quarta, 04 de dezembro, 2024

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Legisladores do Reino Unido recomendam cautela na introdução de libra digital em novo relatório

Comitê do Tesouro da Câmara dos Comuns destaca preocupações sobre estabilidade financeira e privacidade

segunda, 04 de dezembro, 2023 - 18:50

Redação MyCryptoChannel

Conforme os investigadores do Reino Unido continuam a investigar como uma libra digital poderia funcionar, os legisladores estão aconselhando o Banco da Inglaterra e o Tesouro de Sua Majestade a serem cautelosos ao considerar a introdução de uma moeda digital do banco central (CBDC).

 

 

Um relatório recente do Comitê do Tesouro da Câmara dos Comuns destacou uma série de preocupações sobre uma libra digital, incluindo a estabilidade financeira e a privacidade. Os legisladores escreveram que “Um dos riscos mais citados foi o da 'desintermediação bancária' – isto é, a mudança de depósitos mantidos em bancos por libras digitais”.

 

 

“Em períodos de tensão no mercado financeiro, a capacidade de mudar rápida e facilmente para libras digitais poderia acelerar a retirada de depósitos dos bancos – a chamada ‘corrida aos bancos ’ – e, assim, aumentar o risco de falências bancárias”, destacaram. Além disso, o relatório se preocupou com o aumento das taxas de juros mais elevadas em empréstimos bancários. 

 

 

Os legisladores também destacaram as preocupações com a privacidade. “O documento de consulta do Banco da Inglaterra e do Tesouro afirma que a libra digital não seria anônima porque a capacidade de identificar e verificar os usuários é necessária para prevenir o crime financeiro”, afirmava o relatório.

 

 

O Banco da Inglaterra e o Tesouro de Sua Majestade afirmaram que responderiam ao relatório do Comitê do Tesouro "em breve". Eles também divulgarão um documento de consulta conjunta sobre os próximos passos para o Reino Unido e uma libra digital.
 

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Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

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Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.