quinta, 21 de novembro, 2024

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Especialista em mercado financeiro e capitais explica Drex e custódia pelo Banco Central

Luciana Simões, sócia da equipe de Mercado Financeiro e de Capitais do b/luz advogados, explica particularidades e diferença da moeda digital com Pix e criptomoedas

quinta, 10 de agosto, 2023 - 16:04

Redação MyCryptoChannel

O Banco Central do Brasil (BCB), durante transmissão ao vivo realizada na última segunda-feira (7), anunciou ao público que a sua moeda digital será chamada oficialmente de Drex. Este nome foi criado a partir da junção das letras 'D' de digital, 'R' de Real, 'E' de eletrônico e 'X' em referência ao pix, serviço de transferências instantâneas.

Luciana Simões, sócia da equipe de Mercado Financeiro e de Capitais do b/luz advogados, explica que Drex é a moeda digital emitida e custodiada pelo BCB e a versão brasileira do CBDC (Central Bank Digital Currencies ou moedas digitais do Banco Central, em tradução livre). Por ser a representação da moeda física, o Drex tem paridade com o real, dessa forma vale o mesmo que o real.

Não existe diferença entre o real e o Drex, sendo este apenas a representação digital da moeda física. Conforme explicado pelo BCB, o Drex poderá ser trocado por papel-moeda e vice-versa, e o acesso a ela será feito por meio de carteiras virtuais em bancos e outras instituições financeiras e de pagamento”, acrescenta a especialista.

Sobre a distinção entre o Drex e o Pix, Luciana pontua que o Drex é a representação digital da moeda real, enquanto o Pix é uma tecnologia de transações instantâneas que representa uma forma de realizar transações financeiras. “Uma não interfere no funcionamento da outra, pelo contrário, se complementam”.

A sócia da equipe de Mercado Financeiro e de Capitais do b/luz advogados lembra que o Drex não será uma criptomoeda, não terá a mesma funcionalidade do Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), por exemplo, e nem terá sua cotação atrelada à demanda e oferta de mercado.

“As únicas semelhanças são que ambas são ativos digitais e utilizam-se da tecnologia blockchain”, comenta Luciana. E completa: “Ainda, diferentemente do bitcoin, o Drex tem a garantia do BCB em caso de qualquer problema que possa ocorrer com o Sistema Financeiro Nacional”.

A tecnologia do Drex poderá ser utilizada para a criação de diversos negócios, trazendo muitas inovações aos serviços financeiros do país. “Poderá ser aplicado em contratos inteligentes, facilitando o momento da transação, tanto para o comprador quanto para o vendedor na negociação de imóveis, veículos e até mesmo títulos públicos, por exemplo”, acredita a especialista.

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Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

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Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.