A Justiça Federal condenou 10 pessoas ligadas à Braiscompany, empresa acusada de operar um esquema de pirâmide financeira usando criptomoedas, a penas que totalizam mais de 150 anos de reclusão.
As maiores condenações foram para Antônio Neto, o Antônio Ais (88 anos e 7 meses) e sua esposa e sócia Fabrícia Farias (61 anos e 11 meses). O casal, considerado foragido desde fevereiro de 2023, estaria na Argentina, com Ais usando o nome de Felipe.
O juiz Vinícius Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande (PB), considerou que Ais se valeu de carisma, marketing digital e associação a entidades legítimas para dar aparência de licitude à empresa. A decisão também fixou aos réus a reparação de R$ 277 em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em danos coletivos.
Arthur Barbosa da Silva e Deyverson Serafim foram condenados a cinco anos e cinco anos e oito meses em regime semiaberto, respectivamente. Fernanda Farias Campos (oito anos e nove meses), Flávia Farias Campos (10 anos e seis meses), Gesana Rayane Silva (14 anos e seis meses), Clélio Cabral do Ó (19 anos), Mizael Moreira da Silva (19 anos e seis meses) e Sabrina Mikaelle Lima (26 anos) receberam penas em regime inicialmente fechado.
Na última segunda-feira (19), foram divulgados em diversos veículos, que o advogado Artêmio Picanço, que representa clientes da Braiscompany, e o ex-segurança da empresa Ismael Lira afirmaram que Ais estaria na Argentina com o nome de Felipe. Picanço disse que possui fotos de Antônio no país.