sexta, 04 de outubro, 2024

CBDC

A+ A-

Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.  

CBDC

Banco Central anuncia segunda fase de testes da plataforma piloto Drex com 13 temas selecionados

A segunda fase dos testes do Piloto Drex do Banco Central contará com 13 temas escolhidos para desenvolver serviços financeiros com smart contracts e regulamentações da CVM

quarta, 04 de setembro, 2024 - 17:50

Ana Beatriz Rodrigues

Continue Lendo...

O Banco Central do Brasil (BC) divulgou nesta quarta-feira (4) a lista de 13 temas selecionados para a segunda fase de testes da plataforma Piloto Drex, após avaliar 42 propostas de casos de uso.  

Os projetos foram escolhidos com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essa fase marcará a implementação de serviços financeiros por meio de smart contracts geridos por terceiros participantes da plataforma.  

Acordo com a CVM  

Nas últimas semanas, o coordenador do Drex no BC, anunciou que a autoridade monetária estava finalizando um acordo com a CVM para utilizar ativos regulados pela CVM nos testes do Drex.  

Ele também havia comentado que durante o mês de setembro será aberta uma nova chamada pública para que instituições financeiras participem dos testes da moeda digital do banco central. 

Próximos avanços do Drex  

Nos próximos meses, o desenvolvimento dos temas selecionados será iniciado em um ambiente colaborativo onde reguladores e participantes discutirão estratégias de implementação, governança dos novos serviços e a integração de soluções de privacidade. 

No terceiro trimestre de 2024, o BC abrirá uma nova chamada para propostas de entidades interessadas em integrar o Piloto Drex. Os selecionados deverão começar a testar a implementação de smart contracts até o fim do primeiro semestre de 2025. 

Novos participantes  

Os temas para a segunda fase foram agrupados em 13 categorias, sendo 11 sob a competência do BC e 2 sob a da CVM: 

  • Cessão de recebível: ABC e Inter 
  • Crédito colateralizado em CDB: BB, Bradesco e Itaú 
  • Crédito colateralizado em títulos públicos: ABBC, ABC e MB 
  • Financiamento de operações de comércio internacional (Trade Finance): Inter 
  • Otimização do mercado de câmbio: XP-Visa e NuBank 
  • Piscina de liquidez para negociação de títulos públicos: ABC, Inter e MB 
  • Transações com Cédulas de Crédito Bancário: ABBC 
  • Transações com ativos do agronegócio (CVM): TecBan, MB e XP-Visa 
  • Transações com ativos em redes públicas: MB 
  • Transações com automóveis: B3, BV e Santander 
  • Transações com créditos e descarbonização - CBIO: Santander 
  • Transações com debêntures (CVM): B3, BTG e Santander 
  • Transações com imóveis: BB, Caixa e SFCoop 

Participantes atuais  

Atualmente, 16 consórcios ou empresas estão ativamente envolvidos no Piloto Drex: 

  • ABBC: Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2, Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft, e BIP 
  • ABC: Banco ABC, Hamsa, LoopiPay, e Google 
  • B3: Banco B3, B3, e B3 Digitas 
  • BB: Banco do Brasil 
  • Bradesco: Bradesco, Nuclea, e Setl 
  • BTG: Banco BTG 
  • BV: Banco BV 
  • Caixa: Caixa, Elo, e Microsoft 
  • Inter: Banco Inter, Microsoft, e 7Comm 
  • Itaú: Itaú Unibanco 
  • MB: MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard, e Banco Genial 
  • Nubank: NuBank 
  • Santander: Santander, Santander Asset Management, F1RST, e Toro CTVM 
  • SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi, e Unicred 
  • TecBan: Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS, e Parfin 
  • XP-Visa: XP e Visa 

 

CBDC

Banco Central revelará novos casos de uso para o Drex na semana

Durante o painel da ABBC, Fabio Araújo anunciou a seleção de novos casos de uso para a moeda digital do Brasil, com implementações previstas para 2025

terça, 03 de setembro, 2024 - 14:52

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

Durante um painel organizado pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Fabio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central do Brasil (BC), revelou que novos casos de uso para a moeda digital do país serão anunciados ainda nesta semana.  

Seleção e implementação dos novos casos de uso 

Além disso, uma chamada pública será aberta em setembro para permitir a entrada de novos participantes, com implementações previstas para 2025. “Em setembro, faremos uma chamada pública para que empresas que ainda não estão participando possam trazer seus casos de uso e começar a implementação em 2025”, afirmou Araújo.  

Para ele, o ano que vem será o checkpoint do Drex, onde os objetivos estabelecidos serão verificados. O coordenador do Drex afirmou que o mais importar é garantir que alcancem “marcos essenciais, como privacidade, segurança e estabilidade, antes de expandir para um público mais amplo".  

Participação da CVM em casos de uso  

Os participantes desta segunda fase continuarão testando soluções de privacidade desenvolvidas em colaboração com empresas da primeira fase do Drex. Araújo mencionou que o BC está trabalhando de perto com autoridades reguladoras, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para viabilizar novos casos de uso. 

Pedro Castellar, chefe de gabinete da presidência da CVM, concordou com as declarações de Araújo, afirmando que a CVM está monitorando de perto o piloto do DREX, especialmente em relação à tokenização de valores mobiliários.  

"Estamos analisando como a infraestrutura do DREX pode ser integrada ao mercado de capitais, garantindo interoperabilidade e minimizando os riscos de fragmentação de mercado", disse Castellar. Ele destacou que a interoperabilidade oferecida pelo DREX pode ajudar a evitar a fragmentação de liquidez e a promover uma formação de preços mais eficiente. 

Benefícios da tokenização  

Outro ponto destacado por Araújo foi a importância da tokenização, já que melhora dois aspectos fundamentais do sistema: acesso e reconciliação de informações.  

"A reconciliação de informações é um processo caro, que geralmente requer validação de terceiros, gerando concentração de poder e dificultando a entrada de novos participantes. Ao simplificar esse processo, abrimos espaço para mais inovação e novos atores, caracterizando uma economia tokenizada", explicou.