A campanha presidencial da vice-presidente Kamala Harris gerou atenção no setor de criptomoedas após um comentário breve, mas impactante, sobre o tema no último fim de semana. No entanto, fontes internas sugerem que a indústria não deve esperar grandes avanços nas discussões até as eleições dos EUA.  

Harris afirmou de forma ampla que, se eleita, sua presidência "incentivaria tecnologias inovadoras como IA e ativos digitais, enquanto protegeria consumidores e investidores".  

Segundo uma pessoa familiarizada com as conversas entre a campanha e insiders do setor, a criptomoeda ainda é tratada como apenas uma das várias inovações econômicas mencionadas por Harris. 

Altos funcionários da campanha mantiveram diálogos com executivos da Ripple Labs e da Coinbase, como o diretor jurídico da Coinbase, Paul Grewal.  

Em entrevista, Grewal destacou que o progresso é evidente, mencionando que tanto Harris quanto Donald Trump demonstraram maior atenção ao setor nos últimos meses.  

"Tudo o que queremos são regras claras, e nós as seguiremos", disse Grewal, que elogiou o aprofundamento das discussões da campanha de Harris sobre cripto, ainda que as escolhas políticas detalhadas possam demorar. 

Os investimentos em fundos de criptomoedas no Brasil registraram um fluxo de entradas líquidas de US$ 1,4 milhão, cerca R$ 7,7 milhões, na última semana. No mesmo período, o total global de investimentos subiu para US$ 321 milhões, de acordo com a CoinShares.   

A semana começou com quedas no setor, mas a redução de 50 pontos-base na taxa de juros pelo Fed, banco central dos Estados Unidos, na quarta-feira (18), elevaram as negociações para US$ 9,5 bilhões. 

Entre os principais países investidores, os Estados Unidos lideraram com entradas líquidas de US$ 277 milhões, seguidos pela Suíça, que investiu US$ 63,4 milhões.  

Por outro lado, países como Alemanha, Suécia, Canadá e Hong Kong registraram saídas líquidas, com retiradas de US$ 9,5 milhões, US$ 7,8 milhões, US$ 2,3 milhões e US$ 1,3 milhão, respectivamente. 

Em relação ao total de ativos sob gestão (AuM), o Brasil manteve a sexta posição global, com US$ 910 milhões em investimentos. Os Estados Unidos continuam em primeiro lugar, seguidos pela Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia, com volumes de US$ 65,45 bilhões, US$ 4,78 bilhões, US$ 4,29 bilhões, US$ 3,72 bilhões e US$ 2,84 bilhões, respectivamente. 

Em termos de criptoativos, o Bitcoin (BTC) liderou as entradas com um fluxo líquido de US$ 284 milhões, seguido por cestas multiativos, Short Bitcoin e Solana (SOL), que captaram, respectivamente, US$ 54,2 milhões, US$ 5,1 milhões e US$ 3,2 milhões.  

Em contrapartida, os fundos baseados em Ethereum (ETH) apresentaram quase todas as saídas líquidas do segmento, totalizando US$ 28,5 milhões.