quarta, 04 de dezembro, 2024

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Legisladores dos EUA debatem prós e contras de CBDC

Candidatos a presidência do país se mostram contra iniciativa

sexta, 15 de setembro, 2023 - 13:05

Redação MyCryptoChannel

Legisladores dos EUA debateram os prós e contras da emissão de uma moeda digital do banco central (CBDC) na última quinta-feira (14), com uma divisão acentuada sobre as preocupações com a privacidade e a liderança em inovação.

 

 

Para o deputado French Hill o Federal Reserve precisa da aprovação do Congresso para emissão de um CBDC. Ele disse em audiência do subcomitê de Serviços Financeiros da Câmara que “não há apoio para um CBDC no Congresso, exceto daqueles que estão à margem que pensam que de alguma forma um CBDC pode ser uma solução incrível para muitos problemas globais não declarados”. 

 

 

Os políticos conservadores não apoiam a proposta da CBDC. Como exemplo, o governador da Flórida e candidato presidencial Ron DeSantis assinou um projeto de lei em maio para proibir o uso de um CBDC federal no estado. Vivek Ramaswamy, outro candidato presidencial, disse no Twitter em março desse ano que “todo candidato do Partido Republicano precisa de uma resposta clara aos CBDCs: claro que não”. 

 

 

Por outro lado, o deputado Stephen Lynch, de Massachusetts, reintroduziu seu projeto de lei, a Lei de Moeda Eletrônica e Hardware Seguro (ECASH), na quinta-feira (14). Essa lei  “maximizaria a proteção do consumidor e a privacidade dos dados, e promoveria os esforços dos EUA para desenvolver e regular os ativos digitais”.

 

 

“Eu me preocupo com algumas das recentes narrativas falsas e com o medo, muitos dos quais foram alimentados pela própria indústria de criptografia”, argumentou Lynch durante a audiência. “Esse medo que circula em torno de um CBDC sendo transformado em arma como uma ferramenta para vigilância ou controle governamental. É importante corrigir algumas das afirmações imprecisas e enganosas que poderiam nos levar a encerrar abordagens políticas inovadoras antes de iniciarmos uma discussão significativa.”


 

CBDC

Moeda do BRICS não ameaça o dólar, diz criador do termo BRIC

Segundo o ex-economista do Goldman Sachs, tensões entre China e Índia e desigualdade econômica no bloco tornam inviável a criação de uma moeda global conjunta

quinta, 24 de outubro, 2024 - 19:10

Redação MyCryptoChannel

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O projeto do BRICS de criar um sistema de pagamento alternativo ao dólar e lançar uma moeda digital para o comércio global não representa uma ameaça real à supremacia da moeda americana, de acordo com Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e responsável por cunhar o termo BRIC em 2001. 

Para O'Neill, as tensões e a falta de cooperação entre China e Índia, principais potências do grupo, juntamente com a desigualdade econômica entre os membros, tornam improvável o sucesso de qualquer iniciativa conjunta com ambições globais.  

"A ideia de que o BRICS pode se tornar um clube econômico global genuíno é fantasiosa, assim como o G7. É preocupante que eles se vejam como uma alternativa global, pois isso é inviável", afirmou O'Neill em entrevista à Reuters. 

Desafios internos e a viabilidade da moeda comum 

O economista ressaltou que, nos últimos 15 anos, o BRICS teve poucos avanços como bloco, o que, segundo ele, torna remota a possibilidade de uma moeda comum desafiar a hegemonia do dólar no sistema financeiro internacional.  

A principal dificuldade está na disparidade econômica entre os países membros. De acordo com O'Neill, uma moeda comum seria fortemente dependente da China, enquanto Brasil e Rússia teriam um papel secundário e pouco influente. 

Rivalidade China-Índia como obstáculo 

A cúpula do BRICS, realizada esta semana na Rússia, evidenciou as intenções da China e da Rússia de reformular as estruturas de governança global, desafiando o domínio dos EUA e a posição do dólar como moeda de reserva internacional.  

No entanto, para O'Neill, o encontro tem pouco impacto real.  

“Parece-me ser basicamente um encontro anual simbólico em que países emergentes importantes, especialmente os barulhentos como a Rússia, e a China, possam se reunir e demonstrar como é bom fazer parte de algo que não envolva os EUA, questionando a eficiência dos sistemas de governança global em vigor ", afirmou. 

 

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Drex pode se tornar o Sistema Financeiro do Brasil, afirma Banco Central

Coordenador do projeto Drex, Fábio Araújo, revela planos de integração com Pix e Open Finance, e discute testes com a população e privacidade

quinta, 03 de outubro, 2024 - 15:02

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Fórum Ativos Digitais, Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou planos para o Drex, como o de se tornar o "Sistema Financeiro do Brasil". Assim, a moeda digital integraria todos os serviços financeiros com soluções digitais como o Open Finance e o Pix.  

Ele destacou que o Drex, projetado como um STR 2.0, está em fase avançada, mas ainda não possui uma data oficial de lançamento, segundo cobertura do Cointelegraph. A moeda digital do BC será testada com a população antes de ser implementada oficialmente. 

“Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade”, disse o coordenador do projeto.  

Araújo também enfatizou que o Drex vai além de ser apenas uma moeda digital, servindo como uma plataforma estratégica.  

"O Drex é mais que uma moeda, ele é uma plataforma que vai abrir novas possibilidades para os participantes do mercado oferecerem serviços financeiros de maneira mais ampla à população", explicou.  

Outro ponto relevante é que o BC está planejando abrir o Drex para novos participantes do mercado, com o objetivo de aumentar os casos de uso. Na próxima semana, será realizada uma chamada pública para fomentar a participação do mercado. 

Além disso, Araújo esclareceu que o conceito de "dinheiro programável" não se aplica diretamente ao Drex, pois o dinheiro, por definição, não possui essas condições.  

Ele comparou esse conceito ao uso de vouchers, destacando que o Drex funcionará como uma plataforma pública para serviços financeiros, e não como uma moeda com restrições programáveis. 

Por fim, Araújo mencionou a escolha do BC de adotar um modelo de ledger único para o Drex, sendo a opção mais segura e escalável. “A estratégia que definimos para a evolução do DREX é começar com um ledger único, inserindo nele tudo o que a escalabilidade permitir e interoperando apenas o necessário", completou.