A presidente do Banco Central Europeu (BCE) declarou nesta segunda-feira (25) que ainda faltam, no mínimo, dois anos para a introdução do tão aguardado euro digital. Este anúncio visa aplacar as preocupações crescentes em torno da privacidade que envolvem a moeda digital do banco central (CBDC).
Embora o BCE esteja programado para tomar decisões cruciais nas próximas semanas sobre a continuidade dos preparativos para o CBDC, o ceticismo entre os membros do Parlamento Europeu, cuja aprovação é necessária para avançar com o projeto, é evidente.
Fabio Panetta, membro do Conselho do BCE, havia previamente assegurado que nenhuma decisão seria tomada até que os legisladores e os governos dos países-membros da União Europeia chegassem a um consenso sobre a legislação que estabelecerá medidas de privacidade para o CBDC. Contudo, dúvidas significativas ainda persistem em relação a esse processo.
No mês passado, o parlamento anunciou que o euro digital será supervisionado pelo alemão Stefan Berger, um arquiteto chave na elaboração da lei de licenciamento de criptografia da União Europeia, conhecida como MiCA. A nomeação de Berger é vista como um passo importante para garantir que as preocupações de privacidade sejam devidamente abordadas durante o desenvolvimento do CBDC.