segunda, 10 de fevereiro, 2025

Criptomoedas

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Drex, stablecoins e regulação: o que o presidente do BC revelou em evento do BIS

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, discute o avanço das stablecoins e os desafios regulatórios no Brasil

sexta, 07 de fevereiro, 2025 - 15:41

Redação MyCryptoChannel

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, abordou na última quinta-feira (6) o cenário das criptomoedas no Brasil, destacando o domínio das stablecoins no mercado nacional.  

Durante sua participação em um evento do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Cidade do México, Galípolo ressaltou que esses ativos são utilizados majoritariamente como meio de pagamento, e não apenas como reserva de valor em dólar. 

Stablecoins e desafios regulatórios 

Galípolo classificou o uso das stablecoins como meio de pagamento como um fator preocupante, destacando seu potencial opacidade em relação à tributação e à prevenção à lavagem de dinheiro. “Isso não é uma acusação, mas quando você vê o que as pessoas estão comprando, sempre surge essa dúvida sobre a motivação”, afirmou. 

O presidente do BC também comentou sobre a busca por privacidade no uso de criptomoedas, sugerindo que, em muitos casos, essa privacidade não está ligada apenas à proteção de dados pessoais, mas também ao desejo de evitar a tributação sobre determinadas transações. 

O que Galípolo acha do Drex? 

Além do panorama sobre as stablecoins, Galípolo explicou o conceito e os objetivos do Drex.  

Ele esclareceu que o Drex não é uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês), mas sim uma infraestrutura baseada em tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology – DLT), que permite a tokenização de depósitos e ativos por meio de contratos inteligentes. 

Entre as principais motivações para a implementação do Drex, Galípolo destacou a possibilidade de viabilizar finanças e crédito de forma mais eficiente.

“Quando tentamos explicar para as pessoas que tipo de problemas o Drex pode resolver, geralmente usamos o exemplo de que ele pode facilitar o acesso a crédito por meio dessa infraestrutura”, afirmou. 

O antigo o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, também destacou o potencial do Drex. Em sua fala, Campos Neto destacou que a interseção entre tokenização — especialmente os tokens lastreados em ativos reais (RWA) — e o open finance tem sido subestimada, apesar do potencial.   

Campos Neto afirmou que o Drex surge como peça-chave nesse cenário, trazendo eficiência e produtividade para a gestão de riscos, garantias e funding pelos bancos.   

Criptomoedas

Trump Media lança fintech focada em criptomoedas e ETFs

Truth.Fi, nova fintech do TMTG, investirá até US$ 250 milhões em ETFs, Bitcoin e outros ativos digitais, com estratégia para diversificar caixa e expandir o ecossistema Truth

quarta, 29 de janeiro, 2025 - 18:20

Redação MyCryptoChannel

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O Trump Media and Technology Group (TMTG), empresa de mídia de Donald Trump que controla a rede social Truth Social, anunciou nesta quarta-feira (29) o lançamento de uma fintech focada em veículos de investimento, como ETFs, Bitcoin (BTC) e criptomoedas.  

A plataforma recebeu o nome de Truth.Fi e planeja investir até US$ 250 milhões, sujeito à aprovação do Conselho de Administração. Após o anúncio, as ações TMTG registrou alta de 10% no mesmo dia. 

Estratégia para diversificar recursos 

A Truth.Fi integra uma estratégia do TMTG para diversificar seu caixa e reservas, que somam mais de US$ 700 milhões.  

A custódia dos recursos será administrada pela Charles Schwab, uma das maiores gestoras de investimentos dos Estados Unidos, com a possibilidade de a Yorkville Advisors atuar como consultora de investimentos. 

A plataforma oferecerá uma variedade de produtos financeiros, como contas gerenciadas personalizadas (SMAs), ETFs customizados, Bitcoin, criptomoedas e títulos relacionados ao setor de ativos digitais. 

Expansão do ecossistema Truth 

Devin Nunes, CEO e presidente do TMTG, destacou que a Truth.Fi é uma evolução natural do ecossistema Truth, que começou com a rede social Truth Social e inclui um serviço de streaming de TV. “Estamos ansiosos para lançar o Truth.Fi, apresentar os veículos de investimento da TMTG e desbloquear sinergias”, afirmou Nunes. 

A iniciativa está alinhada com a filosofia “American First” (Estados Unidos em primeiro lugar).  

“Nosso objetivo de criar um ecossistema robusto por meio do qual os patriotas americanos podem se proteger da ameaça sempre presente de cancelamento, censura, desbancarização e violações de privacidade cometidas por Big Techs e woke corporations”, afirmou Nunes.  

 

Criptomoedas

ANPD suspende oferecimento de criptomoedas pela Worldcoin no Brasil

Após a fiscalização da ANPD, a empresa Tools for Humanity foi proibida de oferecer criptomoedas como recompensa pela coleta de dados biométricos no Brasil

segunda, 27 de janeiro, 2025 - 14:30

Redação MyCryptoChannel

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Após o sucesso do projeto Worldcoin, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu aplicar uma medida preventiva à empresa Tools for Humanity (TFH) proibindo a oferta de criptomoedas ou qualquer outra forma de compensação financeira pela coleta de íris de brasileiros.  

A suspensão foi anunciada na última sexta-feira (24) e quer proteger a privacidade dos cidadãos.  

A Wordcoin foi suspensa no Brasil?  

A coleta de dados biométricos deve ser feita de forma transparente, informada e sem coação financeira, conforme os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 

“Nos termos da LGPD, o consentimento para o tratamento de dados pessoais sensíveis, como é o caso de dados biométricos, precisa ser livre, informado, inequívoco e fornecido de maneira específica e destacada, para finalidades específicas.”, afirmou a ANPD.  

Além da suspensão das recompensas, a ANPD determinou que a TFH atualize seu site para incluir informações sobre o encarregado pelo tratamento de dados pessoais.  

Posição da empresa 

A empresa, por sua vez, se posicionou em nota enviada ao Cointelegraph, afirmando que opera em conformidade com as regulamentações brasileiras e que os relatos recentes nas redes sociais levaram a informações imprecisas.  

"Estamos em contato com a ANPD e confiantes de que podemos trabalhar com o órgão para garantir a capacidade contínua de todos os brasileiros de participarem totalmente da rede World”, declarou a TFH. 

A empresa ainda prometeu: “Estamos comprometidos em continuar a oferecer este importante serviço a todos os brasileiros”.  

Histórico de fiscalização 

Em novembro de 2024, a ANPD iniciou um processo de fiscalização sobre a coleta de dados biométricos para a criação da World ID, uma identidade digital que visa comprovar a unicidade e vivacidade de um indivíduo.  

A ideia é que a World ID ajude a garantir maior segurança em um mundo digital. 

No entanto, a Coordenação-Geral de Fiscalização (CGF) identificou que a contraprestação financeira, por meio de criptomoedas, pode interferir na livre manifestação de vontade das pessoas. 

Diante disso, a fiscalização aplicou medida preventiva à TFH, que entrou em vigor no último sábado (25).