Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (18), o órgão de fiscalização da privacidade de dados da União Europeia (UE) destacou a necessidade de evitar a "centralização excessiva" por parte do Banco Central Europeu (BCE) nos seus planos para um euro digital.
Essa declaração surge no momento em que o BCE se prepara para decidir crítica sobre a implementação de uma moeda digital do banco central (CBDC), que gerou preocupações significativas em relação ao possível controle estatal.
Os planos do BCE visam, em parte, limitar a quantidade de CBDC que um indivíduo pode possuir, uma medida destinada a evitar a fuga de ativos do sistema bancário tradicional. No entanto, o órgão de fiscalização da privacidade, representado por Nicolaidou, enfatizou a importância de uma abordagem mais descentralizada no armazenamento das informações necessárias para a aplicação dessas restrições.
O European Data Protection Board (EDPB), responsável pela aplicação do rigoroso Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) do bloco, está empenhado em assegurar que as implicações de privacidade sejam abordadas. A sua opinião provavelmente influenciará os legisladores da UE, que já expressaram preocupações sobre o equilíbrio entre privacidade e segurança no contexto do euro digital.