A sessão da CPI das Pirâmides Financeiras desta quinta-feira (24) tornou-se cenário de um intenso debate sobre questões políticas, acusações pessoais e confusão durante o depoimento de Roberto de Assis, irmão e empresário do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho.
A controvérsia começou quando o relator da CPI, o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), expressou sua insatisfação diante do fato de Assis responder às perguntas conforme ditadas por seu advogado.
O advogado em questão reafirmou sua intenção de continuar atuando dessa maneira, respaldado pelo amparo legal. Essa declaração levou o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) a elevar o tom da discussão, ameaçando que tanto o cliente quanto o advogado poderiam ser detidos ao saírem do Congresso.
A defesa de Roberto de Assis recebeu apoio de membros do espectro político de esquerda. O deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) defendeu o direito do advogado de conduzir a comunicação e argumentou que qualquer tentativa de restringi-la poderia resultar em uma possível anulação do depoimento posteriormente.
Aureo Ribeiro (PTBR-RJ), por sua vez, tomou a medida drástica de silenciar o microfone de Braga, levando-o a elevar sua voz para ser ouvido. Esse incidente provocou indignação por parte de Gaspar.