Quase um terço da população brasileira já investe em criptomoedas e a fatia deve aumentar nos próximos meses, impulsionada pela busca por alternativas aos investimentos tradicionais e pela proteção contra a inflação. Essa é a principal conclusão de um relatório da Coinbase, divulgado esta semana pela Exame.  

A pesquisa revela que 31% dos brasileiros possuem mais de 10% de seus investimentos em criptoativos. Além disso, 55% dos entrevistados afirmaram que pretendem entrar no mercado de criptomoedas nos próximos 12 meses.  

Entre os motivos para o crescente pelas criptomoedas no Brasil, o relatório destaca a crença de 69% dos entrevistados de que elas "vieram para ficar" e a percepção de 66% de que as criptomoedas se consolidarão como uma alternativa aos investimentos tradicionais, oferecendo mais liberdade e controle aos usuários. 

As stablecoins, moedas digitais pareadas a ativos tradicionais como o dólar americano, são as preferidas dos investidores brasileiros, com 42% optando por essa modalidade.  

Aliás, 49% dos investidores destacaram a proteção contra a inflação como um fator importante para investir em stablecoins, em um contexto de alta da inflação no país. 

Para o diretor regional para Américas da exchange global de criptomoedas, Fabio Plein, os dados do relatório representam um "ano com notícias positivas para a indústria como um todo". 

Bernardo Srur, CEO da ABcripto, participará do painel "Drex e a economia tokenizada" no Febraban Tech 2024, evento de inovação e tecnologia para o setor financeiro da América Latina. O debate acontece na quinta-feira (27), às 16h, no espaço Avanade/Accenture do Transamerica Expo Center. 

O painel explorará as iniciativas de tokenização, a interseção entre o mercado institucional, ativos do mundo real e oportunidades internacionais. Também serão discutidas as dinâmicas e tendências que moldam esse cenário, com destaque para as possibilidades de investimento e colaboração em escala global. O evento contará com sessão de perguntas da audiência. 

Srur possui mais de 15 anos de experiência na área de governança, mercado financeiro, criptomoedas e economia digital. Atua como CEO da ABcripto e suas principais responsabilidades são: desenvolvimento do código de autorregulação da ABcripto; debates sobre o Marco Legal das Criptomoedas (Lei 14.478/22) e promoção de boas práticas para o desenvolvimento saudável e equilibrado do setor. 

Segundo comunicado, Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto) representa e trabalha pelo desenvolvimento do mercado de ativos digitais no Brasil. A entidade “trabalha para a organização e desenvolvimento do ambiente de negócios, representa os interesses dos participantes do mercado e colabora para a construção de políticas públicas e privadas que fomentem a inovação e garanta direitos dos investidores”.