sábado, 23 de novembro, 2024

Futuro das criptomoedas

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Evento Modular da Ripio em SP: Sebastián Serrano destaca a Blockchain como motor para o futuro

CEO da Ripio enfatiza a importância da blockchain e criptomoedas para o futuro das finanças, discutindo desafios e oportunidades no mercado

quinta, 12 de setembro, 2024 - 14:00

Redação MyCryptoChannel

No Evento Modular da Ripio em São Paulo, Sebastián Serrano, CEO e fundador da empresa, enfatizou a importância da blockchain e o potencial das criptomoedas. Durante as discussões sobre inovação e finanças descentralizadas, Serrano compartilhou sua visão sobre o futuro das fintechs e a integração entre o mercado tradicional e o universo cripto.

 

A Blockchain e o futuro do mercado de capitais

Na entrevista, Serrano destacou que a tecnologia blockchain pode substituir diversos intermediários no mercado de capitais, promovendo maior transparência e segurança. Ele afirmou que a adoção dessa tecnologia pode reduzir significativamente os custos para as empresas, além de criar oportunidades de captação de recursos de maneira mais eficiente e acessível para toda a sociedade.

“Precisamos desenvolver o mercado de capitais e interligá-lo com o mundo cripto. A blockchain pode substituir muitos intermediários de forma segura e transparente, diminuindo custos e atraindo capital para as empresas e para a sociedade”, explicou Serrano.

Essa afirmação reforça a crescente tendência de integração entre o sistema financeiro tradicional e as plataformas descentralizadas baseadas em blockchain. As vantagens dessa tecnologia incluem a redução de fraudes, a eliminação de intermediários desnecessários e o aumento da eficiência nas transações financeiras. Isso a torna uma alternativa atrativa para o mercado de capitais.

 

Drex: desafios e oportunidades para o futuro das exchanges

Quando questionado sobre o Drex, o real digital brasileiro, Serrano ressaltou que a tecnologia pode tanto beneficiar quanto desafiar as exchanges. Ele acredita que o Drex não prejudicará a atuação das exchanges, mas alerta para a necessidade de atenção aos desafios técnicos, como questões de privacidade, que ainda precisam ser aprimoradas.

Serrano enfatizou que o sucesso do Drex não depende apenas de vontade política ou regulatória. “É preciso inovação no processo e o desenvolvimento de produtos atrelados ao Drex”, comentou o CEO. Mesmo assim, ele acredita que não será fácil para o Drex competir com as exchanges ou interferir em suas operações, dado que o mercado cripto exige flexibilidade e adaptação constante.

“O mercado de cripto é muito volátil e muda com frequência. Por isso, é necessário ser flexível e estar preparado para se adaptar rapidamente”, acrescentou Serrano. Sua visão reflete a necessidade de resiliência e inovação constante para que as exchanges permaneçam relevantes, mesmo com o advento de novas tecnologias como o Drex.

 

O caminho da Ripio: DeFi e a expansão das funcionalidades

Outro ponto abordado na conversa foi a evolução das plataformas de Finanças Descentralizadas (DeFi). Quando questionado sobre a possibilidade de integrar mais ferramentas DeFi na plataforma Ripio, como opções de empréstimos mais robustas inspiradas em soluções existentes como Aave e Compound, Serrano explicou que, embora essas funcionalidades já existam parcialmente, o foco atual da Ripio é ampliar o uso das criptomoedas no cotidiano dos usuários.

“Atualmente, estamos focados em popularizar as criptomoedas e atrair mais usuários para utilizá-las em seu dia a dia, não apenas para especulação. No entanto, vamos evoluir as possibilidades de empréstimos e funcionalidades DeFi ao longo do tempo”, comentou o CEO.

Essa visão de Serrano demonstra que a Ripio está atenta às tendências e à demanda por soluções DeFi. Além de adotar uma abordagem cautelosa focada no crescimento sustentável. A estratégia de não se concentrar apenas no “boom” do mercado cripto e especulativo, mas sim em um crescimento sólido e constante. É um dos motivos pelos quais a Ripio é uma das exchanges mais longevas e respeitadas no mercado.

Gestão responsável e visão de longo prazo

A Ripio tem se destacado no mercado justamente por sua gestão responsável, evitando movimentos precipitados durante picos de alta. Serrano mencionou que muitas empresas do setor acabam expandindo excessivamente suas operações durante os momentos de euforia do mercado e, quando essa fase passa, enfrentam dificuldades com custos fixos elevados. A Ripio, por outro lado, opta por uma expansão equilibrada, garantindo solidez a longo prazo.

Criptomoedas

Mercado de criptomoedas no Brasil atinge recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro

Volume movimentado cresce 304% em relação a agosto, com stablecoins liderando as transações

segunda, 18 de novembro, 2024 - 16:47

Redação MyCryptoChannel

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O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou o recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pela Receita Federal na semana passada.  

Esse valor representa um crescimento expressivo de 304% em relação a agosto, quando o montante movimentado foi de R$ 28,3 bilhões. 

Esse recorde inclui transações realizadas por meio de exchanges nacionais e internacionais, além de negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.  

O principal destaque foi o crescimento das operações realizadas fora das exchanges, que somaram R$ 97,1 bilhões, ou 84% do total. 

Stablecoins dominam o mercado do Brasil 

O aumento no volume negociado foi impulsionado principalmente pelas stablecoins atreladas ao dólar, que tiveram uma participação significativa nas transações.  

O Tether (USDT), a stablecoin líder do mercado, movimentou R$ 16,6 bilhões em setembro, com operações médias de R$ 34,7 mil. 

O USD Coin (USDC), outra stablecoin importante, registrou transações no valor total de R$ 1,3 bilhão, com uma média de R$ 1,2 mil por operação. 

Por outro lado, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, movimentou R$ 3,1 bilhões, ficando abaixo do volume registrado pelo BNB, o token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.  

Outras criptomoedas também registraram grandes movimentações, como o Ethereum (ETH) e Solana (SOL) com R$ 884,8 milhões e R$ 375,2 milhões, respectivamente 

Movimentação anual já supera 2023 

Entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrados em 2023. 

Apesar do crescimento no volume financeiro, o número de pessoas físicas e jurídicas declarando operações com criptomoedas à Receita Federal caiu nesse período. 

Em janeiro, 8,9 milhões de pessoas físicas declararam negociações de criptoativos, mas esse número reduziu para 4,3 milhões em outubro, uma queda de 51%.  

Entre pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, de 403,1 mil para 16,5 mil, o que representa uma queda de 95%. 

Criptomoedas

B3 Digitas e Dimensa firmam parceria para expandir investimentos em criptomoedas no Brasil

Colaboração quer aumentar o interesse em criptomoedas como ativos de investimento, seguindo as novas regulamentações da CVM

quarta, 13 de novembro, 2024 - 17:30

Redação MyCryptoChannel

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Para aumentar os fundos em investimentos de criptomoedas no Brasil, a B3 Digitas, o braço de ativos digitais da bolsa brasileira, e a empresa de tecnologia financeira Dimensa anunciaram uma colaboração. 

A iniciativa quer atender ao crescente interesse dos investidores brasileiros em produtos de investimento digital sob regulamentação.

Expansão do mercado de criptomoedas

Para o diretor de produtos e negócios da Dimensa, Rodrigo Galasini, a parceria visa suprir a demanda crescente por ativos digitais. 

"Todo tipo de fundo pode ter criptoativos agora e esperamos que haja uma expansão grande em 2025”, afirmou Galasini em entrevista ao Valor Econômico. 

Ele mencionou a Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite a inclusão de criptomoedas em fundos de investimento, adquiridas por meio de provedores de serviços digitais (VASPs) autorizados pelo Banco Central (BC).

Diversificação e regulamentação

A Resolução 175 estabelece limites de alocação em criptomoedas com base no perfil dos investidores. 

Fundos destinados a investidores profissionais, com portfólios de R$ 10 milhões ou mais, podem ser compostos integralmente por criptomoedas. 

Para investidores qualificados, com portfólios entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, a exposição é limitada a 40%. 

Fundos voltados para o público geral podem ter até 20% dos ativos em criptomoedas. Essas limitações têm como objetivo proteger os investidores das flutuações voláteis do mercado de ativos digitais.

Galasini destacou que apenas 27% dos fundos estão em conformidade com a Resolução 175, segundo dados da Anbima. “Ainda tem uma gama muito grande de fundos a serem adaptados”, afirmou.

Futuro do mercado de criptomoedas no Brasil

A parceria entre B3 Digitas e Dimensa projeta a entrada de novos players no mercado de fundos de investimento em criptomoedas. “Fundos de grandes casas e gestoras que trabalham com ativos tokenizados estão esperando essa demanda”, comentou Galasini.

Na parceria com a B3 Digitas, a Dimensa será responsável pela conformidade regulatória dos novos produtos, incluindo todos os informes diários e mensais consolidados de negociação. A B3 cuidará da parte operacional das negociações dos novos produtos. 
“Sem a parceria, poderíamos ter uma trava do gestor em fundos de investimento. Deixamos em conformidade com as regras da CVM para o cotista”, explicou Galasini.