A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) planeja realizar um segundo sandbox regulatório, possivelmente em 2024. O novo ambiente de exploração focará, segundo o Superintendente de Supervisão de Investidores Institucionais da CVM, Daniel Maeda, em casos de uso específicos de tokenização.
O primeiro sandbox regulatório da CVM foi iniciado em maio de 2020 e permitiu que empresas testassem produtos e serviços relacionados a criptomoedas e blockchain em um ambiente controlado. O sandbox foi bem-sucedido e identificou experiências positivas com os casos de uso aplicados dentro do ambiente criado, destaca Maeda.
Maefa falou que com o novo ambiente regulatório, o sandbox será focado em casos específicos. “Nós não definimos casos específicos, porque queremos deixar a inovação chegar até a CVM, sem limitações prévias. Mas algumas áreas para aplicação de tokenização, com certeza, chamam a nossa atenção, como agro e ESG”, diz Maeda para o Cointelegraph Brasil.
O superintende se anima com a ideia de que até 2024 o mercado de criptomoedas brasileiro tenha mudado. Ele destaca a publicação de regras para o setor pelo Banco Central e o lançamento do Drex.
Sobre o lançamento do real digital, Maeda diz “é uma mudança muito bem-vinda” e que a infraestrutura planejada para o Drex levará o mercado de tokenização “a outro patamar”. “O Drex traz a proposta de nos livrar desse problema, ao fazer com que as transações financeiras ocorram totalmente no ambiente cripto. Isso vai trazer, além de muita velocidade, uma nova gama de produtos, devido às facilidades apresentadas.”, destaca.