sábado, 19 de abril, 2025

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Deepfake em 2023: três principais cenários de ameaças e como proteger suas criptomoedas

Kaspersky analisa esquemas de fraude mais vistos e dá dicas de como se proteger desses golpes virtuais

domingo, 28 de maio, 2023 - 11:00

Carlos Borges

Com o aumento de 900% em um ano no número de vídeos utilizando deepfake on-line, muitos casos de fraudes com a técnica ganham as manchetes do noticiário, com relatos relacionados a assédio, vingança e golpes com criptomoedas.

Por conta do número elevado, pesquisadores da Kaspersky listaram os três principais esquemas de fraude que utilizam essas técnicas e como esses golpes são realizados, além de trazerem dicas para evitar o aumento de vítimas.

É importante considerar que os deepfakes são um tipo de fraude com um alto custo e que exige grande investimento, como visto em pesquisa anterior da Kaspersky sobre esses conteúdos vendidos na Darknet, com preços por minuto que podem começar em US$ 20 mil.

Se alguém que não possui conhecimentos em tecnologia encontrar um software na Internet e tentar criar esse tipo de material enganoso, o resultado será irreal e óbvio ao olho humano, pois as pessoas perceberão defasagens nas expressões faciais ou borrões no formato do queixo.

Além da estrutura financeira, os cibercriminosos precisarão de uma enorme quantidade de dados: fotos, vídeos e áudios da pessoa que desejam personificar, até diferentes ângulos e expressões faciais.

Tudo isso demanda uma enorme quantidade de recursos, disponíveis apenas para um pequeno número de golpistas. Com isso em mente, a Kaspersky separou três dos principais cenários de ameaças e como eles funcionam.

“Nem sempre o roubo de dados corporativos é a pior ameaça que os deepfakes representam para as empresas. Às vezes, os riscos à reputação podem ter consequências muito graves. Imagine se for publicado um vídeo em que seu executivo (aparentemente) faz declarações polarizadas sobre questões delicadas”, comenta Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky.

Fraude financeira

Os deepfakes podem ser usados para engenharia social, onde criminosos usam imagens avançadas para representar celebridades e atrair as vítimas para seus golpes. Por exemplo, um vídeo de Elon Musk criado artificialmente que prometia grande retorno de um esquema duvidoso de investimento em criptomoeda viralizou no ano passado, fazendo com que muitos usuários perdessem dinheiro.

Para criar vídeos como esse, os golpistas usam filmagens de celebridades ou juntam vídeos antigos e fazem streamings ao vivo em plataformas de mídias sociais, prometendo dobrar qualquer pagamento em criptomoeda enviado a eles.

Deepfakes de pornografia

Outro uso envolve a violação da privacidade da pessoa. Houve um caso em que surgiram vídeos falsos de celebridades que mostravam seus rostos sobrepostos a corpos de atrizes pornôs em cenas explícitas. Consequentemente, nesses casos, as vítimas dos ataques tiveram sua reputação prejudicada e seus direitos violados.

Riscos de negócios

Muitas vezes, os deepfakes são usados até para atingir empresas para crimes como extorsão dos administradores da empresa, chantagem e espionagem industrial. Por exemplo, há um caso conhecido em que cibercriminosos conseguiram enganar um gerente de banco nos Emirados Árabes Unidos e roubar US$ 35 milhões usando um falsificador de voz – apenas uma pequena gravação da voz do chefe do funcionário foi suficiente para produzir um deepfake convincente.

Em outro caso, o executivo do Binance ficou surpreso quando começou a receber mensagens de agradecimento referente a uma reunião no Zoom da qual não participou. Com suas imagens disponíveis publicamente, os criminosos conseguiram reproduzir a técnica e utilizá-la com êxito em uma reunião on-line, falando em nome do executivo.
 

"No caso de grandes corporações, isso pode causar um colapso imediato nos preços de ações. Porém, apesar do fato de que os riscos de uma ameaça desse tipo sejam extremamente altos, a chance de você sofrer um ataque dessa maneira continua sendo extremamente baixa devido ao custo de criação dessas mentiras e do fato de que poucos golpistas são capazes de criar deepfakes de alta qualidade", conclui Assolini.

Criptomoedas

Fundos de criptomoedas perdem quase US$ 800 milhões com tensões comerciais entre EUA e China

Saída de capital chega a US$ 7,2 bilhões desde fevereiro, mas semana termina com sinais de recuperação e com Brasil resistente

segunda, 14 de abril, 2025 - 10:32

Redação MyCryptoChannel

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Os produtos de investimento em criptomoedas voltaram a registrar saída de capital na última semana com as novas movimentações da guerra tarifária.

De acordo com a CoinShares, fundos geridos por gigantes como BlackRock, Fidelity, Grayscale e Bitwise sofreram retiradas líquidas de US$ 795 milhões. Porém, o setor começou a mostrar sinais de recuperação nos últimos dias. 

Tensões comerciais com a China afetam o setor de criptomoedas

James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, destacou que a nova política tarifária do presidente Donald Trump tem contribuído para o pessimismo no mercado. Para ele, a persistência desse cenário negativo levou a saídas acumuladas de US$ 7,2 bilhões desde fevereiro, 

Com isso, os aportes líquidos em 2025 recuaram drasticamente, totalizando apenas US$ 165 milhões até o momento — um valor que praticamente anula os ganhos anteriores do ano.

Recuperação no fim da semana

Apesar da sequência de retiradas, uma recuperação de preços no final da semana ajudou a amenizar os impactos. O total de ativos sob gestão subiu para US$ 130 bilhões após ter atingido o menor patamar desde novembro de 2024, em 8 de abril. 

A valorização foi impulsionada por um alívio temporário nas tarifas impostas por Trump, com exceção daquelas direcionadas à China.

O Bitcoin (BTC), que havia caído abaixo de US$ 75 mil no início da semana, chegou a ultrapassar os US$ 84 mil na sexta-feira (11). Já o índice GMCI 30 — que acompanha o desempenho das principais criptomoedas — acumulou alta de 13% no mesmo período.

Nesta segunda-feira (14), o BTC atingiu US$ 85 mil com avanços de 10,25% nos últimos sete dias, de acordo com o CoinMarketCap.  

EUA lideram saídas de capital em fundos de cripto

Os Estados Unidos responderam por grande parte dos resgates, com retiradas líquidas de US$ 763 milhões em fundos locais. Regiões como Suíça, Hong Kong, Suécia e Alemanha também observaram saídas significativas, somando US$ 34,3 milhões.

Por outro lado, fundos no Canadá, Brasil e Austrália atraíram entradas modestas, com aportes combinados de US$ 2,7 milhões. O Brasil, portanto, permanece como um mercado resistente em meio à instabilidade global.

Bitcoin e Ethereum sofrem maior pressão

Os fundos com exposição ao BTC foram os mais afetados, com saídas de US$ 751 milhões. Ainda assim, no acumulado do ano, esses produtos mantêm saldo positivo de US$ 545 milhões.

Os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA responderam por US$ 707,9 milhões dessas saídas, apresentando fluxos negativos durante todos os dias da última semana. Já os produtos baseados em Ethereum registraram perdas de US$ 37,6 milhões, com destaque negativo para os ETFs dos EUA, que sozinhos acumularam saídas de US$ 82,5 milhões.
 

Criptomoedas

Criptomoeda da MANTRA sofre colapso e perde quase 90% em um dia

Investidores enfrentam perdas milionárias com derretimento do token OM e liquidações forçadas

segunda, 14 de abril, 2025 - 09:39

Redação MyCryptoChannel

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O mercado de criptomoedas sofreu no fim de semana com a queda do MANTRA (OM), da plataforma MANTRA, que perdeu mais de 88% de seu valor em apenas 24 horas. A desvalorização resultou em liquidações maiores do que US$ 71,8 milhões, com investidores sendo forçados a encerrar posições de alto valor.

Queda do OM

O token OM, associado ao protocolo MANTRA, caiu de US$ 5,21 para cerca de US$ 0,74 em um intervalo de um dia, de acordo com informações do portal The Block. Na manhã desta segunda-feira (14), a criptomoeda é negociada a US$ 0,70. 

A desvalorização começou com uma perda de cerca de 10% em apenas uma hora. Em apenas 90 minutos, o ativo digital registrou uma desvalorização de 90%,

Dessa forma, a plataforma, focada em ativos do mundo real (RWAs) e baseada em um blockchain de primeira camada, sofreu uma das maiores perdas recentes entre os criptoativos.

Por que a criptomoeda MANTRA (OM) caiu? 

John Patrick Mullin, cofundador do projeto MANTRA, afirmou nas redes sociais que a queda foi motivada por liquidações forçadas feitas por corretoras centralizadas contra detentores do token. De acordo com ele, essas ações ocorreram sem aviso prévio ou transparência, prejudicando os investidores.

"O momento e a profundidade da queda sugerem que um fechamento muito repentino de posições de conta foi iniciado sem aviso ou notificação suficiente", escreveu Mullin no X, antigo Twitter. A conta oficial da MANTRA também classificou os eventos como desconectados das operações reais do projeto.