segunda, 23 de setembro, 2024

Criptomoedas

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Deepfake em 2023: três principais cenários de ameaças e como proteger suas criptomoedas

Kaspersky analisa esquemas de fraude mais vistos e dá dicas de como se proteger desses golpes virtuais

domingo, 28 de maio, 2023 - 11:00

Carlos Borges

Com o aumento de 900% em um ano no número de vídeos utilizando deepfake on-line, muitos casos de fraudes com a técnica ganham as manchetes do noticiário, com relatos relacionados a assédio, vingança e golpes com criptomoedas.

Por conta do número elevado, pesquisadores da Kaspersky listaram os três principais esquemas de fraude que utilizam essas técnicas e como esses golpes são realizados, além de trazerem dicas para evitar o aumento de vítimas.

É importante considerar que os deepfakes são um tipo de fraude com um alto custo e que exige grande investimento, como visto em pesquisa anterior da Kaspersky sobre esses conteúdos vendidos na Darknet, com preços por minuto que podem começar em US$ 20 mil.

Se alguém que não possui conhecimentos em tecnologia encontrar um software na Internet e tentar criar esse tipo de material enganoso, o resultado será irreal e óbvio ao olho humano, pois as pessoas perceberão defasagens nas expressões faciais ou borrões no formato do queixo.

Além da estrutura financeira, os cibercriminosos precisarão de uma enorme quantidade de dados: fotos, vídeos e áudios da pessoa que desejam personificar, até diferentes ângulos e expressões faciais.

Tudo isso demanda uma enorme quantidade de recursos, disponíveis apenas para um pequeno número de golpistas. Com isso em mente, a Kaspersky separou três dos principais cenários de ameaças e como eles funcionam.

“Nem sempre o roubo de dados corporativos é a pior ameaça que os deepfakes representam para as empresas. Às vezes, os riscos à reputação podem ter consequências muito graves. Imagine se for publicado um vídeo em que seu executivo (aparentemente) faz declarações polarizadas sobre questões delicadas”, comenta Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky.

Fraude financeira

Os deepfakes podem ser usados para engenharia social, onde criminosos usam imagens avançadas para representar celebridades e atrair as vítimas para seus golpes. Por exemplo, um vídeo de Elon Musk criado artificialmente que prometia grande retorno de um esquema duvidoso de investimento em criptomoeda viralizou no ano passado, fazendo com que muitos usuários perdessem dinheiro.

Para criar vídeos como esse, os golpistas usam filmagens de celebridades ou juntam vídeos antigos e fazem streamings ao vivo em plataformas de mídias sociais, prometendo dobrar qualquer pagamento em criptomoeda enviado a eles.

Deepfakes de pornografia

Outro uso envolve a violação da privacidade da pessoa. Houve um caso em que surgiram vídeos falsos de celebridades que mostravam seus rostos sobrepostos a corpos de atrizes pornôs em cenas explícitas. Consequentemente, nesses casos, as vítimas dos ataques tiveram sua reputação prejudicada e seus direitos violados.

Riscos de negócios

Muitas vezes, os deepfakes são usados até para atingir empresas para crimes como extorsão dos administradores da empresa, chantagem e espionagem industrial. Por exemplo, há um caso conhecido em que cibercriminosos conseguiram enganar um gerente de banco nos Emirados Árabes Unidos e roubar US$ 35 milhões usando um falsificador de voz – apenas uma pequena gravação da voz do chefe do funcionário foi suficiente para produzir um deepfake convincente.

Em outro caso, o executivo do Binance ficou surpreso quando começou a receber mensagens de agradecimento referente a uma reunião no Zoom da qual não participou. Com suas imagens disponíveis publicamente, os criminosos conseguiram reproduzir a técnica e utilizá-la com êxito em uma reunião on-line, falando em nome do executivo.
 

"No caso de grandes corporações, isso pode causar um colapso imediato nos preços de ações. Porém, apesar do fato de que os riscos de uma ameaça desse tipo sejam extremamente altos, a chance de você sofrer um ataque dessa maneira continua sendo extremamente baixa devido ao custo de criação dessas mentiras e do fato de que poucos golpistas são capazes de criar deepfakes de alta qualidade", conclui Assolini.

Regulamentação

Legisladores dos EUA apostam em sessão pós-eleitoral para aprovar lei de criptomoedas

Patrick McHenry e Cynthia Lummis esperam que o Congresso dos EUA aprove uma regulamentação abrangente para criptomoedas ainda em 2024

terça, 17 de setembro, 2024 - 19:37

Redação MyCryptoChannel

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O deputado Patrick McHenry e a senadora Cynthia Lummis, dos Estados Unidos, continuam buscando uma legislação abrangente para supervisionar o mercado de criptomoedas. Os legisladores ainda possuem esperança de que uma lei possa ser aprovada ainda este ano no Congresso.  

Embora as chances sejam poucos, eles acreditam que pode ser possível anexar questões relacionadas a criptoativos a projetos de leis obrigatórias durante a sessão de transição após as eleições.  

A inserção aconteceria logo após as eleições e antes da chegada dos novos parlamentares para a sessão de 2025. A senadora Lummis destacou essa possibilidade em um evento recente organizado pelo Psaros Center for Financial Markets and Policy da Georgetown University. 

Durante o evento, Lummis se mostrou otimista, afirmando que há uma possibilidade real de que o projeto de regulamentação seja aprovado no chamado “pato manco” — período após as eleições, mas antes da posse dos novos membros do Congresso.  

Ela ressaltou que o Comitê de Agricultura do Senado está trabalhando em uma proposta que poderia ter apoio bipartidário. Esse projeto de lei, segundo ela, pode ser modificado em negociações de fim de ano, adicionando os detalhes finais necessários para sua aprovação. 

Por outro lado, se a legislação não avançar até o final desta sessão, o cenário pode mudar. Lummis alertou que um novo esforço de regulamentação só seria possível no final de 2025, algo que ela considera prejudicial ao avanço dos Estados Unidos no setor de criptomoedas.  

"Não podemos mais esperar", afirmou, ressaltando que a Europa está consideravelmente à frente no que diz respeito à regulamentação de ativos digitais. 

McHenry, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, compartilha da mesma opinião de Lummis sobre a importância de avançar com o projeto.  

O deputado liderou, neste ano, o maior esforço legislativo para regulamentação do setor cripto na história dos EUA, conseguindo aprovar um projeto de lei abrangente sobre ativos digitais na Câmara.  

Esse esforço contou com o apoio de 71 democratas, incluindo líderes do partido, o que McHenry acredita ser uma demonstração do “impulso” que o projeto conquistou. 

No entanto, ele admite que o caminho para a aprovação completa ainda é incerto. McHenry afirmou que o projeto provavelmente precisaria ser incorporado a um pacote de gastos que requer a aprovação do Congresso até o final do ano.  

Contudo, ele reconheceu que pode não ser suficiente. "Há sementes que você planta que podem não crescer no seu tempo", disse o deputado, deixando claro que, embora o debate sobre criptomoedas possa continuar em uma próxima sessão, o projeto de lei pode ser aprovado sob outra liderança. 

Criptomoedas

World Liberty Financial: iniciativa cripto de Trump pode intensificar divisões políticas

O lançamento da World Liberty Financial por Donald Trump e seus filhos pode tornar a regulação de criptomoedas mais difícil, segundo analistas do TD Cowen

segunda, 16 de setembro, 2024 - 18:54

Redação MyCryptoChannel

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Os planos do ex-presidente Donald Trump de lançar a World Liberty Financial, uma iniciativa de criptomoeda, podem aumentar as divisões políticas em Washington, de acordo com uma análise do banco de investimentos TD Cowen.  

O analista Jaret Seiberg, do TD Cowen, afirmou que, se Trump ganhar as eleições presidenciais, a promulgação de uma legislação de mercado para criptomoedas poderá ser ainda mais difícil.  

Isso porque os democratas, por razões políticas, tendem a resistir a apoiar projetos que possam beneficiar diretamente a família Trump, especialmente com o envolvimento de seus filhos, Donald Trump Jr. e Eric Trump, na World Liberty Financial. 

Apesar de detalhes limitados sobre o projeto, há indicações de que a World Liberty Financial estaria interessada em stablecoins e finanças descentralizadas. No entanto, o projeto já enfrentou problemas, como o hack das contas X de Lara e Tiffany Trump, usadas para promover um token fraudulento relacionado à nova criptomoeda. 

Maxine Waters, a principal democrata no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, criticou a iniciativa, destacando que, apesar do potencial das finanças descentralizadas em aumentar a transparência, elas também acarretam sérios riscos, como golpes, conflitos de interesse e informações desiguais.  

“Vimos isso acontecer no novo empreendimento DeFi que Eric Trump e Donald Trump Jr. planejam lançar, chamado World Liberty Financial”, destacou Maxine.  

O ex-presidente, e candidato republicano, pretende fazer o anúncio oficial no X Spaces, na noite desta segunda-feira (16), destacando que está "abraçando o futuro da criptomoeda".