domingo, 24 de novembro, 2024

Criptomoedas

A+ A-

Deepfake em 2023: três principais cenários de ameaças e como proteger suas criptomoedas

Kaspersky analisa esquemas de fraude mais vistos e dá dicas de como se proteger desses golpes virtuais

domingo, 28 de maio, 2023 - 11:00

Carlos Borges

Com o aumento de 900% em um ano no número de vídeos utilizando deepfake on-line, muitos casos de fraudes com a técnica ganham as manchetes do noticiário, com relatos relacionados a assédio, vingança e golpes com criptomoedas.

Por conta do número elevado, pesquisadores da Kaspersky listaram os três principais esquemas de fraude que utilizam essas técnicas e como esses golpes são realizados, além de trazerem dicas para evitar o aumento de vítimas.

É importante considerar que os deepfakes são um tipo de fraude com um alto custo e que exige grande investimento, como visto em pesquisa anterior da Kaspersky sobre esses conteúdos vendidos na Darknet, com preços por minuto que podem começar em US$ 20 mil.

Se alguém que não possui conhecimentos em tecnologia encontrar um software na Internet e tentar criar esse tipo de material enganoso, o resultado será irreal e óbvio ao olho humano, pois as pessoas perceberão defasagens nas expressões faciais ou borrões no formato do queixo.

Além da estrutura financeira, os cibercriminosos precisarão de uma enorme quantidade de dados: fotos, vídeos e áudios da pessoa que desejam personificar, até diferentes ângulos e expressões faciais.

Tudo isso demanda uma enorme quantidade de recursos, disponíveis apenas para um pequeno número de golpistas. Com isso em mente, a Kaspersky separou três dos principais cenários de ameaças e como eles funcionam.

“Nem sempre o roubo de dados corporativos é a pior ameaça que os deepfakes representam para as empresas. Às vezes, os riscos à reputação podem ter consequências muito graves. Imagine se for publicado um vídeo em que seu executivo (aparentemente) faz declarações polarizadas sobre questões delicadas”, comenta Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky.

Fraude financeira

Os deepfakes podem ser usados para engenharia social, onde criminosos usam imagens avançadas para representar celebridades e atrair as vítimas para seus golpes. Por exemplo, um vídeo de Elon Musk criado artificialmente que prometia grande retorno de um esquema duvidoso de investimento em criptomoeda viralizou no ano passado, fazendo com que muitos usuários perdessem dinheiro.

Para criar vídeos como esse, os golpistas usam filmagens de celebridades ou juntam vídeos antigos e fazem streamings ao vivo em plataformas de mídias sociais, prometendo dobrar qualquer pagamento em criptomoeda enviado a eles.

Deepfakes de pornografia

Outro uso envolve a violação da privacidade da pessoa. Houve um caso em que surgiram vídeos falsos de celebridades que mostravam seus rostos sobrepostos a corpos de atrizes pornôs em cenas explícitas. Consequentemente, nesses casos, as vítimas dos ataques tiveram sua reputação prejudicada e seus direitos violados.

Riscos de negócios

Muitas vezes, os deepfakes são usados até para atingir empresas para crimes como extorsão dos administradores da empresa, chantagem e espionagem industrial. Por exemplo, há um caso conhecido em que cibercriminosos conseguiram enganar um gerente de banco nos Emirados Árabes Unidos e roubar US$ 35 milhões usando um falsificador de voz – apenas uma pequena gravação da voz do chefe do funcionário foi suficiente para produzir um deepfake convincente.

Em outro caso, o executivo do Binance ficou surpreso quando começou a receber mensagens de agradecimento referente a uma reunião no Zoom da qual não participou. Com suas imagens disponíveis publicamente, os criminosos conseguiram reproduzir a técnica e utilizá-la com êxito em uma reunião on-line, falando em nome do executivo.
 

"No caso de grandes corporações, isso pode causar um colapso imediato nos preços de ações. Porém, apesar do fato de que os riscos de uma ameaça desse tipo sejam extremamente altos, a chance de você sofrer um ataque dessa maneira continua sendo extremamente baixa devido ao custo de criação dessas mentiras e do fato de que poucos golpistas são capazes de criar deepfakes de alta qualidade", conclui Assolini.

Criptomoedas

Mercado de criptomoedas no Brasil atinge recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro

Volume movimentado cresce 304% em relação a agosto, com stablecoins liderando as transações

segunda, 18 de novembro, 2024 - 16:47

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou o recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pela Receita Federal na semana passada.  

Esse valor representa um crescimento expressivo de 304% em relação a agosto, quando o montante movimentado foi de R$ 28,3 bilhões. 

Esse recorde inclui transações realizadas por meio de exchanges nacionais e internacionais, além de negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.  

O principal destaque foi o crescimento das operações realizadas fora das exchanges, que somaram R$ 97,1 bilhões, ou 84% do total. 

Stablecoins dominam o mercado do Brasil 

O aumento no volume negociado foi impulsionado principalmente pelas stablecoins atreladas ao dólar, que tiveram uma participação significativa nas transações.  

O Tether (USDT), a stablecoin líder do mercado, movimentou R$ 16,6 bilhões em setembro, com operações médias de R$ 34,7 mil. 

O USD Coin (USDC), outra stablecoin importante, registrou transações no valor total de R$ 1,3 bilhão, com uma média de R$ 1,2 mil por operação. 

Por outro lado, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, movimentou R$ 3,1 bilhões, ficando abaixo do volume registrado pelo BNB, o token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.  

Outras criptomoedas também registraram grandes movimentações, como o Ethereum (ETH) e Solana (SOL) com R$ 884,8 milhões e R$ 375,2 milhões, respectivamente 

Movimentação anual já supera 2023 

Entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrados em 2023. 

Apesar do crescimento no volume financeiro, o número de pessoas físicas e jurídicas declarando operações com criptomoedas à Receita Federal caiu nesse período. 

Em janeiro, 8,9 milhões de pessoas físicas declararam negociações de criptoativos, mas esse número reduziu para 4,3 milhões em outubro, uma queda de 51%.  

Entre pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, de 403,1 mil para 16,5 mil, o que representa uma queda de 95%. 

Criptomoedas

B3 Digitas e Dimensa firmam parceria para expandir investimentos em criptomoedas no Brasil

Colaboração quer aumentar o interesse em criptomoedas como ativos de investimento, seguindo as novas regulamentações da CVM

quarta, 13 de novembro, 2024 - 17:30

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

Para aumentar os fundos em investimentos de criptomoedas no Brasil, a B3 Digitas, o braço de ativos digitais da bolsa brasileira, e a empresa de tecnologia financeira Dimensa anunciaram uma colaboração. 

A iniciativa quer atender ao crescente interesse dos investidores brasileiros em produtos de investimento digital sob regulamentação.

Expansão do mercado de criptomoedas

Para o diretor de produtos e negócios da Dimensa, Rodrigo Galasini, a parceria visa suprir a demanda crescente por ativos digitais. 

"Todo tipo de fundo pode ter criptoativos agora e esperamos que haja uma expansão grande em 2025”, afirmou Galasini em entrevista ao Valor Econômico. 

Ele mencionou a Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite a inclusão de criptomoedas em fundos de investimento, adquiridas por meio de provedores de serviços digitais (VASPs) autorizados pelo Banco Central (BC).

Diversificação e regulamentação

A Resolução 175 estabelece limites de alocação em criptomoedas com base no perfil dos investidores. 

Fundos destinados a investidores profissionais, com portfólios de R$ 10 milhões ou mais, podem ser compostos integralmente por criptomoedas. 

Para investidores qualificados, com portfólios entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, a exposição é limitada a 40%. 

Fundos voltados para o público geral podem ter até 20% dos ativos em criptomoedas. Essas limitações têm como objetivo proteger os investidores das flutuações voláteis do mercado de ativos digitais.

Galasini destacou que apenas 27% dos fundos estão em conformidade com a Resolução 175, segundo dados da Anbima. “Ainda tem uma gama muito grande de fundos a serem adaptados”, afirmou.

Futuro do mercado de criptomoedas no Brasil

A parceria entre B3 Digitas e Dimensa projeta a entrada de novos players no mercado de fundos de investimento em criptomoedas. “Fundos de grandes casas e gestoras que trabalham com ativos tokenizados estão esperando essa demanda”, comentou Galasini.

Na parceria com a B3 Digitas, a Dimensa será responsável pela conformidade regulatória dos novos produtos, incluindo todos os informes diários e mensais consolidados de negociação. A B3 cuidará da parte operacional das negociações dos novos produtos. 
“Sem a parceria, poderíamos ter uma trava do gestor em fundos de investimento. Deixamos em conformidade com as regras da CVM para o cotista”, explicou Galasini.