Um consórcio de banqueiros centrais de países emergentes, liderado pelo México e pela Colômbia, expressou que, embora a criptomoeda não esteja atualmente atenuando os riscos financeiros nessas economias, a resposta mais adequada não seria uma proibição total, mas sim a regulamentação controlada.
As nações emergentes têm sido frequentemente escolhidas como terreno fértil para a exploração das criptomoedas. Fatores como volatilidade nas moedas fiduciárias locais e falta de acesso aos serviços bancários tradicionais contribuem para a atração das pessoas por alternativas de financiamento, como as criptomoedas. De acordo com dados da Chainalysis, dentre as 20 principais jurisdições globais que adotam criptomoedas, apenas duas pertencem a economias desenvolvidas. Países como Vietnã, Brasil e Índia constituem a maioria das adoções.
Embora as criptomoedas tenham sido apresentadas como uma forma de proteção contra a inflação ou uma alternativa de pagamento de baixo custo, essas promessas são parte de um "apelo ilusório", segundo o estudo citado. A pesquisa enfatiza que, apesar da popularidade das criptomoedas para envio internacional de fundos, seu uso também pode resultar em oscilações súbitas e significativas no fluxo de capital. Esse impacto na estabilidade financeira, que preocupa naturalmente os banqueiros centrais, é um fator que deve ser considerado.
Os banqueiros centrais defendem que, em vez de uma abordagem de proibição completa das criptomoedas, uma regulamentação adequada poderia ser a resposta. Essa medida permitiria um ambiente mais transparente e seguro para os usuários de criptomoedas, minimizando potenciais riscos sistêmicos.