O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (9) que o objetivo do Drex é aumentar as possibilidades surgidas com uma CBDC (moeda digital de banco central) ao mesmo tempo que não é preciso tirar a intermediação que os bancos têm no sistema financeiro. Com isso, a CBDC brasileira poderá reduzir custos.
"É uma moeda que o formato é muito diferente do que eu vejo por aí, porque entendemos que o principal desafio de fazer a moeda digital era não desintermediar os bancos", disse Campos Neto durante sua participação no XXXIII Encontro de Lisboa, que reúne os bancos centrais de países de língua portuguesa.
Segundo o presidente do BC, o modelo brasileiro de CBDC é superior a outros projetos porque permite que os bancos continuem a desempenhar seu papel essencial no sistema financeiro. "Isso gera modernização na parte de riscos, asset management, funding, gestão de colateral, então tem uma externalidade positiva muito grande dos bancos passarem a fazer isso", destacou.
Além disso, o Drex não irá precisar de uma nova regulamentação, já que o ativo se encaixa nas regras do BC. “Entendemos que isso vai gerar uma eficiência não só em termos de regulamentação financeira, mas em toda a parte de registro de contratos”, ressaltou.