O Banco Central do Brasil, em parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), anunciou na quarta-feira (10) a retomada das atividades do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT).
A iniciativa, que completa 6 anos em 2024, busca impulsionar o desenvolvimento de soluções inovadoras para o Sistema Financeiro Nacional, com foco principal no mercado de ativos digitais e no DREX, a moeda digital do Banco Central.
Nesta retomada, o LIFT Lab estará direcionado quase que exclusivamente para o mercado de criptomoedas, buscando projetos que explorem as tecnologias de blockchain, DeFi, carteiras digitais para criptomoedas e tokens RWA (Real World Assets).
Entre os temas específicos de interesse estão:
- Compliance e PLD Preventivos: soluções tecnológicas para prevenir a lavagem de dinheiro e garantir o compliance regulatório.
- SmartSafe: solução de carteira digital programável, segura e intuitiva para o armazenamento de criptoativos.
- GreenFi: Finanças Descentralizadas para a Sustentabilidade: criação de um ecossistema financeiro descentralizado para ativos verdes tokenizados.
- Gateway de Interoperabilidade: solução de interoperabilidade B2B que conecta redes blockchain incompatíveis.
- Score Chave PIX: criação de uma pontuação para o sistema de pagamentos instantâneos Pix, com monitoramento de "safe zones" e detecção de contas laranjas.
- Token do Agronegócio Garantido - TAG: tokenização de ativos para o agronegócio.
- KYC para Rating de Crédito em Blockchain: desenvolvimento de uma rede descentralizada para avaliação e concessão de crédito, seguindo os princípios do Open Finance.
Ao longo de seus seis anos de existência, o LIFT Lab já gerou um impacto no Sistema Financeiro Nacional. Entre os resultados, 256 propostas de projetos submetidas ao programa e 82 projetos selecionados. Além disso, 36% dos 68 finalistas receberam investimentos do setor privado, totalizando mais de R$ 400 milhões.
A partir de julho, o LIFT Lab dará início a uma série de etapas, como reuniões de acompanhamento e entrega dos projetos, publicação de artigos (LIFT Papers) com os resultados das pesquisas e até o LIFT Day, um evento para apresentação final dos projetos.
Os temas selecionados para o LIFT deste ano dialogam diretamente com o DREX, a moeda digital do Banco Central, que se encontra atualmente na fase 2 de testes. Banco do Brasil, por exemplo, já está estudando a criação de um "mega" ecossistema de investimento para o DREX, com foco em quatro frentes: mercado de capitais, sustentabilidade, meio de pagamento e pagamentos off-line.