quarta, 27 de novembro, 2024

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Entenda 5 ataques mais comuns em aplicativos de carteira de criptomoedas

América Latina é mercado emergente na economia blockchain, mas recorde de 2,8 bilhões de criptomoedas foram roubadas globalmente em 2022

terça, 08 de agosto, 2023 - 15:30

Redação MyCryptoChannel

As criptomoedas impactaram setores inteiros da economia como a tecnologia e as finanças e a adoção de carteiras digitais para guardá-las cresce à medida que novos investidores são atraídos para a economia blockchain e suas possibilidades, como NFTs, tokens e até novas moedas eventualmente lançadas no ecossistema cripto. 

Nesse panorama, a América Latina é uma região chave, pois a relevância dos ativos digitais vem aumentando. Recentemente, o Brasil aprovou a regulamentação do setor criptomoedas, e startups e projetos inovadores de blockchain continuam surgindo. Até abril deste ano, dados da Receita Federal mostraram que o país registrou um recorde de investidores em criptomoedas, com o número de investidores por CPF e por CNPJ chegando ao maior patamar até então, com 1,99 milhão e 80,2 mil, respectivamente.

No entanto, fraudes e ataques cibernéticos aos aplicativos de carteiras digitais também preocupam os investidores. Em 2022, um recorde de 3,8 bilhões de criptomoedas foi roubado globalmente, de acordo com um relatório da Chainanalysis. Levando em consideração o cenário da criptoeconomia e sua relação com a segurança cibernética, a Appdome, o one-stop shop para defesa de aplicativos móveis, junto ao seu especialista em segurança cibernética e Vice-presidente de Produtos de Segurança, Alan Bavosa, explicam os 5 principais ataques direcionados a aplicativos de carteira criptográfica e como combatê-los.

Roubar chave privada armazenada localmente

Existem muitos debates entre os usuários ao escolher hot wallets (oferecem maior conveniência e flexibilidade já que são digitais, mas apresentam maiores riscos de segurança) ou cold wallets (mais seguras porque estão em dispositivos físicos, mas menos convenientes, ao passo que não estão conectadas à rede mundial de computadores e à internet), nesse caso, entre um aplicativo de carteira criptográfica custodial e não custodial. É possível optar por maior controle sobre senhas ou a conveniência de redefini-las por meio do provedor de custódia. 

Do ponto de vista da segurança cibernética, o risco é o mesmo, não importa qual carteira é escolhida; eventualmente, a carteira deve se conectar a algo para realizar transações. Dentro ou como parte de uma transação, a frase secreta ou chaves devem ser usadas e, se houver malware no dispositivo conectado, ele poderá acessá-las.

Dados não criptografados na memória, na caixa de proteção do aplicativo,  no cartão SD ou em áreas externas, como a área de transferência, permitem que os hackers coletem esses dados para seus fins maliciosos. “Para resolver isso, recomendamos a criptografia de dados em repouso, como a forma mínima de proteger os dados armazenados localmente, independentemente de onde eles residam”, diz o especialista em segurança cibernética da Appdome.

Coleta de senha ou chave privada

Outra maneira de roubar senhas e chaves de carteiras de criptomoedas é quando o usuário insere as informações nos campos do aplicativo. Do ponto de vista do hacking, existem duas maneiras de realizar tal feito. Uma delas é o malware keylogging, que registra remotamente as teclas digitadas pelo usuário enquanto ele coloca a senha ou a chave no aplicativo da wallet. 

O segundo método consiste em ataques de sobreposição, outra forma de malware de identidade que sobrepõe uma tela (ou usa uma tela falsa) para induzir o usuário a inserir a senha ou chave em uma tela ou campo de entrada malicioso dentro do aplicativo.

Ataques dinâmicos contra aplicativos

Devido à dependência transacional entre o usuário mobile e o blockchain em aplicativos de carteira criptográfica, a integridade da plataforma usada para executar o aplicativo é extremamente importante para proteger os usuários. Os métodos padrão de jailbreak (usados para adulterar dispositivos e adicionar funcionalidades não oficiais), suas ferramentas e ocultação de root podem ser usados sozinhos ou em combinação com malware para interferir, coletar ou registrar eventos entre o aplicativo e os serviços externos.

Mesmo as ferramentas de teste de penetração podem ser usadas para instrumentar, capturar e ativar funcionalidades em um aplicativo criptográfico para todos os tipos de propósitos maliciosos, incluindo obter acesso ao endereço blockchain do aplicativo cliente (armazena e recupera dados localmente ao invés de remotamente), senhas ou até personificar tal aplicativo cliente.

Os desenvolvedores de carteiras criptográficas podem impedir que os apps sejam executados em um dispositivo com jailbreak ou com root e se prevenir contra ferramentas dinâmicas de hackers para proteger os usuários e garantir a integridade das funções críticas do aplicativo. As melhores práticas também sugerem que o desenvolvedor do aplicativo use ofuscação de código abrangente para tornar mais difícil para o invasor pesquisar o aplicativo”, explica Bavosa.

Ataques MiTM às plataformas

A maioria dos blockchains possui trocas descentralizadas conhecidas como “dApps”, criadas pelas comunidades de desenvolvedores. E se o dApp for malicioso ou conter vulnerabilidades contra uma carteira para criar conexões não seguras com o aplicativo de destino? A comunicação entre cliente e “servidor” ou peer-to-peer pode abrir brecha para ameaças, como ataques MiTM (Man-in-the-Middle), ataques TCP Reset, ataques de trojan e outros. 

Os dados em trânsito usados pelos aplicativos de cripto são críticos para o valor da criptomoeda no aplicativo de carteira do cliente. Tudo, desde transações, valores e senhas, é incluído nesta comunicação. Para se prevenir contra esse cenário, os desenvolvedores de aplicativos das wallets devem considerar uma defesa holística do tipo Man-in-the-Middle, recomenda Bavosa. 

Usar ferramentas de desenvolvimento como ADB contra aplicativos de carteiras

Versões modificadas de aplicativos de carteira criptográfica usados com emuladores, simuladores ou malware no dispositivo podem ser usados por hackers para criar contas falsas, realizar negociações maliciosas ou transferir criptomoeda de um aplicativo de carteira para outro.

Para combater esse tipo de ataque, recomendamos a implementação de métodos de autoproteção de aplicativo em tempo de execução (RASP), particularmente anti-adulteração, anti-depuração e prevenção de proteções do emulador”, conclui Bavosa, da Appdome.

Criptomoedas

CEO da Coinbase, Brian Armstrong, se reunirá com Donald Trump para discutir nomeações

Reunião ocorre enquanto Trump acelera preenchimento de cargos, com destaque para nomeações ligadas à indústria de criptomoedas

segunda, 18 de novembro, 2024 - 19:05

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O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, se reunirá com o presidente eleito Donald Trump na próxima segunda-feira (25) para discutir questões relacionadas a "nomeações de pessoal", de acordo com informações divulgadas pelo The Wall Street Journal.  

A reunião ocorre em meio aos esforços de Trump para preencher rapidamente cargos em seu futuro governo. 

Nomeações para o setor de criptomoedas 

Na semana passada, Trump anunciou várias nomeações para seu gabinete, algumas das quais têm grandes ligações para a indústria de criptomoedas.  

Entre os escolhidos, destaca-se Robert F. Kennedy, ex-candidato presidencial e defensor do Bitcoin, que foi nomeado para o cargo de Secretário de Saúde e Serviços Humanos.  

Trump também escolheu Elon Musk, CEO da SpaceX, e Vivek Ramaswamy, cofundador da Strive Enterprises, para liderar o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, ambos conhecidos por seu apoio ao setor de criptomoedas. 

Coinbase na transição de governo  

A Coinbase, por sua vez, não comentou oficialmente sobre a reunião entre Armstrong e Trump, embora seja especulado que a exchange tenha trabalhado junto à equipe de transição de Trump para agendar a conversa.  

Outras negociações 

Outros executivos da indústria de criptomoedas também estão envolvidos em conversas com a equipe de transição de Trump.  

Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, mencionou que discutiu nomeações de pessoal com aliados próximos a Trump, e executivos da Circle, empresa que desenvolve a stablecoin USDC, também teriam se reunido com a equipe de transição, de acordo com informações do The New York Times. 

Criptomoedas

Mercado de criptomoedas no Brasil atinge recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro

Volume movimentado cresce 304% em relação a agosto, com stablecoins liderando as transações

segunda, 18 de novembro, 2024 - 16:47

Redação MyCryptoChannel

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O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou o recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pela Receita Federal na semana passada.  

Esse valor representa um crescimento expressivo de 304% em relação a agosto, quando o montante movimentado foi de R$ 28,3 bilhões. 

Esse recorde inclui transações realizadas por meio de exchanges nacionais e internacionais, além de negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.  

O principal destaque foi o crescimento das operações realizadas fora das exchanges, que somaram R$ 97,1 bilhões, ou 84% do total. 

Stablecoins dominam o mercado do Brasil 

O aumento no volume negociado foi impulsionado principalmente pelas stablecoins atreladas ao dólar, que tiveram uma participação significativa nas transações.  

O Tether (USDT), a stablecoin líder do mercado, movimentou R$ 16,6 bilhões em setembro, com operações médias de R$ 34,7 mil. 

O USD Coin (USDC), outra stablecoin importante, registrou transações no valor total de R$ 1,3 bilhão, com uma média de R$ 1,2 mil por operação. 

Por outro lado, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, movimentou R$ 3,1 bilhões, ficando abaixo do volume registrado pelo BNB, o token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.  

Outras criptomoedas também registraram grandes movimentações, como o Ethereum (ETH) e Solana (SOL) com R$ 884,8 milhões e R$ 375,2 milhões, respectivamente 

Movimentação anual já supera 2023 

Entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrados em 2023. 

Apesar do crescimento no volume financeiro, o número de pessoas físicas e jurídicas declarando operações com criptomoedas à Receita Federal caiu nesse período. 

Em janeiro, 8,9 milhões de pessoas físicas declararam negociações de criptoativos, mas esse número reduziu para 4,3 milhões em outubro, uma queda de 51%.  

Entre pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, de 403,1 mil para 16,5 mil, o que representa uma queda de 95%.