A B3, bolsa de valores brasileira, revelou em seu relatório anual divulgado na última sexta-feira (22) sua estratégia para o mercado de criptoativos, com o objetivo de se tornar a principal custodiante de Bitcoin (BTC) e outras moedas digitais para exchanges, bancos, mesas OTC e demais empresas que operam com ativos digitais no país.
Essa iniciativa se insere na estratégia da B3 de se posicionar como líder no mercado de criptoativos, aproveitando também as novas regras de segregação patrimonial que o Banco Central do Brasil deve divulgar ainda em 2024.
“Vamos continuar avançando no desenvolvimento do negócio de ativos digitais, por meio da oferta de serviços de infraestrutura que estejam dentro dos nossos repertórios de habilidades e que ajudem a reduzir as barreiras do mercado de criptoativos”, disse o relatório.
A estratégia da B3 se concentra em três frentes. A primeira delas é Cripto as a Service, com o desenvolvimento de serviços automatizados, por meio de API, para instituições financeiras que oferecem criptoativos para seus clientes. Isso envolve distribuição no varejo com corretoras, instituições de pagamentos e bancos digitais.
Outro ponto é infraestrutura institucional para ativos digitais. “Oferta de toda a infraestrutura para o mercado de ativos digitais, o que inclui: processo de tokenização, com a geração dos smart contracts; custódia; plataforma de negociação; facilitação de liquidação; e gestão de risco”. Além disso, Digitas Check – Proof of reserves, como uma plataforma para garantir lastro de operações com ativos digitais realizados por mesas, fundos e exchanges.
A B3 também pretende ampliar seu serviço de compra e venda de criptomoedas, lançado em 2023 em parceria com o Banco Inter. A plataforma, integrada à B3 Digitas, oferece cinco criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, Tether, Litecoin e Ripple. A liberação será gradual, após a conclusão dos testes.