

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Deutsche Bank e SC Ventures testam sistema de comunicação entre blockchain e CBDCs

Abordagem à integração de transações baseadas em blockchain e moedas digitais do banco central

quinta, 26 de outubro, 2023 - 08:54

Redação MyCryptoChannel

O Deutsche Bank e a SC Ventures, divisão de inovação do Standard Chartered, lideram o caminho ao explorar uma nova abordagem para permitir que transações envolvendo blockchain, stablecoins e moedas digitais do banco central (CBDCs) se comuniquem. Eles estão fazendo isso de uma maneira semelhante à camada de mensagens SWIFT, sendo uma parte fundamental da infraestrutura bancária tradicional.

 

Esses bancos de renome estão envolvidos em uma série de testes, que incluem transferências e trocas de stablecoins, como o USDC, na Rede Universal de Pagamentos Digitais (UDPN). Este sistema de blockchain autorizado é composto por nós validadores gerenciados por uma aliança de bancos, instituições financeiras e consultorias.

 

É importante notar que o UDPN foi desenvolvido em colaboração pela consultoria tecnológica GFT Group e pela Red Date Technology, cofundadora da rede de serviços baseados em blockchain da China, conhecida como Blockchain-Based Service Network (BSN).

 

O sistema planeja possibilitar e instruir transações que ocorrem em uma variedade de redes, desde a utilização de stablecoins em blockchains públicos até as moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs). O conceito é que, ao operar dessa forma, as moedas digitais se tornam tanto o meio quanto a mensagem em si. Isso levanta a questão de por que é necessário manter sistemas como as mensagens SWIFT em paralelo.

 

Segundo os criadores do UDPN, a resposta está na capacidade do sistema de atuar como uma ponte de interoperabilidade entre diversas redes blockchain, ao mesmo tempo em que implementa padrões de identidade digital descentralizada (DIDs) já testados. Isso proporciona um ambiente regulamentado e amigável para as instituições financeiras.

 

Um exemplo prático desse sistema inovador é quando uma instituição realiza uma transferência transfronteiriça de moeda. Nesse caso, o valor tokenizado é transferido para um contrato inteligente gerenciado pela UDPN. O contrato inteligente, por sua vez, libera a moeda alvo pretendida. Esta abordagem representa uma evolução na forma como as transações financeiras são tratadas, tornando-as mais eficaz e seguras.

 

Atualmente, a UDPN engloba cerca de 25 organizações que conduzem aproximadamente dez testes de prova de conceito em paralelo. Esse grupo diversificado inclui bancos da América Latina, Austrália, Estados Unidos e Europa.

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Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

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Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.