As exchanges de criptomoedas do Japão estão pressionando os reguladores do país para relaxar as restrições de negociação de margem em criptomoedas populares, incluindo o Bitcoin (BTC). Essas bolsas já haviam oferecido alavancagem de até 25 vezes o capital principal, com volumes de negociação alcançando a impressionante marca de US$ 500 bilhões anualmente em 2020 e 2021, segundo informado pela Bloomberg.
No entanto, no início de 2022, as autoridades reguladoras japonesas impuseram limites mais rígidos, permitindo que as exchanges oferecessem alavancagem de apenas duas vezes o capital principal. Essa mudança resultou em uma queda drástica nos volumes de negociação ao longo do último ano.
A Japan Virtual and Crypto Assets Exchange Association (JVCEA), uma organização autorreguladora das bolsas de criptomoedas locais, está agora argumentando que essas restrições estão impedindo o crescimento do mercado e desencorajando a entrada de novos participantes. Entre as reivindicações da JVCEA, destaca-se o pedido de limites de alavancagem mais elevados, com um mínimo de dez vezes o capital principal.
Os defensores das exchanges argumentam que a alavancagem maior permitiria aos traders obterem retornos potencialmente maiores e atrairia mais investidores para o mercado de criptomoedas. Além disso, eles destacam que a implementação de medidas de proteção ao cliente, como avisos de risco claros e requisitos de margem adequados, pode mitigar quaisquer preocupações relacionadas à negociação de margem em criptomoedas.
Os reguladores japoneses estão revisando a solicitação da JVCEA e levando em consideração os argumentos apresentados pelas exchanges. A flexibilização das restrições de negociação de margem poderia impulsionar o mercado de criptomoedas no Japão, permitindo maior liquidez e participação de investidores interessados em explorar oportunidades de negociação com maior alavancagem.