A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) recusou na quarta-feira (18) uma proposta de acordo feita pela Wemake Marketing e Estratégias Digitais Eireli e seu dono, Evandro Jung de Araújo Correa. Essa decisão foi tomada pelo Comitê de Termo de Compromisso (CTC), que entendeu que não haveria como aceitar um acordo diante da gravidade do caso e das provas dos crimes cometidos.
A Wemake é acusada de ofertar ilegalmente valores mobiliários. Além disso, também é investigada por operação fraudulenta. Em 2019, o CVM mandou que a empresa não continuasse com os negócios, mas a Wemake não suspendeu a operação.
“Após analisar o caso, o CTC entendeu não ser oportuna e conveniente a aceitação da proposta conjunta, tendo em vista a gravidade, em tese, do caso, em que há supostos indícios de operação fraudulenta, além do impedimento jurídico apontado pela PFE-CVM”, afirma comunicado emitido pela CVM.
A empresa prometia aos investidores rendimentos mensais de 5% a 10%, ficando o cliente com 70% do lucro. No entanto, os clientes não receberam seus recursos e a empresa encerrou suas operações de forma repentina em novembro de 2019.
Na época, a empresa soltou uma nota no site prometendo que cumpririam “todos os contratos ativos de custódia, e entregaremos a cada um dos nossos associados os tokens em carteira ERC20 que deve ser informada no menu ‘Transferências’ da Conta Digital”.