quarta, 04 de dezembro, 2024

CBDC

A+ A-

Diretor do BIS alerta necessidade de quadros jurídicos atualizados para CBDCs

Carstens pede ação dos líderes mundiais para atualizar legislações

quinta, 28 de setembro, 2023 - 14:18

Redação MyCryptoChannel

Agustín Carstens, Diretor Geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS), alertou na quarta-feira (27) para a necessidade de quadros jurídicos atualizados para a emissão de Moedas Digitais do Banco Central (CBDC).

Em um discurso na Suíça, Carstens disse que leis desatualizadas estão a impedir o mundo de emitir CBDCs, que ele disse que têm o potencial de proporcionar benefícios significativos à economia global. Ele também pediu para líderes mundiais para evoluir as suas leis para construir essa tecnologia. 

 

 

“As pessoas querem que o seu dinheiro seja digital e programável”, disse Carstens. “Eles querem poder transferi-lo através das fronteiras de forma rápida, barata e segura.” O chefe da BIS disse que mesmo que as criptomoedas do mercado privado possuam digitalidade e programabilidade, elas não são dinheiro sem o apoio e a proteção do banco central. 

 

 

Carstens afirmou que os Stablecoins também não cumprem essa promessa, poia a sua estabilidade não pode ser garantida. Por outro lado, o chefe da BIS disse que os CBDC utilizados pelo sistema bancário têm “vasto potencial nas áreas de automação e mitigação de riscos”.

 

 

Já para os CBDC retalhistas teriam a chance de maximizar a  inclusão financeira e tornar os pagamentos entre os países mais rápidos e baratos. “Um CBDC de varejo poderia existir junto com o dinheiro, oferecendo ao público uma alternativa digital às notas e moedas”, ressaltou.

 

 

“É simplesmente inaceitável que quadros jurídicos pouco claros ou desatualizados possam impedir a sua implementação”, disse Carstens, já que quase 80% dos bancos centrais estão legalmente proibidos de emitir CBDCs ou não possuem leis suficientes sobre o assunto, de acordo com  o Fundo Monetário Internacional (FMI). “O trabalho para resolver essas questões precisa começar a sério. E precisa prosseguir em ritmo acelerado.”


 

CBDC

Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

CBDC

Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.