quinta, 12 de setembro, 2024

Cibercrimes

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Polícia Federal desarticula esquema bilionário de criptomoedas e lavação de dinheiro

Durante a Operação Aluir, a PF cumpriu mandados de busca e prisão, bloqueou bens e identificou empresas de fachada envolvidas

sexta, 16 de agosto, 2024 - 17:46

Redação MyCryptoChannel

Na manhã da última quinta-feira (15), a Polícia Federal deflagrou a Operação Aluir, focada em desarticular uma organização criminosa especializada na evasão de divisas e lavagem de dinheiro utilizando criptomoedas. A Operação Aluir marca a terceira fase da Colossus. 

Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva contra os principais membros do grupo criminoso. Esta ação é um desdobramento da Operação Colossus, iniciada em 2022, que revelou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro através de ativos digitais. 

O líder da organização, conhecido como "rei dos criptos", já havia sido preso na segunda fase da operação, realizada em janeiro deste ano. Além dele, outros dois indivíduos tiveram suas prisões preventivas decretadas, mas permanecem foragidos. 

A Justiça Federal também determinou o sequestro patrimonial e o bloqueio de bens dos investigados, com um valor total que ultrapassa R$ 6,7 bilhões. A Polícia Federal revelou que a organização criminosa operava recebendo recursos de origem ilícita através de contas bancárias associadas a empresas de fachada, controladas por "laranjas". 

Os criminosos realizavam transferências entre as contas das empresas fictícias para converter os recursos ilícitos em criptoativos. Esses ativos eram então enviados para carteiras digitais controladas pelos membros da organização.  

A PF identificou pelo menos 68 empresas de fachada envolvidas, das quais nove movimentaram mais de R$ 6,7 bilhões entre 2022 e 2023, conforme o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) obtido do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). 

Entre os presos, um deles era um gerente bancário de uma instituição financeira pública, que desempenhou um papel importante na operação do grupo criminoso. O funcionário bancário permitia o uso das contas mesmo sabendo da origem criminosa dos fundos.  

"A atuação se dava de forma a permitir a utilização das contas bancárias mesmo com conhecimento da origem criminosa dos valores movimentados, o que ocorria não só por meio do não cumprimento dos seus deveres funcionais, mas também através de ações ativas para desobstruir contas bloqueadas pelo setor de compliance", explicou a Polícia Federal. 

Cibercrimes

Extradição de Do Kwon para Coreia do Sul é adiada

Tribunal de Montenegro adia decisão enquanto aguarda o Ministério Público Estadual

quinta, 08 de agosto, 2024 - 16:05

Redação MyCryptoChannel

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A extradição de Do Kwon, ex-CEO da Terraform Labs, para a Coreia do Sul enfrenta mais um obstáculo. De acordo com a mídia local, o tribunal montenegrino decidiu suspender a decisão sobre a extradição de Kwon até que o Ministério Público Estadual se pronuncie sobre o Pedido de Proteção de Legalidade apresentado por sua defesa. 

Kwon se encontra em Montenegro desde sua prisão em março de 2023. Ele foi detido no país europeu sob acusações de falsificação de documentos, enquanto tentava embarcar em um voo para Dubai.  

A situação de Kwon começou a se complicar em fevereiro deste ano, quando o Tribunal Superior de Montenegro decidiu, inicialmente, extraditá-lo para os Estados Unidos.  

O ex-CEO enfrentaria lá consequências legais relacionadas ao colapso da stablecoin Terra-Luna em 2022. No entanto, a decisão foi rapidamente revertida em março, quando o tribunal optou por transferi-lo para a Coreia do Sul, onde ele é acusado de vários crimes financeiros relacionados ao caso Terra-Luna. 

 

Cibercrimes

MP do Rio de Janeiro denuncia quatro pessoas envolvidas em pirâmide do "Príncipe do Bitcoin"

Operação desmantela esquema que causou prejuízos de mais de R$ 230 mil em Campos dos Goytacazes

terça, 23 de julho, 2024 - 18:00

Redação MyCryptoChannel

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO), denunciou quatro indivíduos por sua participação em uma pirâmide financeira conhecida como "Príncipe do Bitcoin".  

A acusação foi formalmente recebida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes em 11 de julho, conforme anunciado pelo MP na última sexta-feira (19).  

Os envolvidos, identificados como Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes, são acusados de lesar cinco moradores de Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense.  

Isso foi possível através de um esquema de pirâmide financeira operado pela empresa A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli. As ações fraudulentas resultaram em um prejuízo total de R$ 234.600 para as vítimas. 

Este caso é um desdobramento da operação "Príncipe do Bitcoin", deflagrada pelo Gaeco em outubro do ano passado. Nessa epóca, um dos acusados, Gilson Ramos Vianna, foi preso uma semana após a captura do pastor evangélico Fabrício Vasconcelos Nogueira, outro alvo da operação.  

Vianna atuava como trader, investindo no mercado financeiro e atraindo clientes com promessas de altos retornos, enquanto exibia sinais de riqueza na região, o que lhe rendeu o apelido de "Príncipe do Bitcoin". A A.C. Consultoria atraía investidores com a promessa de retornos financeiros de 15% a 30% ao mês através de investimentos em criptomoedas.  

Os clientes tinham contas abertas em seu nome, e os investimentos eram realizados via contas “copy”, uma cópia de outras contas que permitia aos criminosos executarem transações de compra e venda de ativos. Inicialmente, os juros sobre os investimentos eram pagos, gerando confiança nos investidores. 

No entanto, após vários contratos serem firmados, a empresa emitiu uma nota oficial em 1º de dezembro de 2021, comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores seriam pagos em um prazo de 90 dias, promessa que não foi cumprida.