De acordo com documentos internos descobertos durante as investigações da Polícia Federal, a Brainscompany possuía uma carteira avaliada em R$ 1,1 bilhão e atendia a 18.570 clientes. Esses números, inicialmente mantidos em sigilo, se tornaram peças-chave na denúncia realizada pelo Ministério Público Federal (MPF), que foi posteriormente aceita pela Justiça.
A documentação encontrada revela um padrão de priorização de captação de novos clientes em detrimento da gestão dos recursos arrecadados. Essa abordagem aparentemente resultou em uma discrepância significativa na distribuição de recursos humanos na empresa.
A Braiscompany contava com 459 brokers e consultores focados em vendas, enquanto apenas 21 traders cuidavam da gestão financeira propriamente dita. O foco desproporcional na angariação de novos clientes é um dos aspectos mais destoantes que emergiram da investigação.
Enquanto a empresa se expandia rapidamente, os documentos indicam que houve uma falta de ênfase correspondente na administração adequada dos fundos depositados pelos clientes. Antonio Neto e Fabrícia Campos, criadores da Braiscompany, estão atualmente foragidos.