segunda, 25 de novembro, 2024

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Bancos são obrigados a divulgar participações em criptomoedas após novos planos regulatórios

Reguladores internacionais responsabilizam ativos digitais por colapsos bancários e exigem maior transparência

quinta, 05 de outubro, 2023 - 12:15

Redação MyCryptoChannel

Os bancos em todo o mundo estão sob pressão para divulgar suas participações em criptomoedas, segundo os recentes planos divulgados pelos reguladores internacionais. O Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, conhecido por estabelecer normas para instituições financeiras tradicionais, responsabilizou parcialmente a popularidade repentina dos ativos digitais pelos colapsos bancários recentes. Essas novas diretrizes visam aumentar a transparência e reduzir os riscos no setor financeiro.

 

Implicações dos colapsos bancários e criptomoedas

Após um ano turbulento que testemunhou o colapso da exchange FTX, que declarou falência em novembro do ano passado, bem como de instituições financeiras digitais como Signature e Silicon Valley Banks, o Comitê de Basileia intensificou esforços para controlar e regulamentar a exposição dos bancos às criptos não garantidas, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

 

As recentes crises no setor bancário levaram a uma série de questionamentos e preocupações sobre a exposição aos ativos digitais. O Comitê acredita que é fundamental mitigar os riscos e proteger a estabilidade financeira global.

 

Novos requisitos de divulgação

O Comitê de Basileia planeja lançar em breve um documento de consulta que apresentará um conjunto de requisitos de divulgação relacionados às exposições de criptoativos dos bancos. Essas diretrizes complementarão os requisitos de capital existentes para ativos digitais, finalizados em dezembro passado.

 

A intenção é clara: os reguladores buscam garantir que as instituições financeiras revelem com precisão a extensão de suas participações em criptomoedas e adotem medidas para reduzir os riscos associados a esses ativos voláteis.

 

Reflexões sobre "estresse bancário"

Em um relatório recentemente publicado, o Comitê de Basileia compartilhou suas reflexões sobre o que considerou o "estresse bancário mais significativo em todo o sistema" desde a crise financeira de 2008. A criptomoeda desempenhou um papel central nesse cenário, à medida que a popularidade desses ativos aumentou nos últimos anos.

 

A volatilidade dos ativos digitais e a falta de regulamentação clara levaram os reguladores a considerar essas moedas como um fator de risco significativo para o sistema financeiro global. Como resultado, essas instituições procuram maneiras de mitigar esses riscos e garantir a estabilidade.

 

Caminho que bancos devem seguir 

Os bancos agora enfrentam o desafio de se adaptar às novas exigências regulatórias e de divulgação pelo Comitê de Basileia. Isso incluirá a avaliação e a divulgação transparente de suas exposições aos criptoativos.

 

Além disso, as instituições financeiras precisarão implementar estratégias de gestão de riscos mais robustas em relação a esses ativos, considerando a volatilidade e a natureza em constante evolução do mercado de criptomoedas.

Criptomoedas

Mercado de criptomoedas no Brasil atinge recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro

Volume movimentado cresce 304% em relação a agosto, com stablecoins liderando as transações

segunda, 18 de novembro, 2024 - 16:47

Redação MyCryptoChannel

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O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou o recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pela Receita Federal na semana passada.  

Esse valor representa um crescimento expressivo de 304% em relação a agosto, quando o montante movimentado foi de R$ 28,3 bilhões. 

Esse recorde inclui transações realizadas por meio de exchanges nacionais e internacionais, além de negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.  

O principal destaque foi o crescimento das operações realizadas fora das exchanges, que somaram R$ 97,1 bilhões, ou 84% do total. 

Stablecoins dominam o mercado do Brasil 

O aumento no volume negociado foi impulsionado principalmente pelas stablecoins atreladas ao dólar, que tiveram uma participação significativa nas transações.  

O Tether (USDT), a stablecoin líder do mercado, movimentou R$ 16,6 bilhões em setembro, com operações médias de R$ 34,7 mil. 

O USD Coin (USDC), outra stablecoin importante, registrou transações no valor total de R$ 1,3 bilhão, com uma média de R$ 1,2 mil por operação. 

Por outro lado, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, movimentou R$ 3,1 bilhões, ficando abaixo do volume registrado pelo BNB, o token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.  

Outras criptomoedas também registraram grandes movimentações, como o Ethereum (ETH) e Solana (SOL) com R$ 884,8 milhões e R$ 375,2 milhões, respectivamente 

Movimentação anual já supera 2023 

Entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrados em 2023. 

Apesar do crescimento no volume financeiro, o número de pessoas físicas e jurídicas declarando operações com criptomoedas à Receita Federal caiu nesse período. 

Em janeiro, 8,9 milhões de pessoas físicas declararam negociações de criptoativos, mas esse número reduziu para 4,3 milhões em outubro, uma queda de 51%.  

Entre pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, de 403,1 mil para 16,5 mil, o que representa uma queda de 95%. 

Criptomoedas

B3 Digitas e Dimensa firmam parceria para expandir investimentos em criptomoedas no Brasil

Colaboração quer aumentar o interesse em criptomoedas como ativos de investimento, seguindo as novas regulamentações da CVM

quarta, 13 de novembro, 2024 - 17:30

Redação MyCryptoChannel

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Para aumentar os fundos em investimentos de criptomoedas no Brasil, a B3 Digitas, o braço de ativos digitais da bolsa brasileira, e a empresa de tecnologia financeira Dimensa anunciaram uma colaboração. 

A iniciativa quer atender ao crescente interesse dos investidores brasileiros em produtos de investimento digital sob regulamentação.

Expansão do mercado de criptomoedas

Para o diretor de produtos e negócios da Dimensa, Rodrigo Galasini, a parceria visa suprir a demanda crescente por ativos digitais. 

"Todo tipo de fundo pode ter criptoativos agora e esperamos que haja uma expansão grande em 2025”, afirmou Galasini em entrevista ao Valor Econômico. 

Ele mencionou a Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite a inclusão de criptomoedas em fundos de investimento, adquiridas por meio de provedores de serviços digitais (VASPs) autorizados pelo Banco Central (BC).

Diversificação e regulamentação

A Resolução 175 estabelece limites de alocação em criptomoedas com base no perfil dos investidores. 

Fundos destinados a investidores profissionais, com portfólios de R$ 10 milhões ou mais, podem ser compostos integralmente por criptomoedas. 

Para investidores qualificados, com portfólios entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, a exposição é limitada a 40%. 

Fundos voltados para o público geral podem ter até 20% dos ativos em criptomoedas. Essas limitações têm como objetivo proteger os investidores das flutuações voláteis do mercado de ativos digitais.

Galasini destacou que apenas 27% dos fundos estão em conformidade com a Resolução 175, segundo dados da Anbima. “Ainda tem uma gama muito grande de fundos a serem adaptados”, afirmou.

Futuro do mercado de criptomoedas no Brasil

A parceria entre B3 Digitas e Dimensa projeta a entrada de novos players no mercado de fundos de investimento em criptomoedas. “Fundos de grandes casas e gestoras que trabalham com ativos tokenizados estão esperando essa demanda”, comentou Galasini.

Na parceria com a B3 Digitas, a Dimensa será responsável pela conformidade regulatória dos novos produtos, incluindo todos os informes diários e mensais consolidados de negociação. A B3 cuidará da parte operacional das negociações dos novos produtos. 
“Sem a parceria, poderíamos ter uma trava do gestor em fundos de investimento. Deixamos em conformidade com as regras da CVM para o cotista”, explicou Galasini.