A Índia testemunhou um esquema de criptomoedas de US$ 300 milhões (2,5 milhões de rúpias indianas) que enganou cerca de 100 mil pessoas. Como consequência, oito novas prisões foram feitas recentemente, incluindo quatro policiais, enquanto a investigação continua a se desdobrar, de acordo com relatos da mídia local.
As vítimas desse golpe, que abalou Himachal Pradesh, incluem 5 mil funcionários do governo e cerca de 1 mil policiais, segundo as conclusões de uma Equipe Especial de Investigação (SIT).
O esquema começou a se desenrolar no final de setembro, mas suspeita-se que tenha raízes que remontam a 2018, quando os fraudadores começaram a abordar potenciais vítimas com a promessa de investimentos envolvendo uma criptomoeda chamada Korvio Coin (KRO). Posteriormente, outras criptos foram supostamente utilizadas por meio de sites falsos, com pelo menos uma delas abandonada após pessoas já terem investido nela.
O sucesso inicial do golpe pode ser atribuído à participação de policiais, que lhe conferiram uma legitimidade sem precedentes. Mais de 1 mil policiais envolveram-se no esquema; enquanto a maioria foi enganada, alguns obtiveram lucros substanciais, mas outros ofereceram-se como voluntários e tornaram-se promotores do esquema, de acordo com autoridades locais.
Nos últimos dois anos, aproximadamente 56 denúncias foram registradas em delegacias, o que desencadeou uma extensa investigação liderada pela SIT, envolvendo várias agências e equipes policiais regionais. A realização de dezenas de buscas no final de outubro resultou na descoberta de cerca de 250 mil cartões de identificação ligados a suspeitos. Durante as investigações, mais de 100 pessoas obtiveram lucros de US$ 240 mil cada, enquanto outras 200 ganharam cerca de US$ 120 mil cada.
Até o momento, 18 prisões foram efetuadas, mas o suposto líder do esquema, Subhash Sharma, continua foragido. Várias propriedades relacionadas a Sharma foram identificadas e apreendidas.