sexta, 22 de novembro, 2024

Criptomoedas

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CVM multa Atlas Quantum em R$ 55,8 milhões por esquema de pirâmide com criptomoedas

Advogados das vítimas cobra resposta mais rápida e eficaz em casos parecidos

quinta, 23 de maio, 2024 - 15:52

Redação MyCryptoChannel

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) puniu os responsáveis pelo esquema de pirâmide da Atlas Quantum, que lesou milhares de investidores em criptomoedas. Na última terça-feira (21), a autarquia aplicou multas que totalizam R$ 55,8 milhões à empresa, ao seu fundador, Rodrigo Marques dos Santos, e a outras duas empresas ligadas à operação. 

Apesar da multa milionária, o advogado Jorge Calazans, representante de vítimas da Atlas Quantum, critica a demora na conclusão das investigações. Segundo ele, o atraso permitiu que Rodrigo Marques fugisse do país, escapando das consequências legais imediatas. Ele pediu que casos dessa natureza, que envolvem pirâmides, precisam de uma resposta no Brasil.  

“É fundamental que a resposta seja rápida e efetiva, não apenas para proteger os direitos das vítimas, mas também para fortalecer a confiança pública em nossas instituições financeiras e jurídicas. A impunidade deve ser combatida com determinação, assegurando que todos os envolvidos sejam devidamente responsabilizados", disse Calazans.  

A CVM iniciou a investigação da Atlas Quantum em 2017, após denúncias de que a empresa oferecia investimentos em arbitragem de Bitcoin (BTC) com promessas de rentabilidade inviáveis. No entanto, o processo foi arquivado inicialmente, pois a autarquia ainda não considerava criptomoedas como valores mobiliários. 

Somente em 2019, com a abertura de um novo processo administrativo, a CVM pôde avaliar a oferta de investimento da Atlas Quantum e provar a irregularidade da operação. É estimado que o esquema tenha causado um prejuízo de R$ 7 bilhões a cerca de 200 mil clientes. 

A CVM multou a Atlas Quantum e a Atlas Project em R$ 22,1 milhões cada, por operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários, e R$ 170 mil cada, por embaraço à fiscalização.  

Já Rodrigo Marques dos Santos foi multado em R$ 11,05 milhões e R$ 85 mil pelas mesmas infrações, respectivamente. A Anubistrade Investment foi multada em R$ 170 mil por embaraço à fiscalização, mas absolta da acusação de operação fraudulenta. 

 

Criptomoedas

Mercado de criptomoedas no Brasil atinge recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro

Volume movimentado cresce 304% em relação a agosto, com stablecoins liderando as transações

segunda, 18 de novembro, 2024 - 16:47

Redação MyCryptoChannel

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O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou o recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pela Receita Federal na semana passada.  

Esse valor representa um crescimento expressivo de 304% em relação a agosto, quando o montante movimentado foi de R$ 28,3 bilhões. 

Esse recorde inclui transações realizadas por meio de exchanges nacionais e internacionais, além de negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.  

O principal destaque foi o crescimento das operações realizadas fora das exchanges, que somaram R$ 97,1 bilhões, ou 84% do total. 

Stablecoins dominam o mercado do Brasil 

O aumento no volume negociado foi impulsionado principalmente pelas stablecoins atreladas ao dólar, que tiveram uma participação significativa nas transações.  

O Tether (USDT), a stablecoin líder do mercado, movimentou R$ 16,6 bilhões em setembro, com operações médias de R$ 34,7 mil. 

O USD Coin (USDC), outra stablecoin importante, registrou transações no valor total de R$ 1,3 bilhão, com uma média de R$ 1,2 mil por operação. 

Por outro lado, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, movimentou R$ 3,1 bilhões, ficando abaixo do volume registrado pelo BNB, o token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.  

Outras criptomoedas também registraram grandes movimentações, como o Ethereum (ETH) e Solana (SOL) com R$ 884,8 milhões e R$ 375,2 milhões, respectivamente 

Movimentação anual já supera 2023 

Entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrados em 2023. 

Apesar do crescimento no volume financeiro, o número de pessoas físicas e jurídicas declarando operações com criptomoedas à Receita Federal caiu nesse período. 

Em janeiro, 8,9 milhões de pessoas físicas declararam negociações de criptoativos, mas esse número reduziu para 4,3 milhões em outubro, uma queda de 51%.  

Entre pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, de 403,1 mil para 16,5 mil, o que representa uma queda de 95%. 

Criptomoedas

B3 Digitas e Dimensa firmam parceria para expandir investimentos em criptomoedas no Brasil

Colaboração quer aumentar o interesse em criptomoedas como ativos de investimento, seguindo as novas regulamentações da CVM

quarta, 13 de novembro, 2024 - 17:30

Redação MyCryptoChannel

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Para aumentar os fundos em investimentos de criptomoedas no Brasil, a B3 Digitas, o braço de ativos digitais da bolsa brasileira, e a empresa de tecnologia financeira Dimensa anunciaram uma colaboração. 

A iniciativa quer atender ao crescente interesse dos investidores brasileiros em produtos de investimento digital sob regulamentação.

Expansão do mercado de criptomoedas

Para o diretor de produtos e negócios da Dimensa, Rodrigo Galasini, a parceria visa suprir a demanda crescente por ativos digitais. 

"Todo tipo de fundo pode ter criptoativos agora e esperamos que haja uma expansão grande em 2025”, afirmou Galasini em entrevista ao Valor Econômico. 

Ele mencionou a Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite a inclusão de criptomoedas em fundos de investimento, adquiridas por meio de provedores de serviços digitais (VASPs) autorizados pelo Banco Central (BC).

Diversificação e regulamentação

A Resolução 175 estabelece limites de alocação em criptomoedas com base no perfil dos investidores. 

Fundos destinados a investidores profissionais, com portfólios de R$ 10 milhões ou mais, podem ser compostos integralmente por criptomoedas. 

Para investidores qualificados, com portfólios entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, a exposição é limitada a 40%. 

Fundos voltados para o público geral podem ter até 20% dos ativos em criptomoedas. Essas limitações têm como objetivo proteger os investidores das flutuações voláteis do mercado de ativos digitais.

Galasini destacou que apenas 27% dos fundos estão em conformidade com a Resolução 175, segundo dados da Anbima. “Ainda tem uma gama muito grande de fundos a serem adaptados”, afirmou.

Futuro do mercado de criptomoedas no Brasil

A parceria entre B3 Digitas e Dimensa projeta a entrada de novos players no mercado de fundos de investimento em criptomoedas. “Fundos de grandes casas e gestoras que trabalham com ativos tokenizados estão esperando essa demanda”, comentou Galasini.

Na parceria com a B3 Digitas, a Dimensa será responsável pela conformidade regulatória dos novos produtos, incluindo todos os informes diários e mensais consolidados de negociação. A B3 cuidará da parte operacional das negociações dos novos produtos. 
“Sem a parceria, poderíamos ter uma trava do gestor em fundos de investimento. Deixamos em conformidade com as regras da CVM para o cotista”, explicou Galasini.