A Justiça Federal do Brasil já entregou todos os documentos necessários para a extradição de Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, fundadores da Braiscompany, presos na Argentina desde fevereiro deste ano, segundo publicação do g1.
No entanto, a transferência do casal para o Brasil ainda não tem data definida, dependendo das leis argentinas e do trâmite do processo em ambos os países. Em entrevista ao g1, delegado Guilherme Torres, responsável pela ação que prendeu Ais e Fabrícia, explica o porquê os condenados ainda não estão no Brasil.
“A gente não pode estabelecer um prazo, pois depende da legislação argentina. A gente pode citar que em um caso semelhante que aconteceu no mesmo processo, também na Argentina, demorou cerca de três meses”, afirmou Torres.
O advogado do casal, Santiago André Schunck, informa que o processo no Brasil está em fase de recurso de apelação, enquanto na Argentina não há prazo pré-definido para o término.
Antônio Neto Ais foi condenado no Brasil por comandar, junto com sua esposa, um golpe no Brasil utilizando a Braiscompany como fachada. A empresa prometia retornos fixos aos clientes através de investimentos em criptomoedas, mas era na verdade uma pirâmide financeira que ruiu em dezembro de 2022.
Em fevereiro, a Justiça brasileira condenou Neto Ais a 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia a 61 anos e 11 meses, além de condenar outros oito envolvidos no esquema. A Polícia Federal estima que cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas foram movimentados pelos sócios da Braiscompany nos últimos quatro anos.